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As Armas do Tempo do Cangaço, por Dennis Mocock*

13/10/2025 -

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A saga do cangaço é um tema que, passados mais de cem anos, ainda desperta muita curiosidade, debates e pesquisas, inclusive no exterior. O cangaço foi um fenômeno social ocorrido no Nordeste Brasileiro entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Nele se contrapunham cangaceiros, oriundos das classes mais pobres, movidos pelos mais variados motivos e apoiados por coronéis, os poderosos da época e, do outro lado, as volantes, grupos constituídos, em sua maioria, por policiais, investidos pelo poder legal, com a finalidade de combater o primeiro grupo e, se possível, extermina-los.





Armas equiparadas

O armamento empregado por ambos os lados era bem equiparado, pois, se do lado das volantes (policiais) as armas, fuzis e mosquetões, eram as mesmas empregadas pelo Exército Brasileiro, ou seja, armas de guerra, do lado oposto, também se utilizava o mesmo armamento, obtidos por meio de doações de coiteiros e protetores, espólio de combates e até mesmo fornecidos oficialmente pelo próprio governo, como foi o episódio em março de 1926, no qual Lampião e seu bando, composto de cinquenta cabras, com o apoio e intermediação do padre Cícero Romão, recebeu em Juazeiro do Norte, das mãos do representante do governo federal cinquenta Carabinas FN Mauser 7mm novinhas em folha e o tanto de munição que, em suas mulas, pudessem carregar, com a finalidade de enfrentarem a coluna prestes que, naquele período estava em deslocamento pelo interior do Nordeste.





Capitão

Também nessa ocasião, o próprio Lampião recebeu a patente provisória de capitão do Batalhão Patriótico, juntamente com dois auxiliares que receberam as patentes de tenentes.
Com o andamento dos combates, as forças volantes ampliaram seu poder de fogo com a adoção de armas automáticas (submetralhadora, fuzil-metralhador e metralhadora leve), o que impôs muita vantagem, com vitórias sobre os cangaceiros, cuja saga encerrou entre os anos de 1938, com a morte de Lampião e em 1940, com a morte de Corisco.

*Dennis Mocock é oficial R2 do Exército brasileiro e grande conhecedor do tema história militar.

NR - Os textos assinados refletem a opinião dos seus autores.



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