
NETO FRANCA DEBATE IMPACTOS DA SECA
11/08/2021 - Severino Lopes
A seca ainda é um fenômeno climático histórico que assola o Nordeste. Barreiros secos, rebanho dizimado e fome. Mais de doze milhões de nordestinos sofrem as consequências dessa estiagem prolongada, distribuídos em 1.200 municípios. Diante da adversidade climática, esses municípios já decretaram estado de emergência e o rebanho bovino regional foi reduzido em mais de 7 milhões de animais.
SECA MODERADA
Na Paraíba, a seca atinge 100% do território, segundo a recente atualização do Monitor de Secas do Governo Federal. Publicado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Segundo o estudo, a área com seca moderada subiu de 58% para 62%. Os impactos do fenômeno permanecem de curto e longo prazo na porção central e de curto prazo no restante do estado. A crise na região foi agravada com a pandemia da covid-19, que afetou a economia nordestina e muitos empreendedores tiveram que recorrer ao Sebrae para superar o momento difícil.
FÓRUM
Para debater os impactos na seca na vida do Nordestino, e especificamente, o desempenho da agricultura, em meio à pandemia, o Sebrae realizou, esSa semana, mais uma edição do Fórum Permanente de Convivência Produtiva com as Secas. O evento, realizado de forma virtual, com transmissão pelo Youtube, contou com a participação do Diretor Administrativo Financeiro do Sebrae PB, João Monteiro da Franca Neto.
Em entrevista a O PODER PARAÍBA, Neto Franca destacou a importância do evento, que segundo ele, