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COP 30 — Brasil está na lista de países que possuem algumas das cidades mais poluídas do planeta

07/11/2025 -

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Hylda Cavalcanti

Todo mundo sabe os efeitos da má qualidade do ar na saúde das populações e no desenvolvimento das cidades. Mas faltando poucos dias para a abertura da COP 30 especialistas, associações e entidades de todo o mundo param para destacar a situação do Brasil nesses níveis de poluição, que não são nada bons.

A poluição no Brasil afeta a qualidade do ar através de emissões de indústrias, veículos, queimadas e desmatamento, que introduzem poluentes como material particulado e ozônio. Isso causa problemas de saúde como doenças respiratórias e cardíacas, além de piorar condições climáticas, como o agravamento de ondas de calor, especialmente em regiões como o Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

Porém, um estudo concluído em outubro de 2024 (o mais recente realizado até agora) que mediu o Índice de Qualidade do Ar (IQA) como referência nas principais metrópoles do mundo mostrou que São Paulo lidera dentre os países pesquisados. O trabalho foi levantado pela agência suíça IQAir, que monitora a qualidade do ar em mais de 100 grandes cidades globais,

São Paulo e outras metrópoles

A capital paulista ultrapassou Lahore, no Paquistão, conhecida por ser a cidade mais poluída do mundo, com um IQA médio de 161, que é considerado insalubre.O indicador de cada cidade foi calculado a partir da mediana dos dados fornecidos por todas as estações de monitoramento localizadas, refletindo a situação em um momento específico.

Depois da capital paulista como primeira nesse ranking, foram selecionadas, também dentre as piores, Jacarta, na Indonésia (com IQA médio de 152), Kinshasa, no Congo (147), Jerusalém, em Israel (111), Dubai, nos Emirados Árabes (97), Batam, na Indonésia (95), Medam, também na Indonésia (95), Tel Aviv, em Israel (93), Lahore, no Paquistão (92) e Hangzhou, na China (88). O órgão alerta que a poluição pode causar aumento dos sintomas em crianças e pessoas com doenças pulmonares e cardiovasculares e aumento de sintomas respiratórios na população em geral.

Principais estados

De uma forma mais detalhada, o relatório da IQAir revelou que, além desse recorde em São Paulo, em termos de Brasil as cidades mais poluídas do país estão localizadas principalmente nos estados do Acre, Rondônia e São Paulo. Porto Velho, em Rondônia, lidera a lista com uma média anual de 29,5 microgramas por metro cúbico.

O cálculo foi feito a partir da observação de µg/m³, sigla que significa microgramas por metro cúbico, uma unidade que mede a concentração de uma substância (como poluentes no ar) em um volume de ar. A unidade indica a massa de uma substância, expressa em microgramas (1?g=1/1.000.0001 mu g equals 1 / 1.000 .000 1??=1/1.000.000 de um grama), em um volume específico de ar, como um metro cúbico (1m31 m cubed 1?3).

As cidades consideradas mais poluídas, conforme esse trabalho foram: Porto Velho (RO) – 29,5 µg/m³, Sena Madureira (AC) – 27,3 µg/m³, Rio Branco (AC) – 23,6 µg/m³, Osasco (SP) – 22,1 µg/m³, Rio Claro (SP) – 20,8 µg/m³, Ribeirão Preto (SP) – 19,9 µg/m³, Carapicuíba (SP) – 19,4 µg/m³, Xapuri (AC) – 19,1 µg/m³, Manoel Urbano (AC) – 18,7 µg/m³ e Santa Rosa do Purus (AC) – 18,7 µg/m³.

Contribuição da Abrava

A discussão da redução da população para melhorar a saúde como um dos pontos principais em meio às medidas para reduzir o aquecimento do planeta e as mudanças climáticas na COP 30 passou a ser incorporada pelas empresas brasileiras e a integrar o conjunto de propostas a serem apresentadas na Conferência, em Belém. Uma delas é a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Dentre as propostas apresentadas pela Abrava estão a elaboração e implementação de um Plano Nacional de Resfriamento do planeta e o fortalecimento dos códigos nacionais de energia (uma vez que a climatização responde por grande parte do consumo energético em edificações).

Redução de gases

Além disso, a entidade pretende trabalhar para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs) em 68% até 2050, aumento da eficiência de novos equipamentos em 50% até 2030, no fortalecimento das políticas e orientações de compras públicas, para que sejam feitas de forma mais sustentável, e ampliação de investimentos e parcerias para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de climatização, dentre outras questões.

A expectativa dos representantes da entidade, em meio a todas as discussões que serão propostas, é que a COP seja uma oportunidade para médicos, organizações internacionais, governos e profissionais diversos alertarem para a necessidade de protocolos que ajudem a mitigar o problema e melhorar questões como a qualidade do ar interno nos ambientes. Uma vez que a qualidade do ar interno contribui tanto para o aumento maciço de doenças diversas — tanto as transmitidas por vetores como dengue e zika também leva a problemas respiratórios, alergias, dores de cabeça, fadiga e até doenças cardíacas.

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