
Acordo de cessar fogo na Palestina - Primeira fase. Terá outras? - Por Jarbas Beltrão*
13/10/2025 -
1a. Fase do Acordo de cessar fogo entre Israel e Grupo Hamas, foi anunciada, mas ir adiante será complicado
'Hostilidades permanentes'
Nas redes sociais podemos encontrar montagens de diálogos, que revelam diálogos sempre hostis entre Presidentes norte-americanos e líderes terroristas islâmicos, que apresentamos a seguir:
1) Obama faz um convite aos terroristas: -Vamos conversar. Reação terrorista: - Vou explodir tudo.
2) Biden faz um convite aos terroristas: - Vamos conversar: Reação terrorista: - Vou explodir tudo.
3) Trump fala ao terrorista: - Vou explodir tudo, vou levá-los a conhecer o inferno. Reação terrorista. - Vamos conversar.
O que nos revela? No meio das hostilidades, a linguagem respeitada por aqueles que escolheram o banditismo, o terrorismo, é a linguagem da violência.
Terroristas do Hamas, à partir de suas escolhas expõe seres humanos, utiliza-os como escudos e, depois têm argumentos para propagação aos quatro ventos de que há um genocídio em Gaza, cometido por Israel. Divulgam a narrativa de que, terroristas, genocidas são aqueles que se protegem contra seus ataques covardes. Transformam Israel num Estado terrorista.
Um senador do PT (Partido dos Trabalhadores) da Bahia, ex- governador daquele estado em momento de muita luz, afirmou no Senado Federal:
"O fanatismo leva a isso, a dificuldade de ouvir quem pensa diferente. É difícil alguém pedir pra outro alguém para escrever pro Hamas. Porque não se escreve pra bandidos, não se escreve pra terroristas, eles não tem endereço. Nós não podemos comparar o governo instituído de Israel com um grupo terrorista como o Hamas. O Hamas tem de ser exterminado, Israel, não, hoje é um, amanhã provavelmente será outro".
Parece não ser o pensamento oficial, do "centralismo democrático petista" .
'Assinatura do Acordo'
Diálogos e falas, precederam ao acontecimento do dia 09 de outubro de 2025. Nesse dia ocorreu assinatura de um Acordo de cessar fogo entre o Estado de Israel - personalidade jurídica internacional, eternamente desde sua criação , vive sob a ameaça de destruição por nações árabes e depois por terroristas. Do outro lado, encontrava-se a liderança do Hamas - grupo de terroristas que promete destruição de Israel. O Acordo será cumprido? ... Claro que?????
O grupo terrorista desde sua origem promete criação de um "Estado Palestino", que nunca existiu historicamente. Um Estado Palestino do rio (Rio Jordão) ao mar (Mar Mediterrâneo. Em suma, uma Palestina sem Israel e mais ainda sem judeus. Melhor dizendo sem qualquer outro credo religioso. Como dizia Maomé: "Não há lugar para outro deus". (d com letra minúscula), na Palestina, que não seja Alah". Vou mais adiante "não há lugar no mundo, para outro credo, que não o Islã. Enfim, uma Palestina Muçulmana e mais adiante um Planeta Terra Muçulmano.
O Acordo não cessará hostilidades
As palavras de teor fanático são repetidas por líderes e militantes islâmicos terroristas. O terrorismo não poupa nenhum "incrédulo" não interessa o lugar, seja em: Nova Iorque, Londres, Paris, Munique, Madrid, Buenos Aires e por aí segue.
O Acordo de cessar fogo, na sua primeira fase, não teve maior parte do conteúdo conhecido. Chegou para o mundo, as informações que seguem: liberação dos mortos e vivos reféns do ataque covarde de 07/10/2023; retirada parcial das forças de Israel do território de Gaza; entrega das armas pelo Hamas; formação de um governo, com carater tecnocrático e sem participação dos terroristas. Enfim, desmilitarização da região junto com um Plano Econômico com finalidade de alavancagem da economia da região, de fora pra dentro. Por forças econômicas internas Gaza é incapaz de efetivar.

