Rompimento de Hugo Motta com Lindberg repercute em cheio na sucessão da PB
24/11/2025
As relações políticas já andam tensas há um bom tempo. A surpresa, foi o encaminhamento pessoal, emocional, dado pelo presidente da Câmara, o paraibano Hugo Motta (Republicanos/PB). Alçado ao posto porque, a partir do Centrão, construiu um amplo leque de apoios. Prometeu o céu ao PT e ao PL. Já dizia a Bíblia Sagrada que não se pode servir a dois senhores. Motta tentou e se deu mal. Descontentou a todos. Decidiu-se pela direita, sua vocação desde sempre.
Crise com Lula
Diga-se o que quiser de Lindberg Farias ( PT/RJ) ex-senador, atualmente deputado. Menos que não defende as bandeiras e propostas do PT. Diante do descumprimento reiterado por parte de Hugo Motta de compromissos assumidos olho no olho, inclusive com Lula, Lindbergh aumentou o tom. Motta, como se fazia na sua infância, virou pra Lindberg, juntou os dedos indicadores e disse "corte aqui". Ou seja, intrigou-se. E bateu o pé. Coisa de menino buchudo. Mas feita calculadamente.
Ocorre que
Lindberg não faz nada na Câmara que não seja combinado, ao pé do ouvido, com a ministra de Relações Institucionais, Gleise Hoffman. Que por sua vez não toma nenhuma atitude nas relações entre poderes que não seja acordada com o presidente Lula. Logo, ao romper relações com o líder do PT, Motta está mandando um claro recado para Lula. Fique lá que eu fico cá.
O que é o cá?
É a aliança fundamental, política e ideológica, de Hugo Motta. Com o Centrão e os partidos de direita. Que, intra muros, avaliam que Lula vai chegar desgastado à eleição do próximo ano e é melhor manter distância regulamentar. Isso, junto com a construção de candidatura ou candidaturas de oposição ao projeto do PT. Na Paraíba, a escolha natural de Lula seria apoiar a candidatura à reeleição de Veneziano Vital, que go,a da confianca irrestrita do presidente. E poe extensao, à chapa com Cícero para o governo. E ter certa simpatia pela candidatura do atual governador João Azevêdo à Casa Alta. . Só que João está enturmado com Lucas Ribeiro e núcleos duros do centrão. À frente, Aguinaldo Ribeiro e o agora intrigado do PT, Hugo Motta. Essa circunstância, na prática, encerra qualquer possibilidade de apoio do PT/PB ao projeto de Lucas Ribeiro. Se já era difícil, qualquer negociação ficou insustentável. Hugo Motta sabe o que está fazendo. Estava procurando um pretexto e esperando a oportunidade para comprar briga aberta com o PT. Conseguiu.
As consequências
Como diria o famoso Conselheiro Acácio, só vêm depois.
Equipe O Poder.

