O presidente Lula reclamou da burocracia estatal que, segundo ele, atrapalha a implantação de programas de governo. Lula também voltou a dize hoje que ao final de seu mandato não haverá mais pessoas passando fome no Brasil. Essa foi uma de suas promessas de campanha na eleição de 2022. Além disso, o petista reclamou da burocracia da máquina pública.

Cozinha Solidária

Lula deu as declarações na reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), no Palácio do Planalto. Na cerimônia, ele assinou decretos para regulamentar o programa Cozinhas Solidárias e para mudar a lista de produtos da cesta básica - segundo o governo, para incluir produtos mais saudáveis.

Burocracia atrapalha

“Nosso programa só não dará certo se a gente virar burocrata, se a gente virar preguiçoso e a gente não trabalhar”, disse o presidente da República. “Burocracia atrapalha e enche o saco, tem muita gente para colocar obstáculo do que gente para facilitar”, declarou ele. Lula disse que a Presidência da República impedirá que procedimentos burocráticos atrapalhem o combate à fome.

No entanto, a obesidade é também um problema

Já um estudo lançado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC), do Ministério da Saúde, indica um quadro preocupante nas capitais brasileiras e Distrito Federal de aumento de moradores adultos com sobrepeso (acima do peso) e obesidade (muito acima do peso) e diminuição de pessoas com peso normal e saudável.

Pessoas com sobrepeso passam as normais

O artigo Análise temporal da prevalência da obesidade e do sobrepeso no Brasil entre 2006 e 2023: evidências a partir dos dados do Vigitel, dos pesquisadores do INC Arn Migowski e Gustavo Tavares Lameiro da Costa, mostra que, no ano passado, pela primeira vez na série histórica, o percentual de pessoas com sobrepeso (38,45%) nessas cidades ultrapassou o daqueles com peso normal (36,93%), enquanto os obesos chegaram a 24,62%. O Dia Mundial da Obesidade foi lembrado ontem, segunda-feira (04/02).

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O Brasil já exerce a liderança nas exportações globais de pelo menos sete alimentos, segundo relatório distribuído hoje a clientes do banco BTG Pactual. Ele chama o país de “celeiro do planeta”. Com pouco mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil hoje produz alimentos suficientes para as necessidades calóricas de aproximadamente 900 milhões de pessoas, o que equivale a 11% da população global.

Maior exportador de vários produtos

De acordo com o levantamento do banco, o Brasil se tornou maior exportador mundial de soja (56% das exportações totais), milho (31%), café (27%), açúcar (44%), suco de laranja (76%), carne bovina (24%) e carne de frango (33%). Além disso, é vice-líder nas vendas de outras duas commodities: etanol e algodão.

Milagre da agricultura tropical

O relatório cita uma série de números para mostrar o “milagre da agricultura tropical” brasileira. A produção de grãos, por exemplo, subiu de 47 milhões de toneladas em 1977 para as 312 milhões de toneladas atuais. A produtividade agrícola aumentou 58% desde o ano 2000 — no mesmo período o crescimento foi de 37% nos países emergentes e de 32% nas economias avançadas.

Com financiamento privado

O BTG Pactual nota que o financiamento ao agro tem migrado, ao longo do tempo, de um perfil baseado em subsídios oficiais para uma linha de mercado. Para a safra 2023/24, 67% dos recursos para financiamento são privados e apenas 33% têm origem no governo. Conforme o levantamento do banco, apenas 8% do território brasileiro é ocupado por cultivos – a proporção é de 14% na Argentina, 18% nos Estados Unidos e na China, 58% na França, 61% na Índia.

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Hylda Cavalcanti

O Brasil deu início, esta semana, à ampliação da busca por turistas europeus, a partir de Portugal. O Governo Federal está participando de feira em realização na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) com 15 estandes. Um deles, da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e outros 14, de Estados de todas as regiões, além de 32 co-expositores. É uma das maiores participações dos últimos anos. O evento, organizado para público e agentes do setor, tem como meta, fazer com que o país passe a receber cerca de 8 milhões de visitantes/ano até 2027.

