Semana começa com pressão do Congresso por liberação de emendas
15/12/2025
Congresso x STF
A principal pauta da semana é a votação da LOA, Lei de Orçamento Anual, de 2026. Congressistas têm receio de votar o Orçamento só em troca da promessa do Executivo de que as emendas serão pagas. As impositivas, por lei, têm de ser empenhadas até 31 de dezembro....

Congresso x STF
A principal pauta da semana é a votação da LOA, Lei de Orçamento Anual, de 2026. Congressistas têm receio de votar o Orçamento só em troca da promessa do Executivo de que as emendas serão pagas. As impositivas, por lei, têm de ser empenhadas até 31 de dezembro. Também pesa contra o Planalto a insatisfação dos presidentes da Câmara, Hugo Motta e Davi Alcolumbre com o STF e as recentes decisões tomadas para investigar o pagamento de recursos. Congressistas avaliam que os obstáculos contra as emendas são parte da coordenação do Planalto e do Supremo para reduzir o poder do Legislativo sobre os gastos públicos.
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Acordo UE-Mercosul pode avançar até o final desta semana
15/12/2025
Conselho da UE
"A intenção é realizar a votação do acordo com o Mercosul na próxima semana, para permitir que a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, assine o acordo no Brasil em 20 de dezembro", disse uma autoridade da presidência do Conselho da UE. O Conselho se reunirá nas próximas quinta-feira, 18/12 e sexta-feira, 19/12. Três dias antes, amanhã, 16/12, o Parlamento Europeu irá votar as medidas de proteção para o agro local, ponto crítico do acordo. As chamadas salvaguardas, que passaram pela Comissão e...
O acordo de livre comércio entre o Mercosul, bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e a União Europeia pode avançar nesta semana, depois de 26 anos de negociações. O governo brasileiro espera que a assinatura aconteça durante a Cúpula do Mercosul, no próximo sábado, 20/12, em Foz do Iguaçu. Mas depende dos trâmites na Europa, onde o acordo ainda precisa ser confirmado pelos países membros.

Conselho da UE
"A intenção é realizar a votação do acordo com o Mercosul na próxima semana, para permitir que a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, assine o acordo no Brasil em 20 de dezembro", disse uma autoridade da presidência do Conselho da UE. O Conselho se reunirá nas próximas quinta-feira, 18/12 e sexta-feira, 19/12. Três dias antes, amanhã, 16/12, o Parlamento Europeu irá votar as medidas de proteção para o agro local, ponto crítico do acordo. As chamadas salvaguardas, que passaram pela Comissão europeia no dia 08/12, preveem que os benefícios tarifários do Mercosul no acordo podem ser suspensos temporariamente, caso a UE entenda que isso esteja prejudicando algum setor do agro local. As medidas são um aceno da UE para países que têm feito forte oposição ao tratado, como a França. Mas essas regras deixaram o agro brasileiro em alerta.
Nove jalecos vazios e um pedido de cuidado, por Meraldo Zisman*
15/12/2025
Decisão
Esse tipo de decisão quase nunca nasce de um momento só: é o ponto final de uma história longa de exaustão, solidão e falta de escuta. E, quando alguém conhecido chega a esse limite, quem já está por um fio passa a olhar essa mesma saída com menos medo. A eliminação da própria vida também pode ser contagiante — não por fraqueza de caráter, mas porque a esperança foi encolhendo até quase desaparecer.
Inquieta
Por isso me inquieta tanto a forma como essas notícias são...
Ao ler a notícia, não vejo apenas uma sequência de fatos. Vejo rostos cansados, escondidos atrás de máscaras de eficiência. Penso em médicos chegando em casa de madrugada, tirando o jaleco no escuro para não acordar ninguém, engolindo o choro no banho, respondendo “está tudo bem” quando, por dentro, tudo desaba. Em muitos países, o término voluntário da própria vida entre profissionais de saúde vem se espalhando como uma epidemia silenciosa.
Decisão
Esse tipo de decisão quase nunca nasce de um momento só: é o ponto final de uma história longa de exaustão, solidão e falta de escuta. E, quando alguém conhecido chega a esse limite, quem já está por um fio passa a olhar essa mesma saída com menos medo. A eliminação da própria vida também pode ser contagiante — não por fraqueza de caráter, mas porque a esperança foi encolhendo até quase desaparecer.
