Edição Especial : 80 anos de Jadiel Braga

BRASIL

Quinta-feria, 25 de Abril de 2024
Edição Especial : 80 anos de Jadiel Braga

Uma data para não esquecer

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Jadiel Cordeiro Braga. Menino humilde. Aluno aplicado. Profissional de sucesso. Empresário e político vitorioso. Antes e acima de tudo, uma pessoa simples, afável, um homem do coração de ouro. Cada idade só se completa uma vez. Mas esta é especial. A vida começa aos 80.

NOSSO TIME
Diretor Geral: José Nivaldo Junior. Dir. de Redação: Antônio Magalhães. Editora Nacional: Hylda Cavalcanti. Editor Regional NE: Severino Lopes .
UM EMPREENDIMENTO GLOBALZ CONSULTORIA


Um homem chamado solidariedade

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Orgulho é a palavra que designa todos os que conhecem Jadiel de perto e com ele tiveram o privilégio de conviver. Familiares. Professores. Colegas de bancos escolares e trabalhos. Funcionários. Auxiliares. A força da verdade brota do coração, principalmente das pessoas mais humildes: "Meu filho trabalhou com Jadiel. É o orgulho da minha vida", diz uma mãe transbordando emoção. Fala por centenas, milhares de vozes que diriam a mesma coisa.

Trajetória de um líder

O jornalista Severino Lopes* revela o legado de Jadiel Braga, suas conquistas e realizações

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Uma vida longeva e de trabalho. Marcada por conquistas, batalhas, desafios e realizações. Assim pode ser definida a trajetória do empresário e ex-prefeito de São Caetano, no Agreste de Pernambuco, Jadiel Braga. Persistência, luta, fé, compromisso e responsabilidade são algumas das características desse homem simples, que construiu toda uma história de vida em cima de muito trabalho e sonhos. Funcionário público, caminhoneiro, taxista, bancário, pequeno pecuarista, oleiro e político, são algumas das atividades por ele realizadas em sua trajetória de vida.

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As diversas profissões e cargos

Os diversos cargos e profissões exercidas por seu Jadiel Braga impressionam. Vitalidade, energia vibrante e uma alegria contagiante são marcas do empresário, formado em Administração que garante que se tivesse de voltar atrás, faria tudo de novo. Nascido em Olho D’água dos Pombos, distrito de Lajedo (PE), ele adotou São Caetano como cidade e ajudou a construir importantes histórias no município pernambucano. Os traços de Jadiel Braga são visíveis em cada canto de São Caetano. Ele não esconde o seu amor e gratidão pela cidade que o acolheu como filho.

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No casarão antigo

O Poder conversou com Jadiel Braga em sua casa na cidade de São Caetano. O imóvel, um casarão antigo de quase dois séculos, mais parece um museu que retrata memórias de um povo. O local, bastante agradável e aconchegante, é inspirador. Lá, em meio as paredes antigas, seu Jadiel planejou e realizou alguns dos seus empreendimentos e os projetos em favor do município. Na entrevista, ele falou sobre o início de sua vida profissional, os desafios, sonhos e conquistas na vida pública. Ele governou o município entre os anos de 2005 e 2012 e 2016.

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Os traços de uma gestão em São Caetano

Com brilho nos olhos, destacou a alegria que teve de conduzir por 12 anos os destinos de São Caetano. Os traços da gestão de seu Jadiel estão em toda a parte da cidade. A preocupação com os pobres foi uma das marcas do ex-gestor, assim como, o compromisso de pagar o funcionalismo em dia e ter todas as suas contas aprovadas. A sua liderança é inconquistável. A popularidade indiscutível. Sem dúvida, uma pessoa querida na cidade e de grande influência na política local.

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Retorno para ficar

O jornalista Severino Lopes narra a volta definitiva de Jadiel para São Caetano

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"Ninguém se perde no caminho da volta, porque voltar é uma forma de renascer." A frase do escritor paraibano José Américo de Almeida, se aplica bem ao empresário e líder político Jadiel Braga. Como caminhoneiro e taxista, ele conhecia bem as estradas e os caminhos que o levavam de volta para o refúgio e o lugar do aconchego.

