No dia 23 de dezembro de 2012, ainda na gestão João da Costa, a página oficial da prefeitura noticiava:
"Recife ganha novo espaço de lazer com o Parque de Apipucos Maximiano Campos"
A nota informava que a primeira etapa do equipamento de lazer foi inaugurada com a presença do governador Eduardo Campos, filho do escritor cujo nome batiza o espaço.
O evento foi descrito como "noite de muita emoção". E com a presença de grande público. A esposa de Eduardo, Renata Campos, mãe do prefeito atual, também compareceu.

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA

O espaço foi apresentado como um agradável ambiente de convivência, que promete atrair milhares de recifenses, com sua imensa área verde, às margens do Rio Capibaribe.
A primeira etapa representou, a preços da época, investimento de cerca de R$ 5,9 milhões. "Com 11.500 m², o equipamento salta aos olhos pelo seu potencial paisagístico, quanto pelos equipamentos, além da privilegiada localização", diz a .ateria. Em frente ao açude de Apipucos, João da Costa destacou a garra e a determinação para conseguir angariar recursos e batalhar pela construção do equipamento de lazer. “É uma grande satisfação podermos entregar esse espaço de qualidade à população do Recife. Além disso, por podermos homenagear Maximiano Campos, alguém que viveu a vida com intensidade, e que, através da sua arte, deixou escrito a sua visão de mundo e da vida, que é uma referência importante e que se identifica com a alma do povo recifense”, enalteceu o prefeito

FALA DE EDUARDO

O governador Eduardo Campos, visivelmente emocionado e orgulhoso, por alguns momentos, deixou de lado a função de chefe do Executivo Estadual e falou como filho de Maximiano Campos. “Muitas lembranças boas e muita emoção vem à minha cabeça neste momento. Agradeço a esse gesto de dar a esse parque o nome de um grande artista, que foi meu pai. Um homem de coragem, que fez sempre a opção da justiça na sua caminhada, rompendo conceitos e preconceitos, e viveu além do seu tempo. E é também com grande alegria que vemos a Prefeitura legar às pessoas um espaço de lazer às margens do Rio Capibaribe, que é marca desta cidade e símbolo de integração do Recife. Isso é parte de um esforço dessa gestão de dar à cidade espaços de convivência que propiciam qualidade de vida aos recifenses”, disse o governador.

FALA DE ANTÔNIO CAMPOS

O advogado e acadêmico Antônio Campos, também filho de Maximiano Campos, falou em nome de toda a família. “Esse parque é uma extensão da nossa casa, nós que nascemos e nos criamos nessa região, à margens do Rio Capibaribe, que precisa, com ações como essa voltar a fazer parte do cenário turístico, cultural, ecológico e da vida dos recifenses. Estamos muito felizes por saber que este parque vai servir ao nosso povo”, declarou.

POEMA

Em mais uma homenagem ao escritor, o prefeito João da Costa encerrou seu discurso com um poema de autoria de Maximiano, intitulado “O Filho”, escrito em 1968, na data de nascimento do filho Antônio. “Que seja assim: / alegre sem desconhecer a tristeza, / capaz de uma ilusão. / Forte, sem apedrejar derrotas, / rebelde, sem destruir a mansidão. / Servo apenas do ideal e sonho, / e rei da sua vontade. / Amando as pessoas / sem deixar que nenhum medo o faça desconhecer a liberdade.”


QUEM FOI MAXIMIANO

O nome do Parque é uma homenagem ao escritor pernambucano, Maximiano Accioly Campos, que integrou o grupo literário Geração 65, foi secretário de Turismo, Cultura e Esportes e superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco. O poeta, ficcionista e cronista, que faleceu em 2008, foi casado com a ex-deputada e ex-minIstra do TCU, Ana Arraes, com quem teve dois filhos: o ex- governador do Estado, Eduardo Campos, falecido em 2014, e o advogado e membro da Academia Pernambucana de Letras Antônio Campos.

COMO JUSTIFICAR?

Com toda essa carga histórica e emocional, o prefeito João Campos autorizou ou no mínimo permite que a homenagem ao seu avô seja apagada.