Inquieta
Por isso me inquieta tanto a forma como essas notícias são contadas. Quando se juntam casos, se fala em “onda”, se descrevem detalhes, quase se desenha um roteiro do desespero. Quem está fragilizado lê e pensa: “talvez esse também seja o meu caminho”. Quando tudo vira número e manchete, somem os nomes, os abraços, as noites insones, o medo de ser julgado por não dar conta de tudo.
Menos espetáculo
Precisamos de outro tom: menos espetáculo, mais respeito. Falar da sobrecarga, dos plantões desumanos, da cultura do “aguente firme”, do medo de pedir ajuda. Lembrar que existem serviços de apoio, colegas, redes de cuidado — e, sobretudo, que não é vergonha dizer “eu não estou bem”. Ser comedido ao noticiar não é esconder a realidade; é tratar as palavras como se trata uma ferida aberta: com calma, sem sensacionalismo, sem enfeitar o gesto extremo, sem repetir detalhes que só alimentam a dor.
Delicadeza
Escrevo, então, não para negar o fato, mas para pedir delicadeza. Que cada reportagem lembre que essas não são apenas histórias de fim, e sim sinais de alerta de um sistema que adoece quem cuida. Que, ao informar, a imprensa também ofereça caminhos de ajuda, telefones, serviços, braços possíveis.
Aprender
E que nós, como sociedade, aprendamos a olhar além do título, além da função, além do jaleco. Porque, no fim das contas, é isso que não podemos esquecer: por trás do jaleco há um ser humano, com medo, cansaço, sonhos e lágrimas — alguém que precisa ser visto e acolhido antes que a dor o convença, em silêncio, de que não há mais saída.
Meraldo Zisman é Médico psicoterapeuta e membro da Academia Recifense de Letras.
Anderson consolida no PL preferência por candidatura ao Senado, por Alberes Xavier
15/12/2025
A ala
Entre os entusiastas estão a ala mais extremista da direita, como Silvio Nascimento, Coronel Feitosa e Coronel Meira. Entre os demais nomes da bancada conservadora no estado, Anderson já era o preferido. A avaliação interna é de que o partido vive um momento oportuno para crescer, consolidar protagonismo e ampliar sua presença política em Pernambuco.
Fortalece
Nesse ambiente, Anderson Ferreira se fortalece ainda mais após o lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República, movimento que dirigentes do PL acreditam que impulsionará candidaturas alinhadas ao bolsonarismo, especialment...
O nome do ex-prefeito de Jaboatão e ex-candidato ao Governo de Pernambuco, Anderson Ferreira, ganha força dentro do PL para disputar o Senado em 2026. A pesquisa divulgada pelo Instituto Real-Time Big Data reforçou sua posição no campo da direita, onde aparece competitivo em todos os cenários testados.
A ala
Entre os entusiastas estão a ala mais extremista da direita, como Silvio Nascimento, Coronel Feitosa e Coronel Meira. Entre os demais nomes da bancada conservadora no estado, Anderson já era o preferido. A avaliação interna é de que o partido vive um momento oportuno para crescer, consolidar protagonismo e ampliar sua presença política em Pernambuco.
Fortalece
Nesse ambiente, Anderson Ferreira se fortalece ainda mais após o lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República, movimento que dirigentes do PL acreditam que impulsionará candidaturas alinhadas ao bolsonarismo, especialmente na disputa pelo Senado.
Alberes Xavier é jornalista, radialista e blogueiro
O vazio existencial dos obstinados, por Inácio Feitosa*
15/12/2025
No Cariri paraibano, em Monteiro, o tempo ensina mais do que corre. Foi ali, numa noite de lua alta sobre a caatinga, sentado à porta da casa grande da Fazenda Jatobá, dos Santa Cruz — terra de meus antepassados — que ouvi esse caso pela primeira vez. Quem contava era Zé Preto, caseiro antigo, homem de poucas palavras e muita memória.
Década de 1980
Contava para mim e para meu pai, João Feitosa Santa Cruz, ainda na década de 1980, nós três deitados em redes armadas na varanda, cada qual na sua, enquanto ele enrolava o fumo com calma, cuspia de lado e deixava a história correr como quem puxa conversa para espantar o silêncio da noite. Contava como quem não prega, apenas lembra.
Dizia ele que, certa manhã, o açude estava parado. Água quieta, espessa de silêncio. Três homens pescavam. Pouca fala, nenhum aperreio. O peixe não vinha em fartura, mas vinha. O suficiente para o dia e para a...
Era tão rico que só tinha dinheiro.
No Cariri paraibano, em Monteiro, o tempo ensina mais do que corre. Foi ali, numa noite de lua alta sobre a caatinga, sentado à porta da casa grande da Fazenda Jatobá, dos Santa Cruz — terra de meus antepassados — que ouvi esse caso pela primeira vez. Quem contava era Zé Preto, caseiro antigo, homem de poucas palavras e muita memória.
