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Organizações investirão R$ 1,5 bi para evitar doenças decorrentes de mudanças do clima

15/11/2025 -

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Organizações filantrópicas globais firmaram o compromisso de investir US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) para ações que buscam combater impactos das mudanças climáticas na saúde das populações. A Coalizão de Financiadores para o Clima e a Saúde fez o anúncio durante reunião que discutiu o chamado Plano de Ação de Belém para a Adaptação do Setor da Saúde às Mudanças Climáticas”, organizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), na COP 30.

Durante o evento, a Coalização apoiou a implementação do Plano de Ação em Saúde de Belém, iniciativa coordenada pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS). O plano consiste no primeiro documento internacional de adaptação climática dedicado exclusivamente a questões de saúde.

Reconhecendo a necessidade de urgência para a aplicação dessas políticas, a Coalizão destacou que o primeiro aporte financeiro deve ser destinado para ações relativas a calor extremo, poluição do ar e doenças infecciosas sensíveis ao clima, como a malária. Destaca, ainda, que a incidência de eventos extremos impactam no abastecimento de alimentos e água, além de sobrecarregar o sistema público de saúde.



Aumento de mortes por calor

Segundo o Relatório Lancet Countdown 2025 sobre Saúde e Mudanças Climáticas, o número de mortes associadas ao calor extremo chegou a 546 mil em 2024, um aumento de 23% em relação à 1990. O potencial médio de transmissão da dengue também teve um salto de 49% desde a década de 1950.

A Reunião Ministerial de Saúde e Clima contou com participação do secretário executivo da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, que destacou a saúde como tema prioritário na agenda climática. “A humanidade só vencerá esta luta global contra as mudanças climáticas se conectarmos ações climáticas mais eficazes às principais prioridades das pessoas em seu dia a dia”, declarou. “E poucas prioridades são mais importantes do que a nossa saúde”.

Entre as organizações que anunciaram o financiamento estão a Fundação Rockefeller, a Fundação Bill e Melinda Gates e a Bloomberg Philanthropies, além da Wellcome Trust, que firmou parceria de três anos com a ONU para a garantia de políticas climáticas baseadas em evidências científicas.



A partir de Belém

Anfitrião da COP, o Brasil lançou o Plano de Ação em Saúde de Belém, com previsão de ações divididas em iniciativas de vigilância e monitoramento, formulação de estratégias baseadas em evidências e inovação, produção e saúde digital. Entre as diretrizes, se destacam o levantamento das doenças sensíveis às mudanças climáticas e a melhora dos estoques de insumos essenciais em saúde.

O documento tem como base o fortalecimento da equidade em saúde e do conceito de justiça climática na implementação de políticas públicas e na participação social em todas as etapas de formulação das ações. “Esses processos devem incluir as vozes daqueles que se encontram em situações de vulnerabilidade ou enfrentam desvantagens estruturais, ambientais ou relacionadas à saúde’, diz o texto.

A meta do governo é incluir o Plano de Belém no Balança Global, avaliação feita pela UNFCCC a cada cinco anos para avaliar o desempenho dos países em relação ao Acordo de Paris e aos esforços globais de mitigação. No próximo balanço, que acontece na COP 33, os países que aderiram ao Plano podem apresentar panorama dos avanços na adesão das diretrizes de saúde.

— Com agências de notícias



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