
As rédeas invisíveis do poder - A nação sequestrada - Por Zé da Flauta*
06/10/2025 -
Um país governado por bancos será sempre prisioneiro da dívida. O crédito se vende como liberdade, mas vem algemado de juros e cláusulas miúdas. A população trabalha mais para pagar o passado do que para construir o futuro. A economia cresce de aparência, mas o povo encolhe de realidade. Não há soberania onde a conta nunca fecha.
Lógica invertida
Na saúde, o comando das grandes farmacêuticas transforma pacientes em clientes cativos. Não interessa a cura, interessa a manutenção do tratamento. A lógica não é a de eliminar a doença, mas a de garantir o consumo constante.
A vida
A vida se alonga, mas sempre dependente de um frasco, de uma pílula, de uma receita. A promessa de bem-estar se converte em indústria de dependências.
Regra do jogo
Um Estado entregue à corrupção jamais conhecerá a justiça. A balança se torna enfeite, a lei vira mercadoria. O poder não protege o povo, protege interesses. A confiança social se dissolve, e onde não há justiça, o crime se naturaliza como regra do jogo. A sociedade, então, aprende a desconfiar mais do juiz do que do ladrão.
Verdade fabricada
E quando a mídia governa, a verdade deixa de ser descoberta para ser fabricada. O que se mostra não é o que é, mas o que convém. O olhar da população é guiado como câmera em estúdio: focado onde interessa, desfocado no essencial.
Assim, a consciência coletiva se molda em manchetes, e a realidade se esconde atrás do espetáculo. O maior desafio de uma nação, nesse cenário, é reaprender a enxergar com os próprios olhos.
Até a próxima!
*Zé da Flauta é músico, compositor, filósofo e escritor.