Mercados globais

Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o objetivo da empreitada na feira da BTL de Lisboa é conectar o Brasil aos principais mercados turísticos globais, motivo pelo qual Portugal tem papel estratégico, por sua forte ligação com o país. "Estamos falando de um potencial enorme de negócios, um movimento que passa, inclusive, pela ampliação da malha aérea para o Brasil", destacou o ministro.




COP 30

De acordo com Sabino, o Governo está empenhado em mudar sua imagem perante o mundo e quer aproveitar a atenção de vários países para eventos que sediará, caso da Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas (COP 30), a ser realizada no Pará em 2025. O que ajudará a divulgar as praias, florestas e toda a biodiversidade brasileira.

Aumento no PIB

"Não tenho dúvida de que vamos alcançar esse objetivo. A partir do momento em que o mundo vir a infraestrutura que o Brasil já tem, com grandes aeroportos, grandes hotéis, belas pousadas e praias maravilhosas, o resultado virá", destacou ele. O ministro disse ainda que um dos propósitos da participação ampla na feira é ampliar a participação do Turismo no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, hoje de 8%.

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O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, reeleito para o cargo no final do ano passado, chega ao Brasil amanhã (06/03) para reunião com o presidente Lula em Brasília. Sanchez, que já conversou várias vezes com Lula durante eventos internacionais, fará sua primeira visita ao país desde que Lula tomou posse. Tem na pauta, além de possíveis acordos comerciais entre os dois países, negociações mais amplas entre blocos econômicos da América Latina e Europa, bem como conversas sobre os conflitos observados na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

Mercosul e UE

No tocante aos acordos comerciais, os dois chefes de governo tratarão das negociações entre o Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul) e a União Europeia, que se encontram em estágio delicado. O acordo é negociado desde 1999. Em 2019, segundo informações do Itamaraty, foi concluída a primeira etapa mas, desde então, os blocos passaram à fase de revisão dos termos, quando surgiram várias divergências — ainda sem solução.

Protestos

O governo de Sánchez, que é socialista, se posiciona de forma favorável ao acordo, mas enfrenta protestos por parte dos produtores rurais espanhóis que são contrários. Nota divulgada esta manhã pelo Ministério de Relações Exteriores informou que durante a visita, "os dois mandatários passarão em revista o estado do relacionamento bilateral e trocarão avaliações sobre temas relevantes da conjuntura regional e global".

Oriente médio

A nota cita, dentre os temas principais a serem tratados, "a crise no Oriente Médio, em particular a grave situação humanitária em Gaza, as perspectivas de avanço de uma solução de dois Estados e o conflito na Ucrânia". Faz parte da pauta do espanhol, ainda, uma visita ao Congresso Nacional no final do dia, quando ele será recebido pelo presidente, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e um grupo de parlamentares.

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As coberturas jornalísticas das guerras costumam inundar os veículos de comunicação e a internet com imagens dos conflitos. São fotografias e vídeos, com os quais tanto os integrantes da imprensa tradicional como os influenciadores nas redes sociais buscam retratar os principais acontecimentos do dia a dia das batalhas.

Imagens memoráveis

Algumas poucas imagens, contudo, tornam-se memoráveis. Não digo isso em razão de suas qualidades estéticas ou da meticulosidade com que exprimem seu conteúdo. Essas raras imagens tornam-se memoráveis por transcender o fato retratado, em si. Elas nos tiram da letargia provocada, muitas vezes, pela superexposição a notícias e imagens sobre bombardeios e destruição. Tiram-nos da condição anestesiante de meros observadores, forçando-nos a enxergar o episódio retratado com a devida empatia, como se dele fizéssemos parte.




Guerra do Vietnam

Este foi o caso da imagem capturada, em junho de 1972, pelo fotógrafo Nick Ut, da Associated Press, durante a guerra do Vietnam. A imagem, que ocupou a primeira página da maioria dos jornais em todo o mundo, mostrava uma garotinha de nove anos correndo sem roupas, em pânico, com graves queimaduras, após um ataque com bombas de napalm à vila que morava. Na foto, a menina corre, de braços abertos, com visível agonia, como se estivesse implorando por ajuda. E não apenas a ajuda dos que ali estavam, incluindo o fotógrafo. Mas a ajuda de todos nós. A escritora Susan Sontag afirmou, em seu livro Sobre Fotografia, que aquela imagem contribuiu muito mais para aumentar a repulsa das pessoas às atrocidades cometidas naquela guerra do que todas as centenas de horas de cobertura televisiva sobre o conflito.