Década de 1980
Contava para mim e para meu pai, João Feitosa Santa Cruz, ainda na década de 1980, nós três deitados em redes armadas na varanda, cada qual na sua, enquanto ele enrolava o fumo com calma, cuspia de lado e deixava a história correr como quem puxa conversa para espantar o silêncio da noite. Contava como quem não prega, apenas lembra.
Dizia ele que, certa manhã, o açude estava parado. Água quieta, espessa de silêncio. Três homens pescavam. Pouca fala, nenhum aperreio. O peixe não vinha em fartura, mas vinha. O suficiente para o dia e para a dignidade.
Roupa limpa
Chegou um homem de fora. Sudestino. Roupa limpa demais para aquele chão rachado. Olhar inquieto, desses que medem tudo como se a vida fosse planilha.
— Por que vocês estão pescando aí? — perguntou.
O matuto respondeu simples, sem tirar os olhos da água:
— Pra comer. Pra levar pra casa.
O homem achou pouco. Pensou alto:
— Você podia botar esses homens pra trabalharem pra você. Comprar mais barcos. Pescar mais.
O matuto esperou um tempo, como quem escuta o vento antes da chuva:
— Pra quê?
— Pra vender mais.
— Pra quê?
— Pra ganhar dinheiro.
— Pra quê?
O sudestino respirou fundo:
— Pra um dia você não precisar mais trabalhar. Ficar tranquilo. Fazer só o que gosta. Pescar com seus amigos.
O matuto sorriu curto, quase piedoso:
— Oxente… é isso que eu já faço.
E voltou ao anzol.
Zé Preto dizia que o homem foi embora calado. A conta estava certa. O sentido, não. E talvez por isso a história tenha ficado.
Pensei nisso muitas vezes depois. Porque o obstinado moderno raramente se reconhece nesse espelho. Ninguém o chama de fracassado. Pelo contrário. Seu nome costuma ser sinônimo de sucesso, disciplina e vitória. Constrói biografias impecáveis, dessas que impressionam em discursos e causam silêncio em reuniões. Trabalha como quem cumpre um chamado — mas esquece de perguntar quem o chamou.
Obstinação
A obstinação começa como virtude. Acordar cedo, insistir, não desistir. Com o tempo, deixa de ser método e vira altar. Tudo passa a girar em torno do desempenho. Deus fica para depois, como se a eternidade pudesse aguardar o fechamento do próximo negócio.
Era tão obstinado que passou a criar mentiras — e acreditar fielmente nelas. Mentiras para justificar ausências, para suavizar durezas, para explicar por que não voltava cedo, por que não ouvia mais, por que não sentia culpa. Repetidas tantas vezes que já não distinguia estratégia de verdade. O autoengano virou abrigo.
A riqueza
A riqueza veio. Veio farta, visível, incontestável. Mas o coração continuava inquieto. Descobriu, tarde demais, que dinheiro compra quase tudo, exceto o silêncio interior. Quando cessava o barulho das metas, surgia um incômodo profundo — um vazio que não aparecia no balanço.
Relações
As pessoas foram virando meios. Relações, compromissos adiáveis. Afetos, custos operacionais. Ganhou influência, perdeu intimidade. Estava sempre cercado, raramente acompanhado. A solidão dos obstinados não é falta de gente; é falta de encontro.
Nunca aprendeu a parar. Ignorou o descanso como princípio, acreditando que pausar era sinal de fraqueza. Esqueceu que até Deus descansou — não por cansaço, mas para ensinar limite. O sábado simbólico da vida lhe parecia desperdício, quando era lembrança de humanidade.
Sucesso
Mediu o sucesso por números, não por frutos. Avaliou a vida por resultados, não por virtudes. Confundiu prosperidade com bênção, como se toda abundância fosse sinal de aprovação divina. Esqueceu que a Bíblia nunca prometeu cofres cheios, mas corações inteiros.
Evitava o silêncio. Sabia, no fundo, que é nele que Deus costuma falar. Preferia o ruído constante das ocupações, pois o recolhimento poderia revelar a distância entre tudo o que conquistou e tudo o que negligenciou.
Tesouros
Ajuntou tesouros onde o tempo alcança. Patrimônio, propriedades, poder. Mas esqueceu de construir o que não se perde: memórias, vínculos, fé, sentido. Quando percebeu, havia garantias para o futuro, mas nenhuma paz para o presente.
