Trump anunciou a retomada de testes nucleares dos EUA após 33 anos e culpa outros países
31/10/2025 -
O presidente americano, Donald Trump, anunciou a retomada de testes nucleares dos Estados Unidos após 33 anos. Trump afirmou que os testes serão feitos “em igualdade de condições” e que o processo terá início “imediatamente”. "Com outros fazendo testes, acho apropriado que nós também o façamos", disse o republicano a bordo do Air Force One. O vice-presidente, J.D. Vance, também defendeu a medida como uma forma de “testar os dispositivos, para ter certeza de que estão funcionando corretamente."

Tratado de Proibição de Testes Nucleares
Os Estados Unidos, junto da China e da Rússia, são signatários do Tratado de Proibição de Testes Nucleares. O texto proibia explosões de armas nucleares, mas nunca entrou em vigor pela falta de ratificação de diversos países, entre eles os EUA. Em 2023, a Rússia retirou a assinatura com críticas a Washington. Chineses criticaram a decisão de Trump de retomar os testes, dizendo que esperam que os Estados Unidos adotem "concretas para salvaguardar o sistema internacional de desarmamento e não proliferação nuclear." Discurso seguido pela Rússia, que subiu o tom e anunciou que também fará testes nucleares, caso os americanos sigam com a retomada.

Em um espaço de 7 dias, a Rússia fez 2 exercícios militares. Primeiro, com o míssil Burevetsniki, de propulsão nuclear e, de acordo com o Kremlin, de alcance “ilimitado” e voo baixo, dificultando a resposta de defesas aéreas. O outro equipamento é o torpedo “Poseidon”. Trata-se de um sistema híbrido entre um torpedo e um drone com capacidade nuclear, pesando quase 100 toneladas e com um alcance previsto de quase 10 mil km. A Rússia tem o maior arsenal nuclear do mundo, com mais de 5 mil ogivas nucleares em armazenamento, das 12.500 que existem no mundo. Os EUA possuem 1.679 ogivas implantadas. Se também forem contabilizadas as ogivas não implantadas, armazenadas ou aguardando desmantelamento, o arsenal total chegaria a 5.328 armas.

