Manifesto do manguebeat raiz - Clube da Lama lança “O Homem Caranguejo na Selva de Pedra”
12/11/2025 -
O Clube da Lama, coletivo musical de Peixinhos (Olinda), lança amanhã, quinta-feira (13/11), o single “O Homem Caranguejo na Selva de Pedra”, disponível em todas as plataformas digitais. A faixa marca a estreia da banda e reafirma o espírito do manguebeat raiz, com som orgânico, percussão viva e letras que misturam denúncia, fé e esperança.

Inspirado
Inspirado na herança de Chico Science, o grupo propõe um mergulho na lama simbólica que representa o povo e sua força criativa. A música homenageia o trabalhador comum — o “homem caranguejo” — que resiste ao caos urbano com pensamento livre e alma coletiva”, conforme resume Mangue, compositor e vocalista.
Combina
Produzida pela própria banda, a canção combina maracatu, coco, funk, trap, ijexá e drum’n’bass, criando uma sonoridade híbrida e pulsante. O refrão, que ecoa como um mantra — “O homem caranguejo na selva de pedra caminha em silêncio sem chamar atenção” — sintetiza a mensagem de resistência e consciência social.
Porta de entrada
A faixa é a porta de entrada do primeiro álbum do grupo, previsto para 2026, que promete unir crítica social, espiritualidade e batidas das periferias.
O Clube
O Clube da Lama é formado por Mangue (voz e manifesto encarnado), Kevin (guitarra lamacenta e cortante), Angelo (guitarrista solo), Kenay (baixo grave e revolto), Dree (bateria híbrida, ancestral e futurista), com os percussionistas Joaquin, Bola e Jeymes, que sustentam as raízes vivas do batuque.
Nos palcos, o grupo se apresenta com máscaras de la ursa, resgatando o Carnaval de rua como ato simbólico e político. Entre composições autorais e releituras de Nação Zumbi, Mundo Livre S/A e Shiek Tosado, a banda reafirma que o mangue segue vivo — e pensante.

Reafirma
Com o lançamento de “O Homem Caranguejo na Selva de Pedra”, o Clube da Lama, segundo os seus organizadores, reafirma que a lama não é sujeira — é origem.
É dela que brota o som que move o corpo, desperta a mente e lembra que o mangue não morreu: apenas se reinventou.
“Entre o barro e o concreto, o grupo ergue sua bandeira e convida o público a caminhar junto — com os pés na lama e o pensamento livre”, destaca.
O Poder


