Mulher mais escolarizada ganha menos

Mais escolarizadas, as mulheres ganham, em média, 21% menos que os homens, e a maior desigualdade está nas profissões intelectuais e científicas. Nessa categoria, as mulheres ganham em média 36,7% menos que os homens. Os dados são referentes a 2022 e fazem parte do estudo Estatísticas de Gênero, divulgado hoje — Dia da Mulher — pelo IBGE.

Presença menor na área técnica

Segundo o estudo, 21,3% das mulheres com 25 anos ou mais têm ensino superior. Entre os homens, o índice é de 16,8%. A formação em áreas de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (CTEM), porém, é bem inferior à dos homens: nesse grupo, 22% dos formandos são mulheres. Esse percentual, há 10 anos, era ligeiramente maior - 23,2%. Já na área de bem-estar social, como Serviço Social e Enfermagem, a participação feminina sobe para 92%.

Petrobras tem lucro menor

As ações da Petrobras apresentaram uma queda de mais de 10% na manhã desta sexta-feira, 8, após a empresa divulgar uma redução no lucro de 2023 e decidir não distribuir dividendos extraordinários, o que desapontou os investidores. No último balanço, a estatal informou que obteve um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões em 2023, representando uma queda de 33,8% em relação ao ano anterior. Em 2022, a Petrobras registrou o maior lucro já visto por uma empresa brasileira, enquanto em 2021 também havia alcançado um recorde histórico de lucratividade.

Redução dos dividendos

O conselho de administração da empresa recomendou a distribuição de dividendos no valor de R$ 14,2 bilhões, sem incluir dividendos extraordinários, para serem avaliados em assembleia geral em abril de 2024. A decisão de não pagar dividendos extraordinários foi tomada em meio a declarações recentes do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a necessidade de cautela na distribuição de remuneração aos acionistas, considerando o contexto da transição energética.

Entregador do Ifood pode pagar previdência como MEI

O iFood vai propor ao governo que a contribuição previdenciária dos entregadores de aplicativos seja limitada em 5% do salário mínimo, nos moldes do Microempreendedor Individual (MEI). Na proposta discutida no ano passado, em que não se chegou a um acordo, o governo queria fixar a contribuição em 7,5% da remuneração do trabalhador.

Diferente para a Uber

Esse porcentual prevaleceu na regulamentação dos motoristas de aplicativos, apresentada pelo presidente Lula na segunda-feira (04/03). Pelo projeto proposto pelo governo, motoristas vão recolher para a Previdência 7,5%, e as empresas, 20%. A alíquota incide apenas sobre uma parcela do que é recebido pelo trabalhador, chamada de “salário de contribuição”, e que representa 25% do rendimento.

Boa notícia no mundo ciber

O número de pedidos de registro da propriedade industrial de programas de computador cresceu 19,8% nos últimos 12 meses. De março de 2023 a fevereiro de 2024 foram 4.395 solicitações. Esses registros funcionam como se fossem uma espécie de patentes, o que reforça o direito dos criadores dos programas.

Expansão de pedidos

Os dados fazem parte do boletim mensal do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), divulgado hoje, no Rio. No acumulado dos dois primeiros meses de 2024, a expansão de pedidos calculada pelo órgão - ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços - é ainda maior: 35,1% na comparação com o primeiro bimestre de 2023. Foram 628 depósitos.

Autor

*Antonio Magalhães é diretor de redação de O Poder

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O genial poeta e cronista sextou com a gente sobre um amigo de nome esquisito.

Meu amigo de nome esquisito Lançamento de meu primeiro Livro, na Passadisco. Consciente de que minha memória fisionômica não vale 1 centavo de Real, combinei com Fábio, dono da Loja, um recurso para neutralizar minha prosopagnosia (Valei-me, São Google). Para evitar o vexame provável de não lembrar o nome do adquirente, a cada livro vendido combinamos que ele anotaria o nome do comprador num papelzinho e esse lembrete seria colocado na página inicial do livro em que eu assinaria a dedicatória.

‘Mui amigo”

Um comprador recusou-se a informar seu nome alegando ser meu amigo pessoal há anos e, por isso, desnecessária a providência. Indiferente aos apelos de Fábio dirigiu-se à fila de autógrafos, livrinho na mão e deu-se o que você, meu caro leitor, deve estar imaginando. Branco total. O nome do meu amigo fugiu à lembrança e o papelzinho que deveria estar ali como auxilio não estava no lugar combinado. Tentei discretamente, utilizando todas as artimanhas, descobrir o nome do meu amigo.

