O presidente Lula se manifestou pela primeira vez na noite de ontem, 29/10, sobre a megaoperação contra o Comando Vermelho que deixou mais de 100 mortos no Rio. “Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da PF que fossem ao Rio para encontro com o governador. Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco. Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro. Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”.

Criação de um Escritório Emergencial, unindo Estado e Governo Federal

O presidente estava em trânsito quando a operação das polícias civil e militar ocorreu nos Morros da Penha e do Alemão. Ele voltava da viagem que fez à Ásia e desembarcou em Brasília na noite de terça-feira, 28/10. A reunião com ministros a que ele se refere na nota ocorreu ontem. Após a orientação do presidente, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi ao Rio se encontrar com o governador, Cláudio Castro. Na noite de ontem, 29/10, eles anunciaram a criação de um escritório emergencial, unindo estado e governo federal, para combate ao crime organizado.