Transporte - Metrô do Recife volta a funcionar após três dias de greve
06/11/2025 -
Após três dias de paralisação, ônibus lotados e atrasos para chegar ao trabalho, o Metrô do Recife voltou a funcionar na manhã de hoje, quinta-feira (06/11). As 36 estações das linhas Centro, Sul e Diesel abriram às 5h, seguindo a decisão da categoria dos metroviários, que suspendeu a greve em assembleia realizada na noite de ontem, quarta-feira (05/11).
Afetou
A paralisação começou na segunda-feira (03/11) e deixou cerca de 170 mil passageiros sem o serviço. Durante o período, os usuários do metrô precisaram recorrer a ônibus, veículos por aplicativo e outras alternativas, o que provocou maior lotação nos terminais integrados da Região Metropolitana.
A suspensão da greve
A suspensão da greve, que era por tempo indeterminado, foi definida durante uma assembleia em frente ao monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. Os metroviários voltaram ao trabalho à meia-noite desta quinta e, às 5h, as estações foram abertas.
A assembleia
A assembleia que suspendeu a greve ocorreu um dia após uma reunião entre o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (SindMetro-PE) e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6).
Apresentou
No encontro, a categoria apresentou à CBTU o Plano Emergencial de Recuperação do Metrô do Recife, que reúne propostas de investimentos imediatos e reformas estruturais para melhorar segurança, manutenção e qualidade do sistema.
Motivada
A greve foi motivada por um incêndio em um trem da Linha Centro no dia 25 de outubro, que deixou o Ramal Camaragibe fechado até 31 de outubro.
Reforço
O incêndio reforçou, segundo o sindicato, a necessidade de medidas urgentes de recuperação da estrutura metroviária. A categoria também protestou contra o processo de privatização do sistema, previsto pelo governo federal para 2026.
A mobilização
A mobilização, que foi decidida em uma assembleia realizada em 30 de outubro, buscava reivindicar melhorias no metrô e protestar contra a privatização anunciada pelo governo federal e que deve acontecer até 2026, com previsão de início da nova gestão em 2027. Na segunda (03/11), o primeiro dia da greve, o presidente do Sindmetro, Luiz Soares, foi detido pela Polícia Militar e liberado horas depois.
Trajeto longo
Com as estações fechadas e os trens fora de operação, o que era um trajeto comum virou um percurso mais longo, cheio e cansativo para os passageiros de ônibus. Durante a greve, os ônibus ficaram mais lotados, assim como terminais integrados localizados na Região Metropolitana.
SL
O Poder
Foto: reprodução TV Globo