O matuto
O matuto do açude da Fazenda Jatobá, em Monteiro, nunca fez conta grande. Não explorava ninguém. Dividia o pouco. Pescava com os amigos. Voltava para casa inteiro. Já vivia aquilo que o outro planejava viver um dia — quando tudo estivesse pronto.
No fim, o paradoxo se impõe sem barulho: há quem ganhe o mundo inteiro e perca a si mesmo. Era rico, sim. Tão rico… que só tinha dinheiro.
Inácio Feitosa é advogado, escritor e pescador.
NR - Os textos assinados expressam a opinião dos seus autores. O Poder estimula o livre confronto de ideias e acolhe o contraditório. Todas as pessoas e instituições citadas têm assegurado espaço para suas manifestações.
Pré-candidato a deputado, Carlos Costa intensifica articulações em giro por Pernambuco
15/12/2025
Escuta
Em um trabalho de escuta das demandas de prefeitos, prefeitas, vereadores, sociedade civil organizada e lideranças políticas, Carlos Costa visitou aliados em Terezinha, Manari, Águas Belas, Itaíba e Itambé.
Agenda
A agenda teve início em Terezinha, onde Carlos Costa se reuniu com representantes do sindicato rural para discutir medidas voltadas ao fortalecimento do produtor rural e da agricultura familiar. O encontro contou com a participação do prefeito Arnóbio Gomes, dos deputados estaduais Doriel Barros e Danilo Godoy, além de agricultores e lideranças da região, reforçando o compromisso com o desenvolvimento do campo.
Marani
O pré-candidato a deputado federal, Carlos Costa, segue pavimentando o caminho rumo à Câmara Federal no próximo ano. No último final de semana, o economista e advogado intensificou as articulações em um grande giro por cinco municípios do Estado.
Escuta
Em um trabalho de escuta das demandas de prefeitos, prefeitas, vereadores, sociedade civil organizada e lideranças políticas, Carlos Costa visitou aliados em Terezinha, Manari, Águas Belas, Itaíba e Itambé.
Agenda
A agenda teve início em Terezinha, onde Carlos Costa se reuniu com representantes do sindicato rural para discutir medidas voltadas ao fortalecimento do produtor rural e da agricultura familiar. O encontro contou com a participação do prefeito Arnóbio Gomes, dos deputados estaduais Doriel Barros e Danilo Godoy, além de agricultores e lideranças da região, reforçando o compromisso com o desenvolvimento do campo.
Marani
Na sequência, o pré-candidato seguiu para Manari, onde se reuniu com Cícero do Sindicato e diversas lideranças locais para debater um conjunto de ações estratégicas para o município. O encontro também teve a presença do pré-candidato a deputado estadual Bruno Marques, ampliando o diálogo sobre políticas públicas voltadas à população manariense.
Reunião
Em Águas Belas, Carlos Costa participou de uma reunião com o prefeito Dr. Elton e vereadores do município. O encontro simbolizou a unidade política da região em torno do seu nome e o alinhamento de projetos voltados ao desenvolvimento local e regional.
Ele também participou em reunião em Itaíba, com o prefeito Pedro Pilota e a ex-prefeita e candidata a deputada estadual Regina da Saúde, ocasião em que foram debatidas parcerias e iniciativas para impulsionar áreas estratégicas do município.
Mais visitas
Ontem, domingo (14/12), ele esteve na Mata Norte do Estado, com visita a Itambé. Na cidade, Carlos Costa se encontrou com o vereador Edvaldo de Carice e seu grupo político, fortalecendo alianças e reafirmando o diálogo com as lideranças locais.
Ao final da agenda, Carlos Costa destacou a importância da escuta e da construção coletiva.
“A política precisa ser feita com diálogo, ouvindo de perto as demandas da população e das lideranças locais. É assim que conseguimos construir parcerias sólidas e pensar em soluções reais para melhorar a vida das pessoas em cada região do nosso Estado. Junto com os prefeitos e o ministro Silvio Costa Filho estamos trabalhando e vamos trabalhar ainda mais pelo desenvolvimento dos municípios do nosso estado”, afirmou .
Foto: Wesley D'Almeida
SBT e o Presidente, por Roberto Vieira*
15/12/2025
História
A relação de Sílvio Santos com o governo sempre foi próxima, independentemente da ideologia no poder. Antes mesmo do SBT, Sílvio Santos já fazia publicidade para o governo do General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). O atual presidente Lula era fã naqueles tempos. De Sílvio e de Médici.
