O vento me contou, num sussurro antigo,
segredos que moram na sombra de um ipê,
palavras que dançam nas folhas e que,
São histórias guardadas comigo.

Encenam o nome do rio que chora,
Por um amor nascido em pura fonte.
E que deságua na linha do horizonte,
Onde a bem-aventurança mora.

Árvore presa à raiz,
Ela voa e acompanha a corrente
O olhar do sol é na alegria seu juiz

A chuva faz companhia se triste se sente
da raiz que voa, embora não se mova,
Pede ao sol que raie e à nuvem que chova.


*Josué Sena, poeta e desembargador do TJPE.