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Reunião de pesquisadores paraibanos com ministro da Saúde e presidente da Câmara acelera Tecnologia inovadora para identificar metanol na bebida

06/10/2025 -

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Por Severino Lopes*

Diante de um crescente?número de casos de intoxicação por metanol que já atingiu, mais de 200 pessoas no Brasil, sendo 16 confirmados, uma tecnologia revolucionária e inovadora desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Química e do Programa de Pós-graduação em Química (PPGQ),  da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), para identificar a presença de metanol em bebidas, ganhou relevância e pode virar uma política pública. 
 
O foco
 
Garantir a qualidade das bebidas destiladas é o foco dos pesquisadores ao criar a tecnologia de ponta que consiste em um método rápido e barato para saber se alguma delas está contaminada com metanol. 
 



Reunião

Diante do avanço assustador dos casos de intoxicação no Brasil, e da urgência de conter o problema,  a tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da UEPB,  chamou a atenção do Ministério da Saúde. No último sábado (04/10), a reitora da instituição, a professora Celia Regina,  a vice-reitora, Ivonildes Fonseca, a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, professora Nadja Oliveira, além dos pesquisadores responsáveis pela tecnologia, se reuniram com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha e com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para tratar do assunto, e discutir propósitos sobre os avanços das pesquisas voltadas à identificação de metanol em bebidas alcoólicas comercializadas no Brasil.
 
Passo na busca por soluções
 
A reunião, realizada de maneira remota, marcou um passo significativo na busca por soluções científicas para um grave problema de saúde pública: a adulteração de bebidas com substâncias tóxicas, como o metanol, que vem sendo responsável por intoxicações e mortes em diversas regiões do país.
 
Oportunidade
 
Segundo a reitora Célia Regina, o encontro foi uma oportunidade para estabelecer uma parceria sólida entre a UEPB e o Governo Federal, com vistas à aplicação prática dos resultados das pesquisas.
“Essa união de esforços busca enfrentar de forma técnica, científica e eficaz um grave problema de saúde pública, que tem vitimado pessoas em diversas partes do nosso país”, afirmou.
Ela destacou o compromisso da Universidade com a ciência, a vida e o desenvolvimento social, reforçando a disposição da UEPB em colaborar com políticas públicas que gerem impacto real na vida da população.
 


A tecnologia
 
O equipamento desenvolvido pelos cientistas paraibanos, emite luz infravermelha sobre a garrafa, mesmo que ela esteja lacrada. A luz provoca uma agitação nas moléculas, e um software recolhe os dados, interpreta as informações e identifica qualquer substância que não faz parte da composição original da bebida, desde o metanol até a adição de água, para fazer o produto render mais.
 
Coordenada
 
A pesquisa é coordenada pelo professor David Douglas Fernandes, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Química (PPGQ),  em colaboração com os professores Railson de Oliveira Ramos e Germano Veras (PPGQ-UEPB), Felix Brito (PPGCA-UEPB) e com a participação de outros pesquisadores.
 
O método

Conforme explicaram os pesquisadores, o método foi inicialmente desenvolvido com vistas ao controle da qualidade das cachaças produzidas na Paraíba, mas se aplica a qualquer destilado. E está bem adiantado. Detecta adulterações em poucos minutos, sem produtos químicos. Coordenador da pesquisa, o professor David Douglas explicou que o trabalho  conseguiu uma taxa de classificação em nosso estudo de 97%. “E, além disso, a gente já consegue fazer o rastreamento das cachaças da Paraíba, de forma que, comparando as bebidas, cachaças no caso, produzidas em outras regiões do país, a gente consegue dizer que essa cachaça, em específico, foi produzida na região do Brejo Paraíbano ou fora da região ” afirmou.
 
Órgãos controladores
 
Além de facilitar as análises em laboratórios, o equipamento pode ser utilizado por órgãos controladores.  “A solução emprega dispositivos capazes de identificar adulterações em poucos segundos, prontos para uso em campo, na indústria e em ações de fiscalização” destacou o professor David Douglas.
 


 A pesquisa
 
A pesquisa começou em 2023 e, em 2025, os pesquisadores publicaram dois artigos científicos sobre o método na revista “Food Chemistry”, uma das principais dedicadas à química e bioquímica dos alimentos.
 
Precisão
 
Autor do artigo, o professor David Fernandes revelou que a metodologia foi capaz de, além de identificar se a cachaça estava adulterada com compostos que são característicos da própria produção, ou se foi feita alguma alteração fraudulenta como água ou algum outro composto”.

Próximo passo

Os pesquisadores já iniciaram o desenvolvimento de novas tecnologias para facilitar a identificação do metanol nas bebidas.
 
*Editor regional de O Poder

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