
Mesmo dizendo-se empenhado em implantar plano de paz, Israel faz nova ofensiva contra Gaza
04/10/2025 -
Mesmo depois de ter anunciado que está estudando a primeira etapa do plano de paz, o Exército de Israel confirmou, neste sábado (04/10) que continuava sua ofensiva na Cidade de Gaza. O porta-voz das Forças Armadas de Israel (IDF), Coronel Avichay Adraee, afirmou poucas horas antes do meio dia (horário de Brasília) que o exército continua a operar na cidade e que "retornar a ela é extremamente perigoso".
"Para sua segurança, evite retornar para o norte ou se aproximar de áreas de atividade das tropas da IDF em qualquer lugar — inclusive no sul da Faixa de Gaza", disse ele, em um canal no X.
Primeira fase do plano
Na véspera, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu afirmou que o país estava se preparando para a implementação imediata da primeira fase do plano de paz, elaborado pelo governo dos Estados Unidos.
O governo israelense disse, ainda, que continuará trabalhando em cooperação com os norte-americanos para terminar a guerra.
O exército israelense também afirmou no comunicado feito na manhã deste sábado que o governo do país convocou uma avaliação especial da situação. “Mas por enquanto, a segurança das tropas das Forças de Defesa de Israel é uma prioridade máxima e todas as capacidades serão alocadas ao comando Sul para garantir a proteção dessas tropas”.
‘Alerta e vigilância’
"O Chefe do Estado-Maior observou que, dada a sensibilidade operacional, todas as tropas devem manter alto estado de alerta e vigilância, além de reforçar a necessidade de uma resposta rápida para neutralizar qualquer ameaça", completou a publicação.
Também neste sábado, um alto funcionário do grupo Hamas anunciou que estava pronto para iniciar as negociações para resolver todas as questões pendentes sob o acordo de cessar-fogo.
Anistia e novo governo
O plano apresentado pelos Estados Unidos prevê que o Hamas não participe de um novo governo na Faixa de Gaza. Ainda segundo a proposta, todos os membros do grupo terrorista poderão ser anistiados, desde que entreguem as armas e aceitem em conviver de forma pacífica com Israel.
O Hamas ainda mantém mais de 40 reféns sequestrados no dia 7 de outubro de 2023, durante o atentado terrorista contra Israel que resultou no início da guerra. Parte das vítimas está morta.
— Da redação de O Poder com Agências internacionais