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10 anos distantes

Jadiel passou praticamente toda a sua vida na cidade de São Caetano, no Agreste de Pernambuco. No entanto, por motivos de trabalho, teve que deixar um pouco o “solo abençoado” por 10 anos para trabalhar no Departamento de Agricultura do Banco Nacional do Norte. No Banorte, nunca esqueceu da sua querida cidade.

A volta

Voltei. Aqui é o meu lugar! Depois de trabalhar como caminhoneiro transportando petróleo e ter sido taxista em Recife, ele retornou para São Caetano, de onde não saiu mais. “Passei 10 anos no Banorte, inclusive estendendo os trabalhos até aqui em São Caetano. Depois disso voltei para São Caetano depois de ter sido taxista no Recife e ter sido caminhoneiro. Voltei para me estabelecer em São Caetano e hoje estou aqui. E espero viver mais algum tempo. E se depender de mim os meus demais dias de vida serão aqui nesta terra abençoada.

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Votação histórica

Após a volta, Jadiel resolveu trilhar os caminhos da política, alçando voos mais altos no município. Nas eleições que disputou sentiu de perto o calor e o carinho da população, e em algumas delas, teve votação histórica em São Caetano. Jadiel Braga foi eleito pela terceira vez para o cargo de prefeito do município de São Caetano em 2016. Ele governou o município entre os anos de 2005 e 2012 e 2016. “

Tranquilo

Com toda uma vida construída por trabalho, Jadiel sabe que cumpriu a sua missão de cidadão, empresário e homem público. Mesmo assim, não pensa em parar. O seu único desejo é viver tranquilo em São Caetano, contribuindo de alguma forma para o desenvolvimento do município.
“Eu quero é viver tranquilo, e essa tranquilidade remonta a minha atividade política, da minha obrigação de fazer, fazer fazendo as coisas” disse.

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Um olhar para a cidade

Com a consciência do dever cumprido, Jadiel Braga olha para a cidade com um orgulho indisfarçável. A sua vida está entrelaçada e identificada com a vida daquele povo simples e trabalhador. Ele caminha pelas ruas da cidade de cabeça erguida, vendo em cada local, algum dos traços de sua gestão. O município formado pelos distritos de Tapiraim, Maniçoba e pelo povoado de Santa Luzia, tem hoje 37.126 pessoas. Como ex-gestor, Jadiel Braga conhece cada canto da cidade onde cresceu, se estabeleceu e ajudou a escrever parte de sua história.

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Confira a entrevista

Jadiel sempre batalhou, cresceu, doou-se e repartiu no caminho do bem

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O Poder –O senhor pode destacar um pouco da sua trajetória de vida? E como superar as dificuldades?


Jadiel Braga - Vontade de fazer o correto, sempre. As dificuldades que foram surgindo, nós fomos tentando administrá-las e experimentamos o que vinha, o que surgia. E a gente testava. Na verdade, foi uma vida de trabalho. Fui taxista, caminhoneiro transportando derivados do petróleo para o Piauí. Fui extensionista da Emater e prestamos um serviço muito grande em Pernambuco na época. Era a época da erradicação do café e do combate à febre aftosa. E depois fui bancário dentro da minha profissão. Passei 10 anos no Banco Nacional do Norte, o Banorte, com a carteira rural onde fui aprender. Vivemos momentos de felicidade. Por onde eu passei na verdade, foram momentos de aprendizado. Todo o tempo.

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O Poder – Quais os principais desafios e conquistas que o senhor lembra ao longo de todos esses anos de trabalho?