Estratégia nada eficiente

- Como devo dedicar? Perguntei-lhe, na esperança de que se revelasse o segredo do seu nome. - Do jeito que você dedicar eu ficarei feliz – respondeu-me. Outras tentativas fiz, em vão. Terminei por dedicar o livro de uma forma genérica e pouco elegante (Ao meu querido amigo, o abraço do Xico). Tão logo assinei a prosaica dedicatória, lembrei o nome do amigo. Não pegaria bem rasurar o autógrafo já concedido. Abracei-o, agradeci a presença e, com um sorriso amarelo, como forma de retratação, pronunciei seu nome lenta e vagarosamente: Hild - Gard.

No lançamento seguinte

Hildgard estava lá e, desta vez, incrivelmente, lembrei seu nome. Agradeci aos deuses a não-presença de sua irmã, Edghilda, filha de dona Hilda e ‘seu’ Edgard. Ainda bem: eu não lembraria seu nome.

PS.:

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O nosso historiador preferido sextou com a gente escrevendo sobre bares da vida.

Esse artigo foi extraído do meu livro 'O Recife, Pontos de Encontro'. Informações colhidas na matéria do Diário de Pernambuco de 7 de Dezembro de 1994, subscrita por João Hélio Mendonça. E sem..ais conversa fiada, vamos lá.

Dizem

A palavra Bar vem do inglês e é uma espécie de lugar obrigatório de encontro, ponto de parada, assim como pub, que também é palavra britânica e é resultado da abreviação de “public”__ público. Significa, de todos, onde todos se reúnem. Da balaustrada ou da barra que existe entre o balcão e os clientes, vem o nome bar, barra. Muitos eventos e fatos importantes de uma cidade acontecem nos bares ou 'pubs' que são pontos obrigatórios de inúmeras pessoas.

Os bares

Existem isoladamente ou agregados, às vezes fazendo parte de um hotel, de uma instituição, de um teatro, etc... No Recife, foram-se embora seus bares mais tradicionais, fazia gosto ir a eles, dizem os mais antigos, confundiam-se e se identificavam com os lugares e a seu tempo. Por isso marcaram época nesta cidade, influenciando na sua vida e na sua história. Entre eles o 'The British Shipchandler' que era situado no velho bairro do porto. Fundado em 1865 - inicialmente para suprimento de navios” ( shipchandler em inglês).

O Bar

É o lar do Boêmio. Por uma questão de coerência, escolhemos para abrir essas citações, provando , de certa forma que 'Raposa também cria galinha'.

O Bar do Valdemar Marinheiro

Saindo do domínio Inglês na década de 50, o Shipchandler fechou, como vimos, e foi adquirido por Valdemar, ao deixar a Marinha. O estilo foi modificado – “ abrasileirado” passou a se chamar “Bar Internacional” e para um ambiente mais simples descrito como “ alma do Valdemar”, mas a síntese original permaneceu: a de ser o lugar de Ponto de Encontro (grifo nosso) e reunir os velhos amigos regado ao uísque legítimo e mais barato, eleita a bebida oficial do lugar.

Ainda hoje

Ou seja, em 2.000, quando esse texto foi escrito, o Bar do Valdemar conserva as mesmas cadeiras de 100 anos e o mesmo espírito Inglês de reunir os amigos para uma boa conversa, sempre a mesma que povoou a vida de Valdemar Marinheiro. Segundo ele, não dá para viver sem o Bar. “Se eu vendo, um mês depois eu morro”.

Saudade de quê?

Acostumado à companhia dos fregueses e relembrando o passado, ele diz “só sentir saudade de tesão que já foi embora”. Frequentadores assíduos: cautelosos ao citar nomes de clientes, Valdemar Tavares deixa escapar que políticos famosos como Miguel Arraes, Jarbas Vasconcelos, o ex-deputado e ex-senador, José Áureo Bradley e Augusto Novaes, respectivamente, de vez em quando aparecem no local. Alguns frequentadores mais assíduos já merecem, inclusive, uma homenagem especial, tendo seu retrato pintado e afixado em uma das paredes do Valdemar Drink’s. Segundo o proprietário do estabelecimento a ideia de organizar a galeria dos grandes frequentadores foi sugerida por amigos e prestigiou os pernambucanos, Aprígio de Miranda Castro, José de Paula Lopes, Zezito Cardoso, Júlio Araújo e João Hélio Mendonça.

