Manoel Lisboa presente, agora e sempre! Por Natanael Sarmento*
16/11/2025 -
Edição especial em capa dura do livro “A Vida e a Luta do Comunista Manoel Lisboa” será lançada, no plenarinho da Câmara Municipal do Recife, quarta-feira, dia 19 de novembro, às 18:00 horas.
O ato
Celebra a imortalidade desse herói do povo brasileiro brutalmente torturado e assassinado no Doi-Codi do 4º Exército em Recife.
Fundador
Manoel Lisboa de Moura, juntamente com Ricardo Zarattini Filho e Amaro Luís de Carvalho, em 1966, fundou o Partido Comunista Revolucionário – PCR, para derrubar a ditadura militar e conquistar o socialismo no Brasil.
Prefácio e apresentação
Prefácio do sociólogo e ex-preso político Edval Nunes Cajá e apresentação do jornalista Luís Falcão, ambos, do Comitê Central do Pcr.
Organização da obra
Elaborado com documentos, cartas, recortes de jornais e depoimentos de pessoas que viveram e lutaram nos tempos da ditadura e conheceram de perto o biografado Manoel Lisboa que foi martirizado por torturas e assassinato nas dependências do 4º Exército, no Recife.
Sistematização:
I- Prisão, tortura e assassinato
Traz editorial do Jornal A Luta (1974) e depoimentos de Edval Nunes Cajá, Maria do Carmo Tomás, Valmir Costa, a Carta Aberta e Denúncia ao povo Nordestino (1973).
II- O PCR vive, luta e avança
Com depoimentos de José Moura e Fontes, Ricardo Zarattini, Cajá e Juáres José Gomes.
III- O camarada Zé
Textos de José Nivaldo Junior, Rinaldo Cardoso Ferreira e Leonardo Cavalcanti.
IV- Símbolo de uma geração
Declarações de Ronaldo Lessa, Selma Bandeira, Débora Cavalcanti Lisboa, Lauro Bandeira Mendes, Fernando Costa e Dionary Sarmento.
V- Manoel por Manoel
Declaração do amor e convicção da luta revolucionária pelo próprio Manoel no texto 'Declaro-me marxista-leninista' datado de 1965.
Anexos
Constam como anexos:
1. Desmascarada a farsa do laudo médico da ditadura;
2. Encontrados os restos mortais do revolucionário Manoel Lisboa;
3. Cobertura do
Jornal A Verdade e o 'Cordel para Manoel Lisboa'.
Até a morte
Exemplo de conduta revolucionária até o último suspiro, a força moral de Manoel Lisboa derrotou seus carrascos da ditadura, pois dele nada extraíram e assim salvou a vida de outros camaradas e do partido. Dilacerado nas mais brutais torturas, com os membros inferiores quebrados, impossibilitado de mover-se, balbuciava suas últimas palavras, de encorajamento: “resistam!”
Dedicado
O livro é dedicado a todos os continuadores da luta de Manoel e o epígrafe sintetiza fielmente a vida, obra e martírio de Manoel Lisboa, em versos de Paul Eulard:
“A noite anterior à sua morte
foi a mais curta da vida.
A ideia de que ainda existia
queimava-lhe o sangue
nos punhos,
o peso do corpo esgotava-o
e a própria foça o fazia gemer.
Foi então, no fundo desse horror,
que começou a sorrir.
Não tinha apenas um camarada,
Mas milhões e milhões deles
para o vingar...
E ele sabia-o.
E o dia nasceu para ele”.
Convite
Convidamos todas as pessoas que lutam com a convicção da superioridade material e moral do socialismo, a prestigiar com sua presença no ato simbólico. Carlos Mariguella, herói do povo brasileiro, repetia a lição: “A única luta que se perde é aquela que se abandona”.
Ainda estamos aqui
E bradamos a plenos pulmões:
Manoel Lisboa de Moura, presente, agora e sempre!
*Natanael Sarmento é professor e escritor. Do Diretório nacional do Partido Unidade Popular Pelo Socialismo.
NR - Os textos assinados expressam a opinião dos seus autores.