Jadiel Braga – Lembro sim de vários desafios. Um deles foi o ingresso Colégio Agrícola João Coimbra de Barreiros. Foi o maior desafio. Foram sete anos de luta para ingressar contando com o exame de admissão. Lá era o lugar para quem tivesse coragem de ficar. Lá não tinha choro, não tinha nada. Era vida de gente pobre em um colégio que só veio me trazer além de conhecimento, aprender a viver. O maior contingente lá foi de 219 internos. Imagine isso. Mas para permanecer no colégio precisava ter ordenamento, disciplina, renúncia para muita coisa e obediência. O colégio de Barreiros me serviu muito para o pouco que eu sou hoje. O Colégio Barreiros foi um achado, um presente que Deus me deu.


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O Poder – Como surgiram as cerâmicas Barro Forte, Vale do Ipojuca e Santa Aguida?

Jadiel Braga – Esses empreendimentos deveram-se ao meu sogro Antônio Silva a quem eu rendo minha homenagem. Ele que não acreditava em emprego. Ele era um comerciante que vivenciou a cidade de São Caetano, comprando e vendendo. Ele acreditava no comércio e foi ele quem começou a me tirar do emprego. E o primeiro desafio dele foi botar uma olaria. Na época toda atividade de tijolo e telha era manual. Tudo manual. Eu não tinha o que fazer, aí ele se prontificou a me arrumar uma parte de um terreno que havia sido dos pais dele, onde hoje está a cerâmica Vale do Ipojuca. Foi lá onde ele nasceu. A casa antiga ainda hoje permanece de pé para contar e testemunhar toda a nossa trajetória. A memória que ali está guardada.


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O Poder – O senhor aprendeu muito com o seu sogro?

Jadiel Braga – Sim. Eu rendo as minhas homenagens a ele pelo que me ensinou e pelo que ele me incentivou para deixar o emprego e recomeçar em outra atividade. Ele tinha uma grande visão, um pouco à frente do seu tempo. Apesar de ser semianalfabeto, era um homem que fazia regra de três para se ter uma ideia. E sem estudo. Ele pegava uma folha de papel de embrulho como nós chamávamos para fazer os cálculos sem nunca ter frequentado escola. Foi o meu professor. O que eu devo a meu pai naturalmente, mas também a pessoa que me encaminhou para o comércio e para o negócio foi sem dúvida nenhuma, o Antônio Silva a quem eu devo homenagens. Essa é uma parte da minha vida.


O Poder – Como o senhor hoje vê a profissão de oleiro, que mesmo com a modernidade e com a tecnologia tem sobrevivido?


Jadiel Braga – A gente está passando. O oleiro hoje tem dificuldade por conta da própria natureza do comércio. As exigências por materiais de mais acabamento e a demanda. Isso tem levado à modernidade e à mecanização. Apesar das dificuldades, hoje nós estamos com mais de 40 anos em atividade. Tudo o que nós temos foi originário e conquistado com muito trabalho, desde o caminhão, onde eu comecei e transportei combustível até Piaui. Era um dia de viagem em estrada de barro.


O Poder –Como empreendedor e oleiro, o senhor também se considera um construtor de sonhos de várias vidas, visto que esses empreendimentos mudaram vidas de muita gente?

Jadiel Braga – Sim. Meus filhos hoje estão inseridos nesse projeto. E estamos ainda buscando aperfeiçoamento e melhoramentos. A empresa está passando pela fase de mecanização.

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A conversa continua

Jadiel diz que apenas retribuiu o que São Caetano lhe deu

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O Poder – Na sua visão quais as maiores riquezas de São Caetano?

Jadiel Braga – Aqui é sim um município abençoado. Aqui é uma região de Brejo, de onde vem a fruta e a verdura. O solo é fértil e tem muita água. Nós temos aqui água finíssima. Água mineral. E são muitas pessoas em São Caetano que ainda vivem da venda de água mineral da nossa região brejeira.

O Poder – São Caetano sem dúvida tem traços de sua gestão. Como o senhor analisa a sua passagem pelo comando do município por três mandatos?