O Norte de Gaza

Este também é, na minha opinião, o caso das imagens viralizadas nas redes sociais da tragédia que abateu o transporte de ajuda humanitária aos palestinos no norte de Gaza na semana passada. Todo o episódio foi registrado por câmeras de drones das forças armadas israelenses, possivelmente acionadas para documentar a entrega de alimentos transportados por um comboio de caminhões. Porém, o que se vê nas imagens é simplesmente aterrorizante. As imagens desvendam como a guerra, impondo a violência e a fome aos habitantes da faixa de Gaza, retirou-lhes não apenas a dignidade, mas também qualquer vestígio daquelas características que nos tornam seres humanos. O que se vê são pessoas famintas, desesperadas, comportando-se irracionalmente, em busca de comida. Lutando pela sobrevivência.


Imagem do caos

Na visão aérea proporcionada pelo vídeo, vê-se o comboio de 38 caminhões adentrando o norte de Gaza. Vê-se, em seguida, cada caminhão sendo rapidamente cercado por uma horda de palestinos. A cada segundo que passa, aumenta o número de pessoas que se aproxima dos caminhões. Centenas delas, no início, logo se tornam milhares. São pessoas famintas, que enxergam naqueles veículos a saída para a fome, a oportunidade para conseguir pão ou um saco de farinha para alimentar a família. O grande número de pessoas que cerca os caminhões acaba impedindo o avanço do comboio. O caos se instala. Sentindo-se ameaçados, os israelenses no comboio abrem fogo na multidão. O caos aumenta. Caminhões partem em retirada, e, ao fazê-lo, atropelam a multidão. Mais caos.

Versões do ocorrido

Segundo o Hamas, o episódio deixou um saldo de 112 mortos, entre baleados e atropelados, além de 700 palestinos feridos. De acordo com testemunhas, tudo aconteceu após centenas de palestinos, motivados pela fome, escalarem os caminhões para conseguir alimentos. Para o Hamas, no primeiro momento, os tiros israelenses mataram 20 pessoas da multidão. Com o pandemônio que se seguiu, os motoristas dos caminhões fogem do local, matando por atropelamento dezenas de outras pessoas.
De acordo com o porta-voz das forças armas israelenses, os caminhões foram cercados por milhares de pessoas que começaram a saquear a carga humanitária. Segundo o porta-voz, as forças armadas se fizeram presentes no corredor humanitário em Gaza, inclusive com tanques de guerra, para garantir a segurança ao comboio. Alguns tiros de alerta foram dados na tentativa de dispersar a multidão. Quando a multidão ficou incontrolável, o comandante do comboio resolveu desistir da empreitada e bater em retirada. Afirmou o porta-voz que as forças armadas israelenses não atiraram na multidão que cercava os caminhões.
Não se sabe ainda qual versão está correta. Vários países estão exigindo a realização de uma investigação independente sobre o ocorrido. Entretanto, nenhuma investigação conseguirá desfazer a magnitude dessa tragédia.

Permanência das imagens

Da mesma forma, não há como apagar de nossas memórias as imagens daquelas cenas de aflição e angústia viralizadas na internet. Essas imagens são tão contundentes que chegam a ser surreais. Não é mera coincidência que lembram cenas de filmes de Hollywood sobre distopias ou de episódios do seriado Black Mirror. A perspectiva aérea das imagens, exibindo a integralidade e a escala dos eventos, amplificam o terror da audiência. Daquele ângulo, assistimos em choque a um verdadeiro enxame de seres humanos, como só acontece em filmes de zumbis. As imagens são verdadeiramente apocalípticas.
Elas revelam o desespero das pessoas afligidas pela fome causada pela guerra. Revelam como a fome tem o poder de nos tornar irracionais, de minar nossa humanidade. Revelam como a fome pode gerar o caos e criar situações incontroláveis.
Tão perturbadoras quanto inesquecíveis, essas imagens permanecerão como uma advertência do horror incomensurável da guerra e como um lembrete de que são sempre os civis indefesos suas maiores vítimas.

