
Intoxicações por metanol: oito mortes, 46 casos confirmados e 87 em investigação
18/10/2025 -
Apesar de investigações policiais terem descoberto um local que pode ter sido o epicentro do esquema de falsificação de bebidas por metanol para todo o país — investigação esta que não chegou ao fim — órgãos de saúde continuam fazendo alertas à população. No início da noite desta sexta-feira (17/10), balanço do Ministério da Saúde constatou o registro de oito óbitos confirmados desde o início das intoxicações até agora. Destes, seis em São Paulo e dois em Pernambuco.
No total, conforme o mais recente balanço, o Brasil registra 46 casos de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas. O número representa cinco novos registros em relação ao último boletim, apresentado na quarta-feira (15/10).
Casos em investigação
Ainda conforme a pasta, 87 casos seguem em investigação, enquanto outras 528 ocorrências foram descartadas. São Paulo continua apresentando o maior número de notificações, com 38 casos confirmados e 44 em investigação. Além de São Paulo, há registros de casos confirmados de intoxicação em Pernambuco (três casos), Paraná (três) e Rio Grande do Sul (um).
Conforme o balanço, além do número de mortes confirmadas pela ingestão da substância, outros oito casos de morte seguem em apuração: dois em São Paulo, três em Pernambuco, um em Mato Grosso do Sul, um em Minas Gerais e um no Paraná.
Postos fornecedores
Nesta sexta-feira, a Polícia Civil de São Paulo chegou a dois postos de combustíveis apontados como fornecedores de metanol para uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Segundo as investigações, dois homens morreram após ingerirem bebidas adulteradas produzidas pela fábrica, que costumava adquirir etanol em postos da região. A suspeita é de que esse etanol estivesse contaminado por metanol, o que teria tornado a bebida tóxica para os consumidores.
O delegado-geral da Polícia de São Paulo, Artur Dian, cogitou a possibilidade de que todas as bebidas adulteradas com metanol naquele Estado tenham saído dessa fábrica clandestina, podendo, inclusive, ter havido distribuição para outros pontos do país. A fábrica foi fechada, e a responsável, Vanessa Maria da Silva, foi presa em flagrante.