Jadiel Braga - Na verdade o que eu fiz foi efetuar o pagamento por tudo que o São Caetano me deu. Eu tinha obrigação moral de fazer uma boa administração em São Caetano para tentar devolver ao povo o que foi feito por mim durante todo esse tempo. Foi aqui onde eu dei os meus primeiros encaminhamentos para a vida. Em que pese nesse percurso eu passei 10 anos trabalhando no Departamento de Agricultura do Banorte, inclusive estendendo os trabalhos até aqui em São Caetano. Depois disso eu volto para São Caetano.


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O Poder – Quais as maiores conquistas de sua gestão? O legado que o senhor deixou em três mandatos?

Jadiel Braga – Na verdade é muito ruim você falar do que fez. Mas eu traria como fatos que marcaram a minha gestão foi conseguir levar água para o Distrito Maniçoba. Ressalto que era um desafio levar água para Maniçoba. E foi um dos feitos nossos em nossa gestão. Conseguimos levar água para aquele distrito enfrentando as maiores dificuldades da época. Naturalmente que o Governo do Estado nos ajudou, mas água para Maniçoba foi um dos grandes feitos, se é que foi feito, já que era obrigação como gestor.

O Poder – E na área de Educação e Saúde que são sempre desafios de qualquer gestão, o que o senhor destaca como conquista?

Jadiel Braga – Eu cito por exemplo as quadras esportivas que foram feitas nas escolas do município. Nós também construímos a Escola Fernando Chaves, uma das escolas modernas. Essa escola foi iniciada na gestão do Dr Neves, mas quando nós chegamos, o que Dr Neves tinha feito estava destruído. Também construímos a escola moderna de Tapiraim que hoje é um marco com uma moderna quadra esportiva. O prefeito andou inaugurando, mas na verdade a nossa gestão deixou tudo pronto. Também destaco a aquisição do maior colégio do município, a ampliação do colégio de Maniçoba e do colégio de Santa Luzia, além das reformas e ampliação de 22 escolas do município. E melhoramento nas escolas como um todo. Também tivemos a preocupação com a capacitação dos professores. Ainda na área de educação, construímos ainda quadra esportiva em Santa Luzia e campo de futebol de salão e estruturamos a biblioteca do município.

Ainda na área da educação, queria citar a aquisição do antigo colégio Luiz Coimbra , hoje onde funciona o colégio Camilo Pereira Carneiro, popularmente conhecido como Pereira Carneiro , o maior colégio do município.
E nas obras estruturadores, ressaltou a realização do antigo sonho, a construção da ponte do Cabugá. Uma obra de dimensão e importância que seria orgulho em qualquer cidade grande do Brasil.

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O Poder – A sua gestão também realizou concurso público e obras de infraestrutura e saneamento básico?

Jadiel Braga – Realizamos sim. Concurso público para professor. Na área de infraestrutura realizamos reforma do açougue público, reforma do mercado, obras de calçamento. Hoje é bom de asfaltar. Quem conheceu a nossa realidade sabe da dificuldade que era realizar obras de calçamento e esgoto.

O Poder – E a sua preocupação com os pobres?

Jadiel Braga - Essa foi uma de nossas preocupações. Por isso onde estavam as famílias mais pobres foi exatamente aí que nós centralizamos as nossas atividades. Nós construímos um canal para melhorar as condições de famílias que moravam numa das áreas mais pobres da cidade. Construímos um canal e direcionamos todas as águas para dentro desse canal que foi o que veio dar saúde a dignidade.

O Poder – O pagamento em dia do funcionalismo foi outra marca de sua gestão?

Jadiel Braga – Eu não diria que foi uma marca. É obrigação de todo gestor pagar o funcionalismo em dia. Obrigação.


O Poder – A sua gestão também teve todas as contas aprovadas. Isso é orgulho de sua trajetória como homem público?

Jadiel Braga – Com certeza. Primeiro porque é obrigação. Me orgulho disso. Nós tivemos grandes prefeitos aqui, como Humberto Cavalcanti, Sizenando, Jeová Almeida Lima, pai do atual prefeito, Dr Neves que é um médico de muito conhecimento entre outros. Prefeitos importantes também foram Esmeraldo e Cosmo Pacheco. Nós também tiramos um pouco do nosso tempo para gerir os destinos do município do qual eu me orgulho muito.

O Poder - Em uma vida marcada por tantas conquistas e desafios existe algo que o senhor não conseguiu realizar?

Jadiel Braga – Não. Primeiro eu quero é viver tranquilo e essa tranquilidade remonta à minha atividade política, da minha obrigação de fazer, fazer as coisas. Então a marca aqui com a administração voltada para à pobreza. Hoje é muito bom fazer as coisas, mas na época de tirar as pedras nesse bairro pobre e também lá em cima que as ruas ficavam tortuosas por conta do afloramento rochoso que tinha e nós fomos aos poucos tirando. Tiramos uma parte na primeira gestão depois tem aqui a outra parte da população pobre na Rua do Campo que onde tinham os esgotos a céu aberto, hoje tudo canalizado. Fomos fazer o que ninguém tinha lembrado de fazer, que era essa atividade voltada para os pobres.

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O Poder- Qual o papel da família e dos amigos em sua trajetória de vida?

Jadiel Braga- Não tenha dúvida disso. Tanto a família, meu pai, minha mãe, meus tios muito importantes, como já me reportei ao meu sogro, um homem que não tinha conhecimento de carteira escolar, mas tinha sabedoria popular, sabedoria dos homens de bem. Então eu me sinto realizado por ter atendido em primeiro plano a camada mais pobre daqui de São Caetano.

O Poder- Qual sua análise como empresário e gestor público do cenário político atual, tanto no plano federal como aqui no plano estadual?

Jadiel Braga - Eu fui sempre um partidário do presidente Lula e aqui acompanhei Arraes. Quando cheguei em São Caetano, eu, junto com um pequeno grupo já nos colocávamos de encontro a um regime que quem comandava, quem geria as coisas do Estado, da Nação e consequentemente dos municípios. E me mantive desde essa época. Começamos um grupo aqui de rapazes, tudo liso. Aqui foi formado uma ala de esquerda por jovens, saudoso Carlos Bezerra, Sílvio, dentre outros, que formamos um grupo de resistência e com isso terminou me levando à prefeitura e as coisas acontecendo e continuam acontecendo.

O Poder- Esse terceiro mandato de Lula, o senhor como tem visto, tem correspondido?

Jadiel Braga – É muito difícil partir de uma gestão como foi a do outro presidente e para voltar para Lula depois de passar o que ele passou. É preciso ter uma liderança muito forte para voltar Presidência da República como foi o caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aqui era presença garantida quando ele estava vindo na região.

O Poder – Coragem, fé, persistência e dedicação. É esse o segredo para tantas realizações?

Jadiel Braga - Eu acho que é uma exigência da comunidade, pedia mais a você. Havia cumplicidade com a comunidade, com os amigos que nós conquistamos aqui nessa terra e que nos ajudaram muito aconselhando e criticando. A crítica foi muito forte quando a gente deixava de fazer uma praça pra fazer um esgoto em uma rua onde o esgoto vivia a céu aberto. Mas se eu voltasse no tempo faria tudo novamente, sem dúvida nenhuma. O principal canal da cidade foi realizado agora na gestão do atual prefeito, mas quem conseguiu os recursos foi na nossa administração.

O Poder – Como o senhor tem visto a gestão da Governadora do Pernambuco Raquel Lyra?

Jadiel Braga – Raquel é uma aluna aplicadíssima. Raquel vem de um avô que na época plantava mandacaru nas praças. Um homem semianalfabeto que já ajardinava Caruaru com cactos, não tinha água, não tinha dificuldade. Pois bem, então pra você ter ideia, ela herdou do pai que foi um grande parlamentar. Ela em si mesmo é uma criatura (não vou bem com ela por conta de uma questão aqui no município), mas torço e muito por ela para que continue com os projetos que está levando a cabo. E não será uma novidade se porventura ela for candidata à reeleição e eu vir a votar com ela pelos feitos que ela tem realizado ao nosso Estado.