Semana
Já com a TVS/SBT, o quadro "A Semana do Presidente" era presença constante na grade dominical. Presidentes como Sarney e Collor também tiveram espaço, demonstrando a política da emissora de manter as portas abertas com o Executi...
A recepção do presidente Lula e da primeira-dama Janja no SBT por Patrícia Abravanel, e a subsequente polêmica nas redes sociais (com a suposta perda de seguidores), geraram grande burburinho. Há quem questione a atitude, imaginando a indignação de Sílvio Santos. No entanto, a história do SBT e de Sílvio com o Poder é marcada por pragmatismo estratégico.

História
A relação de Sílvio Santos com o governo sempre foi próxima, independentemente da ideologia no poder. Antes mesmo do SBT, Sílvio Santos já fazia publicidade para o governo do General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). O atual presidente Lula era fã naqueles tempos. De Sílvio e de Médici.
Semana
Já com a TVS/SBT, o quadro "A Semana do Presidente" era presença constante na grade dominical. Presidentes como Sarney e Collor também tiveram espaço, demonstrando a política da emissora de manter as portas abertas com o Executivo.

Concessão
O relacionamento do SBT com a presidência teve um pilar fundamental: a concessão pública. A operação de um canal de televisão no Brasil era uma concessão pública outorgada pelo Governo Federal, com aprovação do Congresso. É o presidente da República quem assinava a renovação.
SBT
O SBT nasceu por concessão do Governo. Manter boa relação com o Presidente é vital para a renovação da outorga e evitar o risco de perder a frequência.
Lição
Sílvio Santos chegou a acenar com a possibilidade de ser Presidente da República (em 1989), mas desistiu, reforçando uma lição aprendida. ?Um judeu que começou como camelô entende o peso do Poder no Brasil. Brigar abertamente com o Poder Executivo não é uma boa ideia para quem depende da sua caneta para manter o próprio negócio funcionando.

Filha
A atitude de Patrícia Abravanel ao receber Lula e Janja não é um descuido ideológico, mas a aplicação do pragmatismo de Sílvio Santos. Ela preserva o maior patrimônio do pai, garantindo a estabilidade e a continuidade do SBT, mantendo um canal de diálogo aberto com quem detém o poder de renovar as concessões. Certo ela.
Nota final:
"Eu acho que vocês estão, desculpem, [se] prostituindo", desabafou o cantor sertanejo Zezé di Camargo ao pedir o cancelamento de seu especial de Natal no SBT, agendado para quarta-feira, 17, após Lula participar do lançamento do SBT News.
*Roberto Vieira é médico e um dos melhores cronistas do Brasil atual.
NR - Os textos assinados expressam a opinião dos seus autores. O Poder estimula o livre confronto de ideias e acolhe o contraditório. Todas as pessoas e instituições citadas têm assegurado espaço para suas manifestações.

A Pianista que Tocava por Trás da Cortina, por Zé da Flauta*
15/12/2025
Absurdo elegante
Quando os dedos tocavam as teclas, algo estranho acontecia: o preconceito ficava sem argumento. A plateia suspirava, chorava, pedia bis. Alguns diziam que era “mão de anjo”, outros juravam influência divina. Ninguém dizia o óbvio: era estudo, sensibilidade, inteligência e alma. O humor cruel da época permitia esse absurdo elegante, a arte era celebrada, a artista escondida. Como se a música fo...
Em algum salão do Recife de 1820, havia um piano afinado demais para a injustiça do mundo. As famílias ricas se reuniam, ajeitavam as cadeiras, cochichavam elogios à música antes mesmo da primeira nota. Mas a pianista não entrava em cena. Ela já estava ali, escondida atrás de uma cortina, como se o talento pudesse ofender olhos acostumados à desigualdade. Era uma mulher negra, escravizada e depois alforriada, cuja habilidade ao piano encantava a cidade, desde que sua presença permanecesse invisível. A música podia atravessar o salão; ela, não.
Absurdo elegante
Quando os dedos tocavam as teclas, algo estranho acontecia: o preconceito ficava sem argumento. A plateia suspirava, chorava, pedia bis. Alguns diziam que era “mão de anjo”, outros juravam influência divina. Ninguém dizia o óbvio: era estudo, sensibilidade, inteligência e alma. O humor cruel da época permitia esse absurdo elegante, a arte era celebrada, a artista escondida. Como se a música fosse branca, mas o corpo que a produzia precisasse permanecer na sombra para não “desafinar” a sala.
