
Queda de MP: Governo e Oposição entram em guerra de narrativas
09/10/2025 -
O governo e a oposição entraram em uma guerra de narrativas devido à queda da MP que instituía uma série de taxações em cima de transações financeiras. O texto perdeu os efeitos práticos à meia-noite sem acabar de ser votado pelo Congresso Nacional. Apesar dos esforços dos governistas, a maioria do plenário da Câmara votou por retirar o texto da pauta na noite de ontem, 08/10, assim, decretou, a derrota do Governo no caso, o que significa menos R$ 17 bilhões de arrecadação aos cofres públicos em 2026.
Governistas
Governistas afirmam que a oposição, mais uma vez, usa a arrecadação do governo como arma política, citando o aumento de gastos às vésperas da última eleição presidencial. Também afirmam que a derrota é “ao povo brasileiro” e que a MP reduziria distorções tributárias entre ricos e pobres. Por um lado, políticos de esquerda enxergam um potencial de usar essa argumentação em defesa do governo nas redes sociais. Inclusive, usando o termo “Congresso inimigo do povo”. Há quem diga que o governo “ganhou um discurso”. Aliados do presidente Lula falam que a queda da MP pode travar até R$ 10 bilhões em emendas parlamentares e prejudicar recursos de programas sociais.
Oposição
A oposição, por sua vez, afirma que a MP prejudicava a população ao aumentar a taxação em cima de investimentos. Alguns que seriam tributados hoje são isentos de Imposto de Renda. O grupo chegou a apelidar a MP de “taxa-tudo”. Também alegam que o governo conseguiu manter parte da alta do IOF no Supremo, então não teria motivo para o governo insistir no aumento de tributos por meio da MP. Antes da votação, líderes partidários avisavam que a centro-direita não daria aval a bilhões a mais para o governo Lula usar num ano eleitoral.
Centrão e oposição tinham dúvidas sobre quantos votos teriam no plenário. Por isso, optaram por barrar a MP tirando-a da pauta, sem chegar a votá-la ponto a ponto.