O Poder – tem mais algo a acrescentar?

Jadiel Braga – Não só agradecer a presença de vocês aqui, pra mim é uma honra ter a oportunidade de falar um pouco da nossa história. O povo esquece muito as coisas, mas também eu não fiz pra me vangloriar. E dizer que adotei São Caetano como minha pátria, como a minha terra. Aqui pode ir embora quem quiser, mas eu fico para dar testemunho da minha amizade e gratidão por esse povo que me fez representá-los, e que levou São Caetano até Brasília. E o resto o povo é testemunha.

Autor *Severino Lopes é editor regional de O Poder

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Base sólida

A força da família e amigos na vida de seu Jadiel Braga

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A família é sempre a base de todo ser humano. Quando erguidas sobre “rocha”, com alicerces profundos, se mantém firme. A família é um dos segredos para o êxito do empresário Jadiel Braga. Ele reconhece a força e a importância da família em sua vida, desde os seus pais, até o sogro Antônio Silva, um homem simples, de sabedoria incomparável e com quem Jadiel Braga aprendeu muitas lições.
“Eu rendo as minhas homenagens a ele pelo que me ensinou e pelo que ele me incentivou para deixar o emprego e recomeçar em outra atividade. Ele tinha uma grande visão, um pouco à frente do seu tempo” enfatizou.

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Os filhos

Os filhos, sem dúvida, são os principais “tesouros” da vida de Jadiel Braga, de quem ele fala com orgulho e um carinho especial. Praticamente todos seguiram os passos do pai e buscam tanto na iniciativa privada como pública contribuir para melhorar a vida da população de São Caetano. Arthur Braga, Bruno César, Caio Braga, Daniele e Izabelle Braga são as “joias” de Jadiel.

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A frente dos negócios

Com exceção de Arthur Braga, que é especial, Bruno César Pontes Braga, Caio Braga, tomam conta dos negócios e estão empenhados em modernizar as cerâmicas. “Os meus filhos hoje, com exceção do Arthur, estão todos inseridos nesse projeto e buscando melhoramento e aperfeiçoamento” observou.

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Registros de momentos históricos

Fotos que registram momentos históricos da família. Momentos inesquecíveis. Guardados na memória e no coração de Jadiel Braga. Eternizadas no tempo e na história. No casarão onde reside, em São Caetano, ele faz questão de mostrar as fotos com os principais registros dos momentos vividos com os filhos, netos, netas, sobrinhas, a esposa Socorro, já falecida e na qual ele sempre presta uma homenagem póstuma; e demais familiares. Uma sala especial foi reservada para expor essas fotos de valor inestimável. São fotos de momentos de confraternização, reuniões e viagens de famílias guardadas na memória.

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A dona da história

O jornalista Antonio Magalhães* conversa com Ideilda Braga, irmã de Jadiel, sobre acontecimentos da família

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Uma senhora de 77 anos é a guardiã da memória da família Cordeiro Braga. Dona Ideilda, a Dona Déa, é a mais fidedigna e vasta fonte de informações. É procurada por irmãos, irmãs, filhos e sobrinhos, para saberem histórias desta saga familiar que passa por gerações. A comemoração dos 80 anos de Jadiel Braga, nesta quinta-feira, 25 de abril, é uma oportunidade de se conhecer, fora do núcleo familiar, parte dos arquivos de Dona Déa sobre este empreendedor, político e principalmente um homem de família, apegado à parentada que se reúne anualmente para estreitar os laços.

Pastas guardam a memória

Nas inúmeras pastas encadernadas, Dona Déa registra dados familiares por escritos, fotos, documentos escolares, anúncios fúnebres de amigos, recortes de jornais e até “santinhos eleitorais”. Qualquer dúvida sobre questões familiares, os Cordeiro Braga recorrem a ela. Para os sobrinhos, tia Déa sabe tudo.

