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"Não tem Acordo" - Por Jarbas Beltrão*

04/11/2025 -

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Trump e Lula, na Malásia, não chegaram a resultados esperado por alguns círculos

'Encontro na Malásia'

Encontro entre os Presidentes Trump e Lula ocorrido dentro da Reunião da "Asean" (Acordo de Comércio que reune países asiáticos)na Malásia, não trouxe nenhum avanço esperado, sobretudo por uma imprensa e grupos politicos, que acompanham nos seus moldes os entendimentos entre os dois países.

Grupos da Mídia brasileira dominante, que não são poucos, mas de muitos órgãos, divulgaram, com "otimismo", que os dois são "parças" comerciais e chegarão, em breve, ao necessário entendimento.






Elogios foram dirigidos ao presidente brasileiro pela midia como sendo um grande "player pragmático" da política internacional, que teria conduzido com maestria as "negociações".

'Importações'

O tema do "Encontro", com duração de tímidos 45 minutos, foi a questão do "tarifaço" de Trump aos produtos brasileiros importados pela América.

O Brasil manda, principalmente, para o mercado americano: soja, café, suco de laranja, peças mecânicas e aeronaves. As "comodittes" agrícolas terão substituição fácil pelos compradores americanos, em relação às fontes fornecedoras; no tocante as peças mecânicas (indústria Weg) a mesma prepara projeto industrial de transferência para os Estados Unidos; por fim o produto de maior valor agregado, caso das aeronaves, já está de malas prontas para transferir-se para os Estados Unidos. Aí, a potência americana fica à vontade para "negociar".

'Agendas'

No tal "Encontro", os dois Presidentes se fizeram presentes com suas respectivas agendas, onde estão contidas as estratégias geopolíticas.

O Lula, carregava na mala, a pretensão de ver baixada as tarifas americanas, e as retiradas das sanções às autoridades brasileiras, inclusive a aplicação da Lei Magnitisck.






Trump, não afirmou publicamente, mas não arreda pé dos seus instrumentos de pressão.

Soma-se às tarifas, outras demandas do "Laranjão" como, anulação do processo do STF contra o ex-Presidente Bolsonaro - "trama golpista de de 08/01/2023", entendida como mera perseguição política aos opositores -; afastamento do Ministro do STF Alexandre de Moraes que preside processos contra " opositores"; fim da censura às "bigtechs"; reconhecimento pelo governo brasileiro de grupos de traficantes como grupos do narcoterrorismo internacional ( Comando Vermelho e Primeito Comando da Capital ).

'Sem entendimento'

O governante brasileiro disse que as exigências trumpistas eram ataques a soberania nacional. Quanto ao caso do ex-presidente era uma questão específica do Judiciário, portanto inegociável, pelo executivo.

A máxima foi cumprida, "Dois bicudos não se beijam". Agora, quem tiver o bico maior e mais duro provoca avarias no bicudo mais frágil.





'Não vai dar pra chegar no entendimento'

A AgendaTrumpista apresentada, cobre a Agenda verdadeira, que é bem mais dura.
A Agenda verdadeira do Trump é a culminância da estratégia do "laranjão", ou seja, reconstrução da hegemonia do seu país."A América grande outra vez".

As táticas para chegar lá, é trazer de volta a América Latina, como território de sua influência, que sofreu desprezo americano nos últimos anos. Outras seriam: o desmanche do avanço russo-chinês na America Latina - Rússia avanço militar, China avanço econômico.

Derrotar o Foro de São Paulo (Reunião de esquerdistas latino Americanos, criado nos anos 1980, tendo à frente Fidel Castro, hoje, segundo governo Trump, muito influente na política latino-americana.
Redução da ação do narcotráfico combate aos cartéis de drogas da Venezuela, Colômbia, México, Honduras Nicarágua...e... outros. E o Brasil peça importante dentro de tudo isso.

O Foro de São Paulo, que teve existência por muito tempo negada, pela extrema esquerda. Na sua criação participaram partidos comunistas, socialistas e grupos armados (Farc, ELN, M-19) atuantes no subcontinente sul-americano.

