
DE HERÓI A VILÃO - EMPRESÁRIO PAULO MAGNUS DENUNCIADO POR CRIMES CONTRA A SAÚDE
28/02/2023 - Jornal O Poder
A Operação Desumano da Polícia Federal apurou picaretagens e fatos escabrosos, que se transformaram em denúncia do Ministério Público Federal, protocolada na 13ª Vara da Justiça Federal. Na denúncia, além do nome do ex-prefeito Geraldo Júlio, que encabeça a lista, acompanhado por vários dos seus auxiliares na sua escandalosa segunda gestão, destaca-se o mega empresário Paulo Magnus.
PÉS DE BARRO
Paulo, a se confirmarem às denúncias, é um ídolo com pés de barro. Tido como criativo e empreendedor, Magnus domina o setor de informação hospitalar no Brasil. Nem por isso deixa de constar como um desumano desviador de recursos da saúde pública na pandemia, que deu, inclusive, sua parcela de contribuição para as mortes da Covid. Um possível genocida flagrado com a mão na massa.
POTÊNCIA
Conforme matéria laudatória publicada na Revista Exame, a MV, com sede no Recife, e principal empresa de Magnus, tem clientes poderosos, no Brasil e no Exterior. A meta seria faturar R$ 1 bilhão de reais em 2025. A MV teve uma média de crescimento de 20% ao ano nos últimos anos. Dentre seus clientes estão gigantes como Rede D’Or, Dasa e Mater Dei, e planos de saúde como Unimed, Q Saúde e Sami. São mais 110 mil leitos administrados pelos sistemas da MV.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Desde 2010, a companhia investe em fusões e aquisições. Foram 12 empresas adquiridas nos últimos 11 anos. Também tem investimentos em oito startups do setor. A empresa investe 50 milhões ao ano em pesquisa e desenvolvimento, o que inclui o investimento nas startups.
A MV tem atuação fora do país, com presença em Panamá, Peru, Equador e Argentina. Hoje 5% do faturamento vem da atuação no exterior, mas a avaliação é de que é possível chegar em 20%.
E AGORA
A máscara pode cair e, nesse caso, o efeito dominó será inevitável. Qual empresa de saúde quer ter sua marca associada a um trambiqueiro da área? Um desviador de recursos para enfrentar a Covid?
INSTITUIÇÃO LARANJA
A Polícia Federal descobriu que Magnus operava uma Instituição laranja (Instituto Humanize) que, apesar de não ter qualquer experiência em gestão hospitalar, assinou vultoso contrato com a prefeitura para este fim. Tudo combinado previamente.
DENUNCIA PESADA
Segundo apurou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal referendou, a justificativa técnica para a contratação da entidade laranja já estava definida, no alto escalão da Prefeitura do Recife. Diz a denúncia que o INSTITUTO HUMANIZE, a despeito da inexistência de qualquer capacidade técnico-operacional para executar o contrato de gestão, ficaria incumbido da administração do Hospital Provisório III – Imbiribeira.
A obtenção dos dados relacionados ao controle de acesso do Palácio do Governo do Estado de Pernambuco comprovou que, justamente no dia 26/03/2020, o empresário Paulo Luiz Alves Magnus, administrador de fato do INSTITUTO HUMANIZE, esteve no local para participar da aludida reunião que sacramentou a tramoia. Ou seja: Paulo Magnus não pode sequer terceirizar a responsabilidade.
NÃO PARA AQUI
Aguarde cenas dos próximos capítulos.
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