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Os onze irmãos de Jadiel

E esta senhora de olhos claros e vivos conta com entusiasmo para O Poder a trajetória familiar de Jadiel Braga, o terceiro de doze irmãos – quatro homens e oito mulheres - filhos de Joel e Irene. Do casal nasceram Irenilda (in memoriam), Ivanilda, Jadiel, Ideilda, Idenilda, Inalda, Joel Filho, Maria de Fátima, Ivanise, Jadir e Jason.

Pai austero, mãe terna

Um pai austero que queria que os filhos estivessem sempre juntos nas brincadeiras de casa e uma mãe generosa, professora de vocação ensinando as primeiras letras a crianças e adultos, e com tempo para abrigar enfermos e despossuídos que passavam temporariamente por São Bento do Una, agreste pernambucano. A mãe a quem Jadiel dedicou muito carinho e atenção enquanto ela viveu.

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Brincadeiras da infância

Por conta da ordem paterna de não confraternizar com desconhecidos, Jadiel só teve a oportunidade de brincar com o garoto Liberato Siqueira de Souza, cujos os pais tinham laços de amizade com os Braga. Com os ossinhos da carne assada, os meninos investiam nas fantasias de fazendas de criação de gado. Bem mais tarde, Jadiel foi para área de negócios na vida adulta e Liberato formou-se em Medicina. Hoje é um cardiologista de fama em São Paulo.

Sem vocação sacerdotal

Aos 15 anos Jadiel tomou a decisão de ir para um seminário para padres em Garanhuns (PE). Conta Dona Déa nos seus escritos em papel pautado: “na sua primeira saída do menino, minha mãe foi falar com o diretor do seminário São José, o Prior, para Jadiel continuar os estudos na 5ª série. Ele foi aceito, mas ainda havia a resistência do pai que não queria um filho padre, um estudioso. Muito diferente do que minha mãe pensava, estimulando filho a estudar, lutar e perseverar por seus objetivos. Meu pai repassava para Jadiel o conselho do meu avô – que só queria que chamasse ele de padrinho para não parecer mais velho – que filho de pobre era para trabalhar como ele. A caneta de pobre era a enxada”.
Ainda bem que Jadiel não seguiu este conselho, mas também não deu certo no seminário, onde só passou um ano e meio. Foi dispensado pelo Prior por não ter vocação sacerdotal. Só queria jogar bola com os colegas.

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Técnico agrícola em Barreiros

Voltando para São Bento do Uma foi ser atendente numa farmácia da cidade. Mas o estudo, como recomendava a mãe, estava na sua cabeça. E foi estudar na escola de técnica agrícola em Barreiros (PE), onde se encontrou com o mundo do campo. Inclusive, nas folgas do estudo, dirigia o trator da escola em atividades rurais.
A sua expertise no campo valeu para Jadiel ir trabalhar na Ancarpe, a empresa governamental de extensão rural, que o levou a atuar em algumas cidades do interior pernambucano. Por conta disso, chegou depois a ser analista de crédito rural do Banco Banorte.

Felicidade com Dona Socorro

A sua família nesta época já estava vivendo em São Caetano. O pai, Joel, um agente arrecadador fiscal de cargas se transferiu para lá. Sorte de Jadiel. Foi nesta cidade em que ele conheceu sua futura esposa, Dona Socorro, filha de um comerciante da cidade, Antonio Silva, que despertou a sua veia empreendedora. Nos primeiros encontros dos dois jovens, Joel aconselhava ao filho, segundo Dona Déa, que pobre não namora gente rica.
Ainda bem que Jadiel não atendeu ao pai. Dona Socorro foi a mulher da sua vida que lhe deu cinco filhos – três rapazes e duas moças –, felicidade e companheirismo sem igual. Infelizmente, em 2004, ela veio a falecer. Jadiel não voltou a se casar. Concentrou sua energia nos filhos e nos negócios. E nas horas de lazer no seu Sport Recife.

Homenageado

Por isso, ao completar 80 anos ele é homenageado por seus irmãos e irmãs, por sua família e amigos. Um homem que lutou e perseverou, venceu a pobreza, aprendeu com os livros e com a vida. Pode-se dizer que é verdadeiramente um vencedor.

