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Comunista jogou bomba na casa do Prefeito de Caruaru, por Tavares Neto*

29/10/2025 -

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Em 1956, Sizenando Guilherme de Azevedo (PSD) assumiu a Prefeitura de Caruaru após uma das campanhas mais acirradas da história política local, tendo como principal adversário o professor Bione.


Campanha

Durante a campanha, estudantes realizaram um enterro simbólico do candidato, colocando um boneco dentro de um caixão, com uma foto de Sizenando colada no rosto do boneco. O ato aconteceu na Rua da Matriz e foi acompanhado por discursos inflamados, mas, apesar das provocações, Sizenando acabou sendo eleito prefeito.

A gestão

Logo nos primeiros dias de gestão, o novo prefeito determinou a exoneração de diversos “funcionários fantasmas” da administração municipal. Pouco tempo depois, na madrugada do domingo de Carnaval, uma bomba foi lançada sobre o telhado da casa do prefeito, o que causou grande repercussão na cidade.

Pediu providências

Sizenando pediu imediatamente providências à Polícia Militar. As primeiras suspeitas recaíram sobre os ex-servidores demitidos e os estudantes que haviam participado do enterro simbólico. A polícia chegou a investigar o estudante Francisco de Assis Claudino, conhecido como “Cici”, que, segundo informações, havia viajado com a família para a cidade de Flores, no Sertão, antes do Carnaval.

Outro suspeito era Abdias Lé, presidente do Partido Comunista em Caruaru, que teria viajado para Cajazeiras (PB), sua terra natal, para passar o feriado.

150 comunistas

Na época, estimava-se que Caruaru tivesse cerca de 150 comunistas, e Abdias Lé — um comerciante conhecido — chegou a ser acusado de financiar manifestações políticas na cidade.
No entanto, as investigações tomaram outro rumo após o depoimento de um funcionário da Prefeitura, que procurou a polícia para relatar o que realmente havia acontecido.

Relato

Segundo o relato, ele viajava de ônibus com o filho em direção ao bairro da Rua Preta, quando o prefeito Sizenando entrou no veículo. O ônibus estava lotado, e o servidor pediu ao filho que cedesse o assento ao prefeito. Diante da recusa do adolescente, o pai puxou sua orelha, obrigando-o a se levantar.

Depoimento

Ainda segundo o depoimento, o garoto teria se vingado durante o Carnaval, jogando a bomba no telhado da casa do prefeito. O funcionário — eleitor de Sizenando — confessou o episódio à polícia.

O caso foi arquivado, pois o autor da explosão era menor de idade e ninguém ficou ferido, embora o telhado da residência tenha sido parcialmente destruído.

*Tavares Neto é jornalista e radialista em Caruaru.

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