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O poeta sextou com a gente no Dia Internacional da Mulher

Viva a mulher – Origem de tudo! Para além da alegria que sempre nos mobiliza pela passagem do dia à mulher internacionalmente consagrado, o deste ano me faz declarar publicamente meu amor e afeição por este ser, sem o qual nós não teríamos vida, ou melhor dizendo, sem o qual nós não seríamos nada, absolutamente NADA!!!

Companheira

A cada uma das que estiveram comigo — na condição de mulher ou companheira de lutas da longa trajetória em que já se vai transformando a minha vida —, eu só tenho a dizer duas palavras essenciais: gratidão e amor!!!

Gratidão

pela paciência, companheirismo, amizade com que responderam ou corresponderam a todos os momentos que vivemos juntos — por mais perigosos que eles fossem, em todos os sentidos!

Amor

sem o qual certamente nada teriamos construído e eu não poderia experimentar essa alegria maravilhosa que me permite a condição de vô — de três crianças lindas, cuja pureza de alma e alegria espontânea de viver me dão a certeza de que a humanidade ainda tem futuro!

O poema abaixo

construído alguns anos atrás — tenta dizer tudo isso, na linguagem mais cativante, que só a poesia nos permite:

MULHER/MISTÉRIO

Numa hora de recomeços/ nada melhor que recomeçar/ lembrando de ti mulher/ mistério onde tudo começou. E nos acompanha/ do nascimento à morte/ ora como bússola/ ora nos deixando sem norte. Não se trata de datas/ festivas a comemorar./ Trata-se de decifrar/ o enigma que nos deu vida. E nele nos fez viver/ sem perceber o que nos dava/ ou sem saber que nunca/ o poderíamos decifrar. VIVA 8 DE MARÇO DE 2024! DIA INTERNACIONAL DA MULHER!!!

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Sextou com a gente sobre uma gincana sui generis.

Sabemos que gincana é uma competição que põe à prova a rapidez e a competência com que equipes passam por uma série de obstáculos durante um percurso estabelecido entre os participantes que também devem responder perguntas, cumprir tarefas e enfrentar várias provas, testando sua destreza e sua perícia. Existem diversos tipos de gincanas: recreativas, escolares, entre estudantes de educandários, para arrecadar fundos pra algum projeto, culturais, etc. Essas atividades são organizadas com o objetivo de promover a integração, o espírito de equipe e a diversão.

Brincadeiras

São muitas, utilizadas numa gincana: corrida de obstáculos, passar a bola, corrida de sacos, descubra o objeto, dança das cadeiras, e outras tantas, inseridas no jogo. É sempre mui interessante.

Lembranças

Quando menina, presenciei uma Gincana, aqui em Caruaru, que nunca me saiu da memória. Na verdade, uma competição esportiva tendo como instrumento competidor o veículo de duas rodas denominado: "lambreta" que era o que havia de mais moderno nessa categoria de transporte dos anos sessenta. A tal apresentação constou de duplas de jovens casais que deveriam fazer um percurso anteriormente estabelecido pelas avenidas da cidade e passar por provas onde o par que solucionasse as questões em menor espaço de tempo ia somando pontos e no final o vencedor seria quem tivesse alcançado maior pontuação, o que seria acompanhando pelos fiscais da maratona. Com um detalhe, os competidores estariam montados em lambretas que era o fino da bossa.

Esporte Caro

Apenas os afortunados possuíam lambretas no município agrestino. A multidão tomava as ruas para apreciar tal evento, tanto para torcer como por mera curiosidade, pois foi um belo e diferente espetáculo e todos estavam eufóricos com o desempenho daqueles que ali tentavam fazer o melhor.

Beleza

Foi muito bonito o show idealizado e organizado pelo Colégio Diocesano de Garanhuns, mas realizado em Caruaru com nove pares inscritos e cada um com sua lambreta incrementada, com aqueles roncos característicos do veículo, chamando a atenção do público em geral. Parece que estou vendo.

Turma Participante

Naquela ocasião as inscrições foram as seguintes: 1) Francisco Mecânico 2) Rodolfo Monteiro Filho 3) Fernando da Farmácia, de Garanhuns 4) Caetano Gomes 5) Nilton Santos Lima 6) Pissica, fotógrafo 7) Sebastião Santos, vulgo Tanga 8) Amarinho Sette e 9) Humberto da Receita Federal. O primeiro lugar, com nota máxima, ficou com Rodolfo Monteiro Filho, cujo par foi sua irmã, Maria do Socorro Monteiro, empatando com Fernando de Garanhuns. Ambos receberam prêmios.

