Monitoramento comunicou ao STF violação da tornozeleira
22/11/2025
Apesar de já estar sendo esperada a provável prisão do presidente Jair Bolsonaro, nas próximas semanas, o Brasil parou na manhã deste sábado (21/11) com a notícia da chegada da Polícia Federal por volta das 6h, na residência do ex-presidente, em Brasília.
Isto porque a prisão preventiva de hoje não está relacionada ao cumprimento da pena à qual ele foi condenado no início de outubro, mas sim em função de uma prisão de caráter “preventivo”, diante da possibilidade de fuga do réu.
00h08 deste sábado - Violação da tornozeleira
Tudo começou aos oito minutos deste sábado. Nesse horário, o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que houve violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu Jair Messias Bolsonaro.
A informação foi encaminhada de imediato para o presidente da Corte e o relator do processo que julga os réus por tentativa de golpe de Estado, respectivamente os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, além dos demais integrantes do colegiado.
Vigília programada
Além disso, a PF alertou o que já vinha sendo noticiado ao longo da semana e que vinha causando apreensão e alerta entre os policiais. O fato de um dos filhos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ter convocado pelas redes sociais grande vigília para hoje em frente ao condomínio onde mora o ex-presidente.
A iniciativa, então, foi avaliada como uma provável estratégia para facilitar a sua fuga. Alexandre de Moraes, durante a madrugada deu a decisão para que, no início da manhã, fosse providenciada a prisão preventiva.
O que disse o pedido de Moraes
No pedido de prisão preventiva, o ministro lembrou que Flavio Bolsonaro (PL-RJ), convocou amplamente a ida de pessoas este sábado para a frente ao condomínio onde mora o ex-presidente para a realização de uma vigília e a expectativa é de que, ao tentar violar a tornozeleira, o ex-presidente provavelmente usaria a vigília como estratégia para despertar a atenção para as pessoas presentes no ato e realizar a fuga.
Tom do chamamento para a vigília
Citando textos bíblicos, o senador Flávio Bolsonaro pediu uma “mobilização permanente pela liberdade do pai”. A decisão do ministro cita "garantia da ordem pública com risco de aglomeração e também risco para o próprio preso, considerando-se a confirmação de violação da tornozeleira com a organização do evento.
Sem espetacularização
Na sua decisão, o ministro também pediu que a prisão não expusesse o ex-presidente e que não fossem colocadas algemas nele.
Votação no STF segunda-feira
O STF convocou sessão extraordinária para a próxima segunda-feira (24/11) para avaliarem o pedido de prisão concedido monocraticamente por Moraes e decidirem se Bolsonaro continua preso ou pode retornar para casa até esperar a ordem para o cumprimento da pena pela qual foi julgada.
Por Hylda Cavalcanti

