
ARTIGO — O livro que Pernambuco precisa ler
04/10/2025 -
*Por Rinaldo Remígio
Reencontrar amigos é como folhear um velho álbum de fotografias: as memórias saltam vivas, os sorrisos se renovam e o tempo, por alguns instantes, parece suspenso. Foi com esse espírito que eu e minha esposa, Ilza Remígio, vivenciamos uma noite memorável em Petrolina — uma noite que misturou história, política e afeto.
O reencontro teve como pano de fundo o lançamento do livro 'Os Leões do Norte', do jornalista Magno Martins, nosso amigo dos tempos de adolescência e juventude. E que alegria foi revê-lo, agora não apenas como o rapaz sonhador de outrora, mas como um dos mais respeitados analistas da política pernambucana e brasileira.
Magno não escreveu apenas um livro — ele nos entregou um legado. Em 'Os Leões do Norte', ele resgata com maestria a trajetória política de 22 governadores que marcaram quase um século de Pernambuco. Mais que uma coletânea de fatos, o livro é um mergulho profundo na alma da política nordestina, narrado por alguém que não apenas estudou, mas conviveu com os bastidores do poder.
Alicerces do presente
Este livro precisa ser lido pelas gerações e mantido vivo nas bibliotecas públicas, nas universidades, nas recepções de hotéis, clínicas e empresas. A população precisa conhecer quem construiu, no passado, os caminhos e estruturas que hoje nos proporcionam o presente que vivemos. A memória política é um alicerce para a cidadania — e Os Leões do Norte cumpre esse papel com excelência.
O evento, realizado no auditório da Fundação Nilo Coelho, foi mais que um lançamento: foi uma verdadeira aula magna sobre o Brasil que fomos, o Pernambuco que somos, e os caminhos que ainda temos a percorrer. Ao lado de autoridades como o prefeito da cidade, o ex-prefeito Augusto Coelho, o ex-senador Fernando Bezerra e tantas outras figuras públicas, tivemos o privilégio de ouvir — e viver — um momento raro de celebração da memória política e do jornalismo sério.

Emoção do reencontro
Magno falou como só ele sabe: com a segurança de quem conhece os bastidores, a clareza de quem domina os fatos e a paixão de quem acredita que a história precisa ser contada — com coragem, com verdade, com alma.
Saímos de lá mais ricos de informações. Pela emoção do reencontro. Pela honra de testemunhar o nascimento de uma obra tão importante. E, sobretudo, pela certeza de que Pernambuco — e o Brasil — precisam cada vez mais de vozes como a de Magno Martins: firmes, lúcidas e comprometidas com a verdade.
*Professor universitário aposentado, historiador, memorialista e cidadão petrolinense.