Data do Acontecimento

Essa gincana maravilhosa se deu em quinze de agosto de 1960 e de lá pra cá nunca mais se ouviu falar em tão magnífico campeonato do gênero na Capital do Agreste, marcando assim, uma salutar ocorrência na História do município caruaruense, documentada com fotos e registrada nos acervos particulares.

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A médica e escritora sextou com a gente sobre o que existe por trás da escrita.

Os livros nunca manuseados retêm o cheiro do novo e o estalar da passagem das páginas, mas não guardam histórias além das que trazem de quem os pariu. A referência de memórias dos usados, como uma estrada rodada, vão à frente disso. Vejamos os grifos, eles nos colocam a reler dobrado o assinalado, e impõem reflexões. É uma “pegadinha” que caímos. Por vezes concordamos, noutras não do porque daquelas supervalorizações. E os escritos, nem sempre tão explícitos, que nos impedem de entender a letra? Com certeza intrigam por simples curiosidade de querer conhecer o conteúdo.

Numa ocasião

Ouvi uma colega referir o quanto a incomodava comprar uma publicação com dedicatória para outra pessoa. De imediato vou para um monólogo interior: imagina, adoro. Dias depois vim a entender a sua fala No conforto do sofá abro um livro que adquiri de um sebo. Estava lá o oferecimento de quase uma década, um pai para uma filha. O peito arde, o olhar congela, a respiração suspende, o corpo encurva. Nunca experimentara tal inquietação diante de uma situação semelhante.

Havia uma carga

De emoção no texto que levaram meus sentimentos em redemoinho. Não consegui aceitei aquele exemplar em mãos. A dedicatória dizia da ostra: se ela não fosse ferida, não faria pérola. Até aí tudo bem, sabia disso desde criança, e até já lera em Rubem Alves. Mas aquele pai comparava a filha à joia e falava com palavras carregadas de impressões das dores do mundo; alinhavos de acarinhamento chuleados com sabedoria. O que teria acontecido para a filha se desfazer de tamanha preciosidade? A morte do pai com certeza não teria acontecido, se tivesse, longe de ser motivo para o desapego daquele exemplar, pelo contrário.

Então...

Raiva, muita raiva! Na minha cabeça um filme se revela no título: Preparando o rebento para o que viria Vejo as cenas: -Pai, por favor. -É preciso filha, nunca se esqueça que você é uma pérola, cuide de seu brilho. -Faz isso comigo, não! O pai sai e joga a chave da casa por debaixo da porta para não ter motivos de pensar numa volta. A filha, o livro pela janela.

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A poeta sextou com a gente sobre Rotina.

Doce alimento da vida/ Respiro/ Ligo/ Acordo/ Corpo alquebrado/ Lento/ Prefere dormir/ O sol ilumina o quarto/ As horas escorrem/ A pressa acabou/ Ilusão/ Lentificação da existência/ A casa pede presenças/ Ontem vi aranhas/ Olhavam através das janelas/ a chuva pesada/ Hoje o sol brinca no varal/ Toalhas, blusas, vestidos e lençóis/ Espreitam o quintal pela trama do cesto/ Liberdade de asas partidas/ Alegria mascarada e colorida/ Inspiro/ Tédio/ Cansaço/ Descrença/ Expiro/ Fotos de um tempo diferente/ tomam forma/ Enfeitam paredes/ Arco- íris colore terraços/ O colibri paira/ Sobre a cabeça/ Pensando/ Pesando/ Doendo/ Doida/ A escuridão afunda o mundo/ Desligo

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O poeta togado sextou com a gente sobre coqueiros dançarinos

Meu verso não aumenta/ O que vê na bonita tela,/ Mas em rimas apresenta/ O que a pintura revela./ Céus! O verde ente coqueiro/ Brinca feliz o Carnaval,/ No ano e mês de fevereiro,/ Em Atapuz, de Goiana natal!/ Vejam. Um para um lado oscila./ Um para o alto se distende / E canta, para outros em fila:/ “Evoé! Só a raiz me prende!”/ E chama para frevar / O areal, o vento, o mar!/

NR

Poema sobre post de Beethoven Cunha.

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