De um lado comemorações. Do outro, protestos. A sede da superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde está detido numa cela especial o ex-presidente Jair Bolsonaro segue sob forte esquema de segurança. Mas apesar de os policiais estarem impedindo aglomerados e excesso de manifestações, o local possui, em pontos isolados, tanto defensores do Governo Lula, como bolsonaristas.

Os bolsonaristas, em especial, contam com a presença de alguns deputados do PL, como Bia Kissis (DF), citam trechos da Bíblia, levantam palavras de ordem e dizem que a prisão é injusta. Eles levam bandeiras do Brasil e palavras de ordem contra o presidene Lula.

O outro grupo, apresenta faixas e cartazes com a frase “Cadeia para Bolsonaro”, lembram da importância da democracia e de o Brasil ter um estado democrático de direito, lembram das pessoas mortas pela Covid-19, acusam Bolsonaro de ingerência com a saúde pública durante a pandemia e fazem comparações entre os governos de Bolsonaro e os do PT. “Agora é a vez dele pagar”, ressalta um dos cartazes.

Viaturas dividem área

Em meio à divisão e como forma de evitar um confronto entre os dois grupos, a Polícia Federal dividiu as áreas com viaturas policiais.

Também chama bastante atenção a apresentação do militante conhecido como Fabiano do PT, que é músico. Desde o início da manhã ele toca, da sua trompeta, a marcha fúnebre que diz ser em homenagem a Bolsonaro.

Como já fez em outros episódios, como no julgamento do ex-presidente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o trompetista chega, entoa seu trompete e sai de mansinho. Hora e meia depois, retorna e se apresenta novamente.

Alerta constante

Na capital federal, o ambiente é de alerta policial constante. É comum entre os moradores do Plano Piloto (área central de Brasília) e moradores de Lagos Norte e Lago Sul, bairros mais próximos do Plano Piloto, neste dia, a presença constante de viaturas policiais e helicópteros sobrevoando a cidade, como forma de prevenir algum atentado ou manifestação mais agressiva.