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Ciência - Canudo individual para identificar metanol na bebida será produzido em larga escala por pesquisadores da Paraíba

06/10/2025 -

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Após a reunião sábado passado (04/10) dos pesquisadores e dos dirigentes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha e o presidente da Câmara Hugo Mota, o próximo passo dos pesquisadores é produzir o método em larga escala. Para isso, já estão desenvolvendo um novo mecanismo de segurança: um canudo que muda de cor ao entrar em contato com o metanol.

Instrumentos portáteis

Na prática, os pesquisadores estão trabalhando na fabricação de instrumentos portáteis de baixo custo baseados em espectroscopia NIR e imagens digitais para uso em linha de produção. Essa fase da pesquisa está sendo desenvolvida no Laboratório de Instrumentação Industrial da UEPB (LINS-UEPB).

A gente está desenvolvendo uma solução em que vai ter um canudo impregnado com a substância química, que ao contato com o metanol, ela vai mudar de cor. Isso vai fazer com que o usuário também tenha uma segurança de, quando estiver consumindo a bebida, de que a bebida não tem o teor de metanol”, diz Nadja Oliveira, pró-reitora de pós-graduação da UEPB.
 
Solução rápida
 
O professor Raison Oliveira  enfatizou que o foco principal agora é para entregar uma solução rápida é o desenvolvimento de um kit de baixo custo para identificação colorimétrica.
 
“Essa identificação é qualitativa. Ela não diz quanto tem de metanol, só de se ele está presente ou ausente. Então esse kit vai ser produzido a partir de canudos descartáveis impregnados com reagente, que ao entrar em contato com a bebida, em três minutos ele vai ver se a bebida tem ou não metanol” explicou.
 



Procuram empresa
 
Os idealizadores da pesquisa também pretendem conseguir o contato com uma empresa que possa produzir esses canudos em escala. A ideia é transferir para essa empresa a tecnologia para que chegue o quanto antes aos consumidores no mercado.  
“A ideia inicial são que os órgãos de vigilância tenham acesso a esses kits, distribuidoras e os consumidores indiretos que são os donos de bares que adquirem as bebidas para venda e os equipamentos e os métodos de referência que são os mais caros, que estão associados a um maior custo, nós pretendemos transferir essa tecnologia para órgãos de vigilância para que eles” explicou.
 
Caracterização do metanol

A pró-reitora de Pós-Graduação, a professora Nadia Oliveira , explicou que esse equipamento que está sendo desenvolvido já é capaz de fazer caracterização do metanol, ele é uma tecnologia made in Paraíba, feito na UEPB , em parcerias com outras instituições de fomento, claro, para que a gente viabilizasse a precisão da caracterização.
 
“A gente está patenteando uma solução para o usuário em que a gente vai ter canudos sustentáveis que vão, com solução química de identificação do metanol, para que quando do contato com a bebida o usuário tenha uma mudança de cor no canudo sinalizando que tem um metanol” destacou.
 
A pesquisa

A pesquisa inovadora que chamou a atenção do Ministério da Saúde, ganhou destaque com onda de de intoxicação de mais de 180 pessoas no Brasil por metanol. A tecnologia que visa garantir a qualidade das bebidas destiladas, consiste em um método rápido e barato para saber se alguma delas está contaminada com metanol. 

Coordenada

A pesquisa é coordenada pelo professor David Douglas Fernandes, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Química (PPGQ), em colaboração com os professores Railson de Oliveira Ramos, Germano Veras (PPGQ-UEPB) e Felix Brito (PPGCA-UEPB), com a participação de outros pesquisadores.

O método

O método, conforme explicaram os pesquisadores, detecta adulterações em poucos minutos, sem produtos químicos. Coordenador da pesquisa, o professor David Douglas explicou que o trabalho conseguiu uma taxa de classificação em nosso estudo de 97%. “Além disso, conseguimos fazer o rastreamento das cachaças da Paraíba, de forma que, ao compará-las com as produzidas em outras regiões do país, é possível identificar se uma cachaça, em específico, foi produzida na região do brejo paraibano ou fora da região”, explica.

Facilitar

Além de facilitar as análises em laboratórios, o equipamento desenvolvido na UEPB pode ser utilizado por órgãos controladores. “A solução emprega dispositivos capazes de identificar adulterações em poucos segundos, prontos para uso em campo, na indústria e em ações de fiscalização”, destacou o professor David Douglas.

A reunião

No último sábado (04/10), diante do avanço assustador dos casos de intoxicação no Brasil, e da urgência de conter o problema,a reitora da instituição, a professora Celia Regina,  a vice-reitora, Ivonildes Fonseca, a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, professora Nadja Oliveira, além dos pesquisadores responsáveis pela tecnologia, se reuniram com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha e com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para tratar do assunto, e discutir propósitos sobre os avanços das pesquisas voltadas à identificação de metanol em bebidas alcoólicas comercializadas no Brasil.

Severino Lopes
O Poder


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