Eu existo
A pianista sabia disso tudo. E mesmo assim tocava. Tocava porque a música era maior que a humilhação. Tocava porque cada nota atravessava a cortina como um recado silencioso: eu existo. O piano virou sua voz pública num mundo que não lhe concedia palavra. E talvez fosse essa a vingança mais bonita: enquanto os donos da casa fingiam não vê-la, ela ocupava todos os ouvidos. A cortina separava corpos, mas não segurava o som, e o som, quando é verdadeiro, não respeita fronteiras sociais.
Racismo
Com o tempo, dizem que algumas crianças perguntavam: “Quem toca tão bonito?” E os adultos desconversavam. A História fez o mesmo por muito tempo. Não guardou o nome dela, mas guardou o gesto. Porque toda vez que uma mulher negra sobe ao palco hoje, toda vez que um piano se abre como janela, aquela cortina se rasga um pouco mais. A primeira pianista negra do Recife talvez nunca tenha sido aplaudida de pé, mas foi ela quem ensinou que a música sempre encontra uma fresta. E quando encontra, entra inteira, derrubando o que o racismo tentou esconder.
Até a próxima!
*Zé da Flauta é músico, compositor, filósofo e escritor.

Irmão defende memória de Eduardo Campos em razão de "injúrias" do vereador Eduardo Moura
15/12/2025
"Em razão de recentes declarações do vereador Eduardo Moura, cumpre prestar os seguintes esclarecimentos:
1. No que se refere à operação de venda de precatórios do Fundef, cabe ao atual Prefeito do Recife prestar os devidos esclarecimentos à Câmara Municipal do Recife e à população recifense, por se tratar de matéria relacionada à gestão municipal.
2. A afirmação de que Eduardo Campos teria sido condenado pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, do Ministério da Fazenda, no episódio dos precatórios em Pernambuco, é incompleta, distorcida e descontextualizada. Tal colocação, feita pelo vereador Eduardo Moura, assume caráter injurioso, sobretudo por se dirigir a quem já não pode se defender por ser falecido. Registre-se, ainda, que sou irmão de Eduardo Campos.
3. A decisão proferida pelo referido Conselho foi integralmen...
O Poder recebeu do advogado, político e escritor Antônio Campos a "Nota de Esclarecimento".
"Em razão de recentes declarações do vereador Eduardo Moura, cumpre prestar os seguintes esclarecimentos:
1. No que se refere à operação de venda de precatórios do Fundef, cabe ao atual Prefeito do Recife prestar os devidos esclarecimentos à Câmara Municipal do Recife e à população recifense, por se tratar de matéria relacionada à gestão municipal.
2. A afirmação de que Eduardo Campos teria sido condenado pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, do Ministério da Fazenda, no episódio dos precatórios em Pernambuco, é incompleta, distorcida e descontextualizada. Tal colocação, feita pelo vereador Eduardo Moura, assume caráter injurioso, sobretudo por se dirigir a quem já não pode se defender por ser falecido. Registre-se, ainda, que sou irmão de Eduardo Campos.
3. A decisão proferida pelo referido Conselho foi integralmente anulada pela Justiça Brasileira, em sede de Mandado de Segurança, julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em razão de sua manifesta ilegalidade, com trânsito em julgado. Assim, não houve condenação válida, sendo inverídica e ofensiva a afirmação de que Eduardo Campos teria sido condenado. Ademais, o Supremo Tribunal Federal rejeitou denúncia apresentada contra ele, reforçando a inexistência de qualquer ilegalidade jurídica.
4. Importa registrar que os títulos emitidos na operação dos precatórios foram considerados válidos por decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro, posteriormente rolados pelo Governo Federal, nos termos de Resolução do Senado Federal, e pagos durante o Governo Jarbas Vasconcelos, que crítico da operação, procedeu ao pagamento dos títulos.
5. Os presentes esclarecimentos têm por finalidade exclusiva a defesa da memória de Eduardo Campos, que não pode e não deve ser contaminada por disputas ou interesses eleitorais que se avizinham.
6. A crítica política é legítima e faz parte do debate democrático; contudo, não se admitem afirmações inverídicas, distorcidas ou que imputem, de forma indevida, contexto de ilegalidade a quem não foi legalmente condenado.
Recife, 15 de dezembro de 2025.
Antônio Campos
Advogado
OAB/PE 12.310".
NR - Todos os citados têm espaço para suas manifestações.
Carnaval já começou em Olinda e no Recife; confira programação
15/12/2025
Prévias
As prévias dos blocos de carnaval acontecem nas cidades-irmãs em dezembro, janeiro e fevereiro. A festa acontece nas ruas e nos clubes.