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Parabéns de O Poder

Equipe ficou fã de Jadiel

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Quando O Poder foi criado, em fevereiro de 2020, Jadiel já tinha encerrado o seu terceiro mandato, repleto de soluções estruturantes ousadas, como a ponte do Cabugá, obra digna de grande capital.
José Nivaldo Junior, nosso diretor-geral, trabalhou para Jadiel em campanhas e gestão na área do marketing político. O restante da equipe nao conhecia Jadiel pessoalmente. Zé, que se considera amigo da família Braga, afetos construídos através de anos de parceria profissional, não se envolveu no trabalho deste caderno. Mas escalou o time titular. E programou jantar em Caruaru com a familia Braga na noite da quinta-feira, 25/04. Apenas a editora nacional, Hylda Cavalcanti, que é de Vertentes, PE, mas comanda a sede de O Poder, em Brasília, não participou diretamente da elaboração do caderno. O diretor de redação, Antônio (Tonico) Magalhães, baseado no Recife e o editor regional, Severino Lopes, que trabalha a partir de Campina Grande, meteram a mão na massa, com o apoio técnico de Juliana Menezes, editora digital e Luciano Martins, co-editor digital e chefe da distribuição.
Todos ficaram fãns de Jadiel.

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Tonico fez questão de enviar a mensagem a seguir:

Recado

Antônio Magalhães parabeniza Jadiel

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Parabéns, Jadiel, pelo pouco que conheci da sua vida conversando com a historiadora da família, Dona Déa. A preservação desses arquivos familiares é a garantia que seus netos e bisnetos e outros descendentes vão saber quem foi você, sua relação com a família e o que fez na sua vida.

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Autor

*Antônio Magalhães é diretor de redação de O Poder

Filhos, filhas, netos e netas falam dos 80 anos de Jadiel

Parabéns meu pai.

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Depoimento do filho Bruno Braga, empresário e administrador do setor cerâmico.




Trabalho dia-a-dia

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Depoimento de Caio Braga

Que bom tê-lo conosco, pai.

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Álbum de família

Assista:






Caio Braga, filho e parceiro de Jadiel. Administra, com o pai, Cerâmica Barro Forte. Foi vice prefeito de Jadiel na sua terceira gestão.

Cerâmica


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Organização e modernidade

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Olhando para o futuro

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Depoimento de Isabelle Braga

Meu pai é dedicação

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Meu pai é dedicação, responsabilidade, respeito e perseverança.


Depoimento de Danielle Braga

Jadiel é um grande semeador

“Eu vejo meu pai como um grande semeador. Jesus nos ensinou a semear a vida e honrar com amor aqueles que nos cercam. A vida do meu pai foi e é um grande campo, onde qualquer semente que ele jogue no solo, floresce de maneira extraordinária. Foi assim com seus genitores, irmãos e seus filhos. Podemos perceber que por menor que a semente seja, ela dá frutos ricos nos valores que meu pai acredita e com um grande potencial e possibilidades. Assim como um semeador carrega e espalha sementes, nós temos essa grande oportunidade de sermos plantados por esse homem grandioso. Meu pai é um grande semeador de sonhos, determinação, amor e verdade fazendo o bem e sendo fiel com seus princípios. Deus tem muito orgulho do esposo, pai, irmão e amigo que ele é e que novas sementes do coração e de suas ações sejam eternas e frutifiquem ainda mais.

Falam netos e netas

Depoimento do Neto João

Depoimento de Luiz

O neto Luiz parabeniza seu avô

Depoimento de Yasmin e Caio Augusto

Os netos expressão seu Amor pelo avô que inspira os mais jovens

Depoimento de Catarina

A neta Catarina expressa seu amor





Não é à toa que todos te admiram

Depoimento de Maria Laura

A neta Maria Laura

A gente se despede com os parabéns de um filho e irmão muito especial

Arthur, o filho mais querido por toda a família

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