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ESTRELAS DA LIBERDADE - PERNAMBUCO, PARAÍBA E RIO GRANDE DO NORTE INTEGRAM BANDEIRA DA REVOLUÇÃO DE 1817

06/03/2023 - Jornal O Poder

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Redação de O PODER

A Revolução Pernambucana iniciou-se no dia 6 de março de 1817, com a morte do brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa de Castro. O brigadeiro foi morto quando estava cumprindo as ordens do governador português de prender o capitão José de Barros Lima, denunciado por participar de uma conspiração. Barros Lima reagiu à voz de prisão, o que resultou na morte de Castro.
Após esse evento, a revolta espalhou-se pelo Recife e levou à tomada da cidade pelos revolucionários. O governador da capitania de Pernambuco abrigou-se em um forte local, o Forte do Brum, e logo embarcou para a cidade do Rio de Janeiro. Após a conquista de Pernambuco, os revolucionários instalaram um Governo Provisório.

MEDIDAS REVOLUCIONÁRIAS

Esse Governo Provisório aprovou uma série de medidas que foram colocadas em vigor: foi proclamada a República na Capitania de Pernambuco, 
decretada a liberdade de imprensa e credo, instituído o princípio dos três poderes e 
aumentado os vencimentos dos soldados. Todas essas mudanças iam em direção dos ideais liberais. Não é verdade que os revolucionários optaram por manter a escravidão. Em primeiro lugar, todos os escravos que se alistaram nas tropas revolucionárias receberam imediata alforria. Depois, havia um projeto para a abolição gradual da escravidão, que, pelo curto período do governo revolucionário não foi posto em prática.
Uma medida exemplar: ninguém tinha direito a títulos de nobreza. Todas as pessoas, independente da condição social, eram igualmente tratadas por "cidadão" e "vós". As mulheres tinham os mesmos direitos dos homens. Essas duas medidas, entre outras, ainda não foram alcançadas no Brasil, após 216 anos.

ADESÕES

A Paraiba e o Rio Grande do Norte aderiram ao movimento e ganharam estrelas na bandeira revolucionaria.

HEROIS DA LIBERDADE

Os grandes nomes da Revolução Pernambucana foram Domingos José Martins, 
José Barros Lima, 
Padre João Ribeiro e Cruz Cabugá, entre outros. Cruz Cabugá, inclusive, foi enviado em missão diplomática aos Estados Unidos durante a revolução. Com 800 mil dólares em mãos, Cabugá tinha a tarefa de comprar armas e contratar mercenários, além de obter o apoio do governo americano ao movimento pernambucano.
A duração da Revolução Pernambucana foi razoavelmente curta. A reação portuguesa foi intensa, e uma frota foi enviada do Rio de Janeiro com o objetivo de bloquear a cidade de Recife. Também foram enviados soldados por terra da Bahia com a missão de invadir essa cidade. A derrota dos revolucionários aconteceu oficialmente no dia 20 de maio de 1817.

VIOLÊNCIA

A repressão ordenada por D. João VI foi violenta, com os principais nomes da Revolução Pernambucana sendo severamente punidos. Domingos José Martins, por exemplo, foi arcabuzado (fuzilado). Outros envolvidos, além de arcabuzados, foram martirizados e muitos ainda ficaram presos por anos. A crueldade posta em prática foi o primeiro passo para afastar Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norde e, anos depois, o Ceará da simpática porém sanguinária dinastia portuguesa de Bragança (D. João VI e D. Pedro I)

INSPIRAÇÃO

Os ideais de 1817 inspiram não apenas Pernambuco, mas o Brasil inteiro.
Salve ó terra de altos coqueiros. É um equívoco grave dizer que o movimento foi anti-colonial. Simplesmente porque desde 1815 o Brasil não era mais colônia de Portugal. No concerto internacional das nações, o Brasil era Reino Unido a Pirtugal e Algarves.
A verdadeira essência da Revolução é um movimento libertário, anti-absolutista, republicano e democrático.

A BANDEIRA

A bandeira levada por Cruz Cabugá para os Estados Unidos, traz uma estrela em vez de três.
Este fato tem justificativa. As estrelas simbolizavam as adesões das capitanias vizinhas ao movimento pernambucano. Cabuga partiu antes das adesões da Paraíba e Rio Grande do Norte.
Ao desenho levado por Cabugá, e ainda hoje conservado no arquivo da Secretaria dos Negócios Estrangeiros de Washington, acompanham as seguintes explicações em inglês, mantido o português da época:
«As tres estrellas representam os estados de Pernambuco, Parahiba e Rio Grande do Norte que, segundo as ultimas noticias (5 de Abril) compunham a confederação para a liberdade e independência. Quando as restantes provincias do reino do Brasil houvérem adherido á confederação, outras estrellas seram collocadas em volta do arco-iris".

O ESPÍRITO

O documento
citado acima desmoraliza aqueles historiadores doidivanas, ignorantes, equivocados ou simplesmente canalhas que querem porque querem atribuir um caráter separatista à Revolução de 1817 bem como à posterior Confederação do Equador. Não havia intenção de separar, e sim de unir o Brasil sob o signo da democracia, da liberdade, da igualdade e da fraternidade entre irmãos.

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