A data
Em 2026, a terça-feira de Carnaval será celebrada no dia 17 de fevereiro, mas a apoteose da festa é apenas o ponto alto de um calendário que se constrói ao longo de meses, com eventos diurnos e noturnos, gratuitos e pagos, nas ruas, praças, clubes e sedes carnavalescas.
Planejar
Para quem gosta de planejar o roteiro com antecedência, diversas troças e blocos já começaram a divulgar datas, horários e formatos das prévias. O calendário contempla desde ensaios tradicionais até grandes bailes c...
Mais um carnaval. Que chegue o dia 17 de fevereiro. O som dos clarins de Momo já ecoa pelas ladeiras históricas de Olinda e pelas ruas do Recife, anunciando que o pré-carnaval 2026 começou bem antes da data oficial da folia.
Prévias
As prévias dos blocos de carnaval acontecem nas cidades-irmãs em dezembro, janeiro e fevereiro. A festa acontece nas ruas e nos clubes.
A data
Em 2026, a terça-feira de Carnaval será celebrada no dia 17 de fevereiro, mas a apoteose da festa é apenas o ponto alto de um calendário que se constrói ao longo de meses, com eventos diurnos e noturnos, gratuitos e pagos, nas ruas, praças, clubes e sedes carnavalescas.
Planejar
Para quem gosta de planejar o roteiro com antecedência, diversas troças e blocos já começaram a divulgar datas, horários e formatos das prévias. O calendário contempla desde ensaios tradicionais até grandes bailes carnavalescos, fortalecendo o pré-carnaval como uma das marcas culturais mais fortes de Pernambuco.
Primeiras prévias
As primeiras prévias confirmadas acontecem em dezembro de 2025, dando início oficial ao ciclo carnavalesco. Os eventos misturam tradição, música ao vivo e cortejos que percorrem ruas históricas, especialmente em Olinda.
Destaques
Entre os destaques do mês estão ensaios semanais e festas comemorativas de blocos tradicionais, que já começam a aquecer os foliões para a temporada mais intensa de janeiro e fevereiro.
O auge
O mês de janeiro de 2026 marca o auge das prévias, com eventos praticamente todos os fins de semana. A programação reúne desde blocos tradicionais até grandes festas em clubes, atendendo diferentes perfis de foliões.
Olinda concentra boa parte das atrações, mas o Recife também aparece com bailes e eventos que ampliam o circuito carnavalesco.
Programação de dezembro de 2025
Terça-feira (16/12)
Ensaio do Boi Marinho
Horário: a partir das 19h (todas as terças até o Carnaval)
Local: Rua da Moeda, s/n, Bairro do Recife
Prévia da troça A Vaidosa
Domingo, 21 de dezembro
Horário: concentração às 15h
Local: Sede da Pitombeira – Rua 27 de Janeiro, 128, Carmo
Aniversário do bloco Minhocão de Olinda
Terça-feira, 30 de dezembro
Horário: concentração às 17h; cortejo às 19h
Local: Quatro Cantos de Olinda
Entrada: gratuita
Programação de janeiro de 2026
Quinta-feira, 1º de janeiro
Réveillon do Bloco da Sopa
Horário: a partir de 1h
Local: Clube Vassourinhas de Olinda
Sábado, 3 de janeiro
A Porca de Olinda
Horário, local e valores: ainda não divulgados
Domingo, 4 de janeiro
Prévia da troça Garoto de Vassoura
Horário: a partir das 17h
Local: Clube Atlântico de Olinda – Av. Sigismundo Gonçalves, 1002
Entrada: gratuita
Segunda-feira, 5 de janeiro
Aniversário da troça Ceroula de Olinda
Horário: a partir das 18h
Local: Rua Bernardo Vieira de Melo, 167, Carmo
Entrada: gratuita
Sábado, 10 de janeiro
Festa da troça Tô de Boa
Horário: a partir das 13h
Local: Clube Vassourinhas de Olinda
Prévia da troça Se Eu Flopar Me Beija
Horário: a partir das 14h
Local: Grêmio Recreativo Preto Velho – Rua Bispo Coutinho, 681
Baile da Macuca
Horário: a partir das 17h
Local: Avenida Alfredo Lisboa, Bairro do Recife
Prévia da troça Entra em Beco, Sai em Beco
Horário: a partir das 17h
Local: Praça de São Pedro, Carmo
Entrada: gratuita
Domingo, 11 de janeiro
Prévia da troça Menino da Tarde
Horário: a partir das 11h30
Local: Clube Vassourinhas de Olinda
Sábado, 17 de janeiro