O Foro de São Paulo quer reviver a experiência socialista que não "engatou" na Europa e que poderá da "certo" na América Latina - URSAL - União das Repúblicas Socialistas da América Latina. Cuba e Venezuela não decolaram por conta de um fantasioso Bloqueio Comercial, comandado pelos Estados Unidos. No caso Cuba 66 anos de atraso e muita miséria.

'Um novo player político'

Na nova abordagem da Agenda estratégica americana, para a América Latina, é colocado um novo player, agora politico, são os grupos de narcotraficantes, já denominados narcoterroristas pelas agências de informações do governo americano.

O narcoterrorismo é Responsável pelo derrame de toneladas de drogas -cocaína e fentamil - mercado norte americano, principalmente, Trump quer um enfrentamento militar aos grupos criminosos, não apenas um combate policial. Esses grupos têm destruido a sociedade e economia americana por dentro, diz Trump.

No Brasil, a postura do governo é: os traficantes são grupos criminosos urbanos, não estáo conectados numa rede internacional e devem ser enfrentados por polícias locais.

Nosso governante chegou até a afirmar que assim como as vítimas são; "vítimas dos traficantes, estes últimos são vítimas dos usuários" (?). Um ministro do governo lulista chegou a afirmar que muitos meninos trabalham para o "tráfico" e suas famílias são sustentadas pelos seus trabalhos. Reproduziu o discurso do cocaleiro presidente da Colômbia "quem trabalha com as drogas são os operários do tráfico", ele portanto o CEO desta empresa satânica.

'Simbiose'

As agências de segurança dos Estados Unidos, a partir de informações de suas agências oficiais de Defesa e Segurança concluiram que, há uma simbiose entre ajudas militares e econômicas russo-chinesas, com as ações políticas do Foro de São Paulo e Narcotráfico no continente, que inclusive é global.
A conclusão das agências dos Estados Unidos tem por base a delação premiada do ex-homem forte chavista ( regime venezuelano ) coronel Hugo "Pollo" Carvajal, preso em Nova York. El "Pollo informou a relação de verdadeira aliança entre drogas e política da esquerda continental

Na conversa com o governante brasileiro, Trump não revelou de todo, as informações que tem na manga. Mas é um item que nao vai renuciar

A peça no jogo que, sem dúvida, dara mais força às jogadas do "laranjão", é El Pollo Carvajal, com continuidade da sua "delação premiada" que prossegue dando mais munições para as agências americanas.

O ex-general venezuelano, teve marcada nova datada para seu julgamento, de 29 de outubro para 19 de novembro, até lá a Agenda Trump deve ser turbinada com novos argumentos prá suas decisões em relação a sua postura com alguns países da América Latina.

Enquanto isso, os mais realistas acreditam em poucos avanços serão dados nesses entendimentos Trump e Lula.

'Conversa empurrada pra frente''

Trump continuará empurrando a conversa com o governante brasileiro para Marco Rubio (Estado) e Scott Besset (Tesouro). Dois ossos duros de roer, quando o assunto é relacionamento com a esquerda global.

Os últimos acontecimentos de episódio de uma guerra civil no Rio de Janeiro tendo a frente grupos de narcotraficantes, tendem a endurecer mais ainda a postura do Governo Americano em relação ao que pensa sobre o Brasil.
Esses grupos que se espalharam pelo Brasil; nada de adolescentes rebeldes, ou bandidos domésticos, daquela época do "pega ladrão", são soldados do terrorismo, mesmos.

No meio de tudo surge o Relatório do Governo do Rio de Janeiro que retrata a situação do Estado e conexões internacionais. É preocupante. Por que Cláudio Castro fez revelações ao Governo dos Estados Unidos?

'Conclusão'

Enquanto isso, a economia brasileira na espera para que possa dar novos e necessarios voos.
A temática exige muitíssimo cuidado quanto ao tratamento. As nuvens na frente estão negras, muito negras.
"Meu Deus passe na frente".

Fica dito


*Jarbas Beltrão é Historiador, professor de História da UPE. Mestre em Educação pela UFPB, MBA em Política, Estratégia, Defesa e Segurança pela Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) e Faculdade Metropolitana de São Carlos/SP.


NR - Os textos assinados expressam a opinião dos seus autores. O Poder estimula o livre confronto de ideias e acolhe o contraditório.
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