*Ricardo Rodrigues é jornalista e cientista político. Ele escreve sobre assuntos internacionais.

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Em fevereiro de 2024, uma britânica ficou conhecida na Internet por ter realizado uma festança no valor de R$ 1,3 milhão para comemorar o seu divórcio. A festa custou cerca de 250 mil euros e foi com o dinheiro da primeira pensão alimentícia recebida por ela.
Segundo especialistas, esse tipo de comemoração tem ganhado força devido aos novos olhares acerca do divórcio, que tem sido visto contrário à ideia de fracasso, uma vez que é enxergada a perspectiva da qualidade do relacionamento.

E no Brasil

No Brasil, um casal do Ceará ganhou notoriedade ao publicar um vídeo comemorando o divórcio em Fortaleza. Por parte da mulher, a comemoração foi complementada em um bar, com direito a convite e bolo personalizado. Para profissionais da área da psicologia, a celebração é um reflexo de enxergar a separação como algo que leva em consideração o bem-estar e a saúde, afastando a ideia de fracasso.

Novo caminho

Desse modo, já está aberto um novo caminho de que não é preciso ficar numa relação ruim, abusiva, eternamente. Essa liberdade, esse individualismo cultural traz isso para todos os tipos de relações, de que não não há uma obrigatoriedade para ficar para sempre ligado a uma determinada pessoa.

Número de divórcios aumentou

O Brasil registrou 386,8 mil divórcios em 2021, número 16,8% maior em relação ao ano anterior. É o que revela um levantamento recentemente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Naquele ano, foram 932.502 matrimônios e 386.813 separações, ou seja, 1 divórcio para cada 3 casamentos. A taxa de nupcialidade – número de uniões a cada mil habitantes em idade de casar, 15 anos ou mais – saiu de 12,2, em 1980, para 5,5 no ano mais recente do levantamento.
Já a taxa geral de divórcios – número de descasamentos a cada mil habitantes com 20 anos ou mais – foi de 2,49 em 2021, enquanto, nos anos 80, estava abaixo de 0,5. Em média, o matrimônio durou 13,6 anos nos casos de divórcio.
Ainda conforme a entidade, a proporção de separações é maior entre os casais com filhos menores de idade – 48,5% dos divórcios. O crescimento equivale a 5,5 pontos percentuais em relação a 2010.

Guarda compartilhada

O IBGE também registrou um aumento significativo do percentual de guarda compartilhada em divórcios judiciais entre casais com filhos menores de idade. Enquanto em 2014, a guarda compartilhada era opção de apenas 7,5% dos casais divorciados, em 2021 o número subiu para 34,5%.

*Rodrigo Carvalho de Santana Pinho é advogado.
rodrigo@rradvocaciaeconsultoria.srv.br

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) se posicionou, em nota publicada em seu site, de forma firme contra a obrigatoriedade da vacinação de crianças contra a Covid-19. A notícia relata a participação do conselheiro Estevam Rivello na sessão ocorrida dia 26 no Senado Federal. “Ele destacou que o CFM é favorável ao fornecimento de vacinas à população brasileira, mas contrário à sua obrigatoriedade”, explica a notícia em seu último parágrafo.

Papel ativo

Segundo o conselheiro Rivello, o CFM tem desempenhado um papel ativo em todas as fases do Plano Nacional de Imunização (PNI) ao longo dos últimos 50 anos, apoiando médicos e diretores técnicos das unidades de saúde. Ele mencionou várias providências tomadas pelo CFM desde o início da pandemia, incluindo a ampliação das fiscalizações em unidades de saúde.

Na contramão do mundo

Segundo levantamento feito pelo jornal Gazeta do Povo, o Brasil é o único país do mundo obrigando vacinas Covid-19 em crianças. O site do MPV – Médicos Pela Vida, já havia feito um levantamento comparativo das recomendações entre Brasil, Reino Unido, Suécia, Suíça, Alemanha e Dinamarca. Nestes países europeus, com sólidos sistemas de saúde, as vacinas COVID-19 sequer são recomendadas para crianças saudáveis. Isso ocorre devido ao risco da intervenção superar os possíveis benefícios. Até mesmo a OMS não recomenda para crianças saudáveis.

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