Baile Vermelho e Verde da troça Trinca de Ás
Horário: a partir das 14h
Local: Mansão da Matuta – Rua do Bonfim, 82
Festa do bloco Hoje a Mangueira Entra
Horário: a partir das 18h
Local: Clube Atlântico de Olinda
Domingo, 18 de janeiro
Baile Azul e Branco John Travolta
Horário: a partir das 12h
Local: Clube Vassourinhas de Olinda
Entrada: 2kg de alimento não perecível
Sábado e domingo, 23 e 24 de janeiro
Prévia carnavalesca Casa Bloco
Horário: ainda não divulgado
Local: Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife
Entrada: gratuita
Sábado, 24 de janeiro
Bloco Esquerda Festiva
Horário: a partir das 14h
Local: Fazendinha – Rua das Graças, 219
Entrada: gratuita
Domingo, 25 de janeiro
Prévia da troça Don Juan do Monte
Horário: a partir das 11h
Local: Rua José Borges de Souza, 65, Alto do Monte
Sexta-feira, 30 de janeiro
Enquanto Isso na Sala da Justiça
Horário: a partir das 21h
Local: Centro de Convenções de Pernambuco
Fevereiro mantém ritmo
O mês de fevereiro de 2026 mantém o ritmo intenso das prévias, com eventos que funcionam como aquecimento final para os dias oficiais de Carnaval.
Blocos tradicionais, ensaios abertos e bailes encerram o calendário antes da explosão da folia nas ruas.
Domingo, 1º de fevereiro
Ensaio aberto do Eu Acho é Pouco
Horário e local: ainda não divulgados
Entrada: gratuita
Sexta-feira, 6 de fevereiro
Festa do boneco Menino do Beco
Horário: a partir das 19h
Local: Sede da Pitombeira – Carmo
Entrada: R$ 130
Sábado, 7 de fevereiro
Prévia do bloco Eu Me Vingo de Tu no Carnaval
Horário e local: ainda não divulgados
Entrada: gratuita
Baile do Eu Acho é Pouco
Horário e local: Clube Internacional do Recife
Entrada: gratuita
Domingo, 8 de fevereiro
Prévia da troça Tá Maluco
Horário: a partir das 10h
Local: Praça Coronel João Lapa, Varadouro
Entrada: gratuita
Prévia da troça Quem Cola Entra
Horário: a partir das 14h
Local: Sede do Cariri Olindense
Entrada: gratuita
Prévia da troça Ceroula de Olinda
Horário: concentração e saída às 16h
Local: Praça do Carmo
Entrada: gratuita
O Poder

Gabigol não retorna para BH com delegação do Cruzeiro após eliminação
15/12/2025
Pênalti
Acionado aos 44 minutos do segundo tempo, o jogador desperdiçou a cobrança de pênalti que poderia colocar o Cruzeiro na final da competição. Além do camisa 9, o volante Walace também errou a batida e selou a despedida da Raposa do torneio.
A delegação
A delegação do Cruzeiro retornou à capital mineira em voo fretado após o jogo contra o Corinthians e desembarcou no Aeroporto Internacional de Confins na madrugada de hoje, segunda-feira (15/12).
Gabigol permanece no Cruzeiro?
Em entrevista após a eliminação na Copa do Brasil, Pedro Junio, vice-presidente da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, foi direto sobre a permanência de Gabigol no clube.
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Gabigol, do Cruzeiro, não retornou a Belo Horizonte após a eliminação do clube na Copa do Brasil, ontem, domingo (14/12). Diferentemente do restante da delegação estrelada, o atacante permaneceu em São Paulo.
Pênalti
Acionado aos 44 minutos do segundo tempo, o jogador desperdiçou a cobrança de pênalti que poderia colocar o Cruzeiro na final da competição. Além do camisa 9, o volante Walace também errou a batida e selou a despedida da Raposa do torneio.
A delegação
A delegação do Cruzeiro retornou à capital mineira em voo fretado após o jogo contra o Corinthians e desembarcou no Aeroporto Internacional de Confins na madrugada de hoje, segunda-feira (15/12).
Gabigol permanece no Cruzeiro?
Em entrevista após a eliminação na Copa do Brasil, Pedro Junio, vice-presidente da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, foi direto sobre a permanência de Gabigol no clube.
“Gabigol tem contrato com o clube, mais 3 anos. É um jogador do Cruzeiro, um ativo do clube, e ele segue no elenco normalmente”, afirmou Pedro Junio.

