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Exílio, poder e reconstrução: Flávio Chaves lança obra de temática e repercussão internacional

04/11/2025 -

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Em uma noite solene, no dia 13 de novembro, às 19h, a Academia Pernambucana de Letras, localizada na Avenida Rui Barbosa, 1596, bairro das Graças, no Recife, será palco de um dos lançamentos literários mais aguardados do ano. O escritor, ensaísta e acadêmico Flávio Chaves apresenta sua nova obra: Sheikha Moza Nasser, Hamlet e o Exílio, um ensaio que une literatura, política e filosofia num diálogo inédito entre o drama ocidental e a reinvenção árabe contemporânea.

Uma noite para a história: presenças que honram o pensamento

O evento contará com representantes da Embaixada do Catar, autoridades políticas e culturais, escritores nacionais e locais, além de membros da sociedade pernambucana que acompanham de perto a trajetória do autor. A apresentação da obra será conduzida conjuntamente pela acadêmica Margarida Cantarelli e pela escritora e jornalista Jô Mazzarolo, que dividirão as falas de abertura em uma homenagem literária à travessia simbólica proposta pelo livro.

A cerimônia

A cerimônia inclui sessão de autógrafos, apresentações musicais e artísticas e um coquetel de confraternização, compondo uma noite de celebração da cultura, da palavra e do diálogo entre mundos.

Uma ponte literária entre Elsinor e Doha

O livro parte de uma intuição singular: ao revisitar a tragédia de Hamlet, de Shakespeare, Flávio Chaves reconhece no príncipe exilado de seu trono e da própria linguagem uma figura espelhada, Sheikha Moza bint Nasser, mulher árabe que, ainda menina, foi arrancada de sua terra por razões políticas.


Importante figura política

Em 1960, seu pai, Nasser bin Abdullah Al-Misned, importante figura política do Catar, foi preso por se opor ao regime da época. Em 1964, quando Moza tinha apenas cinco anos, ela e toda a família foram forçados ao exílio, estabelecendo-se no Líbano. Essa experiência precoce de deslocamento e perda de raízes marcou profundamente sua infância e moldou, desde cedo, um olhar agudo sobre o mundo.

Aos 18 anos, Moza retorna ao Catar e ingressa na Universidade do Catar para estudar Sociologia. Esse retorno não é apenas geográfico, mas simbólico: é o início de uma trajetória silenciosa, estratégica e refinada que a conduziria ao centro da reconstrução cultural e educacional do Golfo. Ao contrário de Hamlet, que hesita diante da ruína, Moza transforma o exílio em fundação, ergue instituições, redesenha mapas, articula futuro.


Eixo simbólico

Essa leitura, profunda e instigante, dá ao livro seu eixo simbólico: Hamlet representa o colapso do poder; Moza, sua reinvenção. Entre Elsinor e Doha, entre a hesitação trágica e a reconstrução silenciosa, Flávio Chaves costura um ensaio sobre o exílio como lugar de lucidez, e sobre o poder que nasce, não do centro, mas das margens.

Figura viva, voz ativa

Figura viva e protagonista silenciosa do Catar contemporâneo, Sheikha Moza bint Nasser é hoje uma das mais influentes lideranças femininas do mundo árabe. Atuante em projetos de educação, cultura e diplomacia internacional, lidera a Qatar Foundation e articula pontes entre o Oriente e o Ocidente. A obra de Flávio Chaves a situa como símbolo da transformação do exílio em projeto civilizatório, uma mulher que molda instituições e redefine, com serenidade, o significado de poder no século XXI.

Um ensaio entre a hesitação e a construção

O contraste com Hamlet não é acidental: enquanto o príncipe shakespeariano hesita diante do poder e da linguagem, Moza avança com firmeza discreta, fazendo da ausência uma estratégia e do silêncio, uma forma de permanência.

Sheikha Moza Nasser, Hamlet e o Exílio é dividido em seis “chamas” ensaísticas que tratam do exílio, da linguagem, do feminino, da liderança e do poder simbólico. O livro é tanto uma reflexão sobre a fragilidade do Ocidente quanto um olhar renovado sobre o protagonismo do feminino em tempos de crise global.

De Recife ao mundo

Após o lançamento na Academia Pernambucana de Letras, o livro terá edições em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, além de eventos internacionais em Doha, Paris, Londres e Dubai, consolidando-se como obra de alcance internacional, capaz de dialogar com culturas distintas e públicos diversos.

Um convite à travessia

A noite do dia 13 não será apenas o lançamento de um livro — será o encontro entre mundos, ideias e destinos. A Academia Pernambucana de Letras abre suas portas para uma obra que não apenas ilumina o presente, mas o redesenha, com a força serena de quem compreende que a palavra ainda pode ser lugar de permanência. (O Poder)

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