
O presidente do Supremo, Edson Fachin, defende indicação de mulher negra ao STF
16/10/2025 -
O presidente do STF, ministro Edson Fachin, tem defendido que uma mulher negra seja indicada para a vaga que abre na Corte a partir de sábado, com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. Avesso a conversas políticas, Fachin não tratou do assunto, e nem tem expectativa de tratar, com o presidente Lula, a quem cabe a decisão. Porém, tem manifestado sua preferência a alguns auxiliares. A posição do presidente do Supremo por mais diversidade de gênero e raça no tribunal já é conhecida por pessoas do seu convívio. Interlocutores de Fachin lembram que ele inclusive já falou sobre o assunto publicamente, em plenário.
Dia da Mulher
Em 2023, por exemplo, pela ocasião do Dia da Mulher, Fachin cumprimentou as ministras Cármen Lúcia, Rosa Weber, que ainda não havia se aposentado, e Ellen Gracie, que deixou a Corte em 2011, e fez um apelo por mais representatividade feminina. “Peço licença para cumprimentar uma quarta ministra, que, quem sabe em um lugar do futuro, estará neste plenário: uma mulher negra", disse o ministro. Naquele dia, o julgamento era sobre racismo em abordagens policiais.
Lula que confiança
Nesta semana, o Movimento MND, Mulheres Negras Decidem, enviou a Lula um ofício com sugestões de nove juristas para ocupar o posto. Na lista, estão a ministra do TSE, Tribunal Superior Eleitoral, Edilene Lobo e a juíza Adriana Cruz, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio. O presidente, entretanto, tem manifestado a auxiliares que seu critério prioritário para o Supremo é confiança, e não diversidade. Lula deve indicar o atual ministro-chefe da AGU, Advocacia-Geral da União, Jorge Messias.
