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Conversas com Fernando Haddad Por Virginia Pignot*

30/09/2025 -

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Formação sólida

O que pode nos ensinar o Ministro da Economia do terceiro mandato de Lula? Sabemos ele teve formação sólida nas áreas do direito, filosofia e economia, o que, me parece, introduz um diferencial positivo.


O manejo da ciência jurídica

Ele não se preocupou só em aprender o manejo da ciência jurídica ou econômica, mas quis apreender a moral, a ética, ou o cinismo, a história do pensamento humano. Se tornou professor, transmissor de saberes.

Chegou na politica na maturidade, foi um grande ministro da educação e prefeito de S. Paulo. Agora, como ministro da Fazenda está no centro de projetos importantes, como o projeto da reforma tributaria, já aprovado, e outros em via de aprovação, como a taxação dos super-ricos a 10% para quem ganha mais de um milhão de R. por ano. Neste artigo, vamos pescar aqui e ali a firmeza e riqueza desta transmissão de sabedoria em ato.

Censura na história recente do Brasil

Como a fonte do nosso artigo são entrevistas publicadas na imprensa e nas redes sociais, constato uma evolução recente no padrão das entrevistas e dos entrevistadores, quando comparamos, por exemplo, com 2018.

Tarefa

Quando Haddad aceitou a tarefa de concorrer no lugar de Lula, ele sofreu a mesma censura e ataques que o PT sofreu na época. Quando era convidado a falar, entrevistadores mal-educados ou bem condicionados como o cachorrinho de Pavlov, cortavam sua fala o tempo todo, produzindo na verdade um efeito de censura, pois nos impediam de ouvir o que tinha a dizer.

Justiça fiscal

Em conversa com deputados durante visita ao Congresso Haddad lembra que o governo atual já deu isenção total para pessoas que ganham até 3 mil Reais, e projeto de expansão da faixa de isenção espera aprovação na Câmara, enquanto durante 4 anos o governo Bolsonaro não aumentou o salário-mínimo acima da inflação, nem corrigiu a tabela do imposto de renda.


Busca

Na busca por mais justiça fiscal, o governo cobra impostos das empresas de aposta em linha (Bets), que os governos Temer e Bolsonaro esqueceram de taxar; cobra também de bancos digitais (Fintechs), para financiar educação básica e professores, para financiar o FUNDEB aprovado pelo governo Bolsonaro, mas sem fonte de financiamento, diz Haddad no podcat Três Irmãos.

Conversa enriquecedora. O que está acontecendo de positivo com a economia

O entrevistador Mansueto Almeida cita elementos positivos decorrentes de escolhas e ações do governo em entrevista com o ministro Haddad para o BTG Pactual, disponível nas redes.

A taxa de desemprego hoje no Brasil é de 5,6%, com tendência a permanecer baixa; vários estados do Brasil estão investindo em saneamento; o ministro Renan Filho bateu recorde em concessões para construção de rodovias federais, o governo atual vai ultrapassar dez concessões de rodovias federais por ano, enquanto a média destas era de 2 por ano em 2022.

Bons bancos públicos

A gente tem bons bancos públicos, o BNDES empresta 1,5 do PIB por ano. Houve uma enorme expansão no mercado de capitais, que hoje é muito mais saudável. Em 2016 o total de dinheiro novo que as empresas levantavam no Brasil era de 125 bilhões de Reais/ano aproximativamente, em 2024 foi de 788 bilhões de reais.

O Congresso vai ficar do lado do povo?

Nesta semana vai ocorrer no Congresso votação da isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais, a partir de janeiro de 2026, e de imposição de 10% para quem ganha a partir de 50 mil reais por mês.

A medida tende a diminuir um pouco a vergonhosa desigualdade brasileira. No item da desigualdade, perdemos para a maioria dos estados africanos. Uma manifestação popular foi organizada em Brasília para pressionar os congressistas que só apoiam o andar de cima. Lyra por exemplo colocou uma emenda “jaboti” para que o tributo dos ricos só seja executado a partir de janeiro 2027, o que desorganizaria o orçamento.


Conclusão

“Ainda é pouco, mas estamos abrindo o caminho para a redução da histórica desigualdade brasileira”, diz o ministro F. Haddad. Interrogado na entrevista ao BTG Pactual se agora o Brasil vai ficar nos trilhos, qualquer que seja o resultado das eleições, Haddad responde: “se reeleger o Lula fica mais fácil”.

*Virgínia Pignot é médica e articulista.
 
NR - Os artigos assinados expressam a opinião dos seus autores.

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