
Cessar-fogo em Gaza: Trump anuncia “fase dois” e cobra corpos de reféns
14/10/2025 -
Trump anunciou, hoje, o início da segunda fase do acordo de paz em Gaza, mediado pelo governo dos EUA. Em publicação na 'Truth Social', o republicano celebrou o retorno dos 20 reféns israelenses libertados pelo Hamas, mas cobrou o cumprimento total do pacto. “Todos os 20 reféns estão de volta e se sentindo tão bem quanto se poderia esperar. Um grande fardo foi tirado, mas o trabalho não acabou. Os mortos não retornaram, como prometido! A fase 2 começa agora”, escreveu Trump. De acordo com o plano de paz elaborado por Washington, após a devolução dos corpos, deve começar a 2a etapa do processo, que inclui a desmilitarização do Hamas e a criação de um governo provisório em Gaza, sem a participação do grupo. Membros do Hamas que aceitarem se render poderão receber anistia ou asilo em outros países. O grupo palestino, no entanto, ainda não confirmou se cumprirá essa exigência. Em resposta a mediadores, o Hamas informou que deve transferir mais 4 corpos de reféns ainda hoje, alegando dificuldades em localizar os demais em meio aos escombros deixados pelos bombardeios.
Cessar-fogo
O anúncio marca um novo capítulo no plano de paz proposto pelo governo norte-americano, que começou com o cessar-fogo firmado dia 10/10. O acordo, mediado por EUA, Egito, Catar e Turquia, pôs fim aos combates entre Israel e Hamas e deu início à troca de reféns por prisioneiros. Ontem, 13/10, o Hamas libertou 20 reféns vivos sequestrados em 7 de outubro de 2023, enquanto Israel liberou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. Apesar do avanço, apenas quatro dos 28 corpos de reféns mortos foram devolvidos. o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, acusou o Hamas de violar o acordo, ao não entregar todos os corpos prometidos. “Qualquer atraso, ou omissão intencional, será considerado uma violação flagrante do acordo e será respondido adequadamente”, afirmou em comunicado divulgado no 'X'. Enquanto isso, o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas de Israel declarou que “não pode descansar até que todos os reféns sejam devolvidos”, em referência tanto aos sobreviventes quanto aos mortos ainda retidos em Gaza.
