Era preciso ter coração de pedra, para não se emocionar com a mistura de sentimentos de israelenses e palestinos, na última segunda-feira (13/10). Eram lágrimas de felicidade, pelo reencontro de uns e de dor, pela ausência de outros e com isso é difícil mensurar o grau de sentimentos desses dois povos.
 
Esforço
 
Não precisa muito esforço. Para assimilar melhor o que isso representa, basta imaginar, como seria, se cada um de nós estivesse no lugar daqueles que choram (de alegria e de tristeza), hoje, por seus entes queridos. Não é coisa pouca. É inimaginável e estarrecedor.
 
Não há vencedor
 
Uma coisa é absolutamente certa, inconteste: em matéria de guerra, não há vencedor. Todos perdem. Pena que a humanidade parece ter perdido a capacidade de tirar lições de uma tragédia como essa e basta lembrar das duas maiores guerras mundiais, pelos horrores lá ocorridos e pelo sopro de morte, deixados por elas.
 
 
Senso crítico
 
Lamentavelmente, deixamos escapar o senso crítico de que, uma guerra não começa do nada e sem relação de causalidade. Começa na cabeça individual e na alma de cada um, dentro de casa e das estruturas menores, para depois expandir-se para além fronteiras.
 
A paz e a guerra
 
Assim como a paz, a guerra é plantada de forma quase imperceptível, a conta-gotas, através de pequenos gestos e atitudes. Ambas começam por mim e em mim; por você e em você. Começa através de nós e em nós. Se estou em paz comigo, posso está em paz com o mundo.
 
Mas se o veneno da inquietação sobrepõe-se ao antídoto da quietude, aí teremos dado um passo e um aceno à guerra. Guerra que massacra e mutila; que devasta e mata o que de mais nobre existe no ser humano, que é o respeito pela vida.
 
O retorno
 
Mas há outra coisa muito certa: o retorno virá. Pode até tardar, mas virá, em desfavor dos que respiram ódio e espírito de morte. Haja o que houver e passe o tempo que passar, o retorno virá, cedo ou tarde. Mas virá.
 
O conflito
 
 
Acerca do conflito que se encerra neste dia 13 de outubro de 2025 (assim se espera), muito se disse e se dirá. Mas o fato é que, na volta pra casa, de Israel x Hamas há uma dose de dramaticidade imensurável!