Hamas é hoje o grupo terrorista que se diz "a resistência palestina", formou-se dentro do ventre da Irmandade Muçulmana. Irmandade existente desde o final dos anos 1920, alguns de seus criadores estão presos em Israel, julgados condenados por anos de prisão e prisão perpétua, por práticas terroristas. Poderão ser soltos em troca de reféns inocentes. A chamada "extrema direita" israelense promete incomodar muito, até desestabilizar o 1° Ministro israelense, se os terroristas tiverem "vida mansa", à partir de agora. Olham pelo retrovisor e sabem que a desmilitarização completa só ajuda grupos terroristas.
'Hamas'
O Hamas criado nos anos 1990, na sua constituição revela seu propósito, o significado maior de sua existência, destruir Israel, aniquilar todos os judeus do mundo e, causar-lhes incômodos onde quer que estejam, daí "livrar à terra dos incrédulos e depravados ocidentais. Conforme revelação do ex-terrorista da organização Mosad Yousef, no seu livro "O filho do Hamas". A educação em Gaza é marcada pelo Ódio a Israel e o Ocidente Cristão.

O Hamas não respeitou, nem mesmo, seus companheiros de viagem da Autoridade Nacional Palestina, sob governo da OLP/Al Fatah. Destronou a OLP - fundada por Yasser Arafat - do governo de Gaza, empurrou os companheiros de terror para a Cisjordânia e muito provavelmente preparava a expulsão também do território de Ramallah (sede administrativa da região). Acusam a OLP/ Al Fatah de corrupção e frouxidão em relação à Israel.
O Hamas deu um golpe em abril de 2007 em Gaza, e fez Acordo com Israel (presente com tropas desde a guerra do Yom Kipur) para retirada das tropas da IDF (israelenses) do território que fica à sudoeste de Israel, nas margens do Mediterrâneo, e tem proximidades com o norte do Egito. Nas fronteiras com o Egito foi construído muro duplo, com alto nível de segurança e o governo egípcio não quer nem ouvir falar de palestinos.
'Sem IDF em Gaza, preparação pra Guerra contra Israel'
Livres, leves e soltos, após a saída das IDF, os terroristas do Hamas associados com outras organizações terroristas, transformaram Gaza num território de preparação de guerra.
Suprimentos de armamentos, construções de centenas de quilômetros de túneis (a partir de hospitais e escolas), absoluto controle da população civil; absoluto controle de recursos financeiros internacionais e de estoques de alimentos doados, eram ferramentas de guerra. A ajuda financeira internacional de países e agências de refugiados, são usados para comprar consciência da população civil, por diversas vias.
Toda a rede de controle e guerra do Hamas deu- lhe segurança para o ataque do 07 de outubro de 2023, resultando no assassinato em massa de inocentes.
Com o ataque terrorista, as IDF entraram de novo na faixa de Gaza, em busca dos reféns e do troco ao ataque terrorista.
O Acordo do novo governo Trump
Agora, com o Acordo da Era Trump, prosseguindo, os Acordos de Abraão, com ilustração da ameaça do presidente americano de "se não entregarem as armas, conhecerão o Inferno", poderá coexistir com um breve cessar fogo. Nesse aspecto, o Senador petista baiano, que citei no início do texto, tem toda razão.
O discurso das lideranças do Hamas a propósito do Acordo é um reforço da arrogância da Organização; não é absolutamente, nenhum sinal de boa vontade o que é sinal de que a guerra está sendo preparada mais uma vez.
'Desmilitarização parcial'
Mas as IDF, conseguiram aprovar apenas uma saída parcial do território de Gaza. As agências informação como Mossad, Shin Bet e CIA, estão alertas. O Hamas entrega as armas, porém outros grupos terroristas que não participam do Acordo e estão presentes em Gaza permanecem armadas, com fornecimento do Iran e China.
Tenho Dito
*Jarbas Beltrão é Historiador, professor de História da UPE. Mestre em Educação pela UFPB, MBA em Política, Estratégia, Defesa e Segurança pela Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) e Faculdade Metropolitana de São Carlos/SP.
NR - Os artigos assinados refletem a opinião dos seus autores.
