Roberto Vieira*

Hoje celebramos o aniversário do clube mais amado (e infame) do planeta: o Íbis Sport Club!

Esqueça os "grandes". O time de Paulista (PE), fundado em 15 de novembro de 1938, provou que o que importa não é vencer, mas sim existir e, claro, entrar para o Guinness World Records pelo maior jejum de vitórias do mundo!

As matérias históricas que nos chegam do passado mostram a essência desse fenômeno:

A Base da Força: O clube vive de "homens sem muito dinheiro, mas com ideias e amizades", como Ozir Monteiro, que manteve o patrimônio do clube na sua casa, uma condição que persiste até hoje.

O Folclore do Vexame: O time dos anos 80, com Marquinho Gomes e Maranhão, fez história com campanhas lendárias. Segundo a reportagem, no Campeonato de 83, o Íbis somou "apenas um ponto ganho em 18 jogos, nenhuma vitória, 13 derrotas". Um desempenho de dar inveja a qualquer "anti-time"!

O movimento que o coração não nega

A fama do Pássaro Preto é um caso de amor. O comentarista Armando José Monteiro, que se emocionava ao falar do clube, resumia a paixão: "O Íbis é para o torcedor igual a sua velha calça de brim: veste-lhe bem e é do seu agrado. Está na lei, no último Noé do Direito: é quase que aprendizado a dividir os sentimentos entre o Sport e o rubro-negro. Ele é que tenta renovar e crescer."

O Íbis foi mais que um time; foi um lazer para os trabalhadores da Tecelagem de Seda e Algodão e se tornou o eterno xodó de Pernambuco.

Parabéns ao "Pior Time do Mundo" pelas suas glórias únicas, e a figuras como Chico do Táxi, Ozir Ramos, Onildo Ramos, e Dr. Cândido do Nascimento, que mantiveram viva essa lenda rubro-negra!

*Roberto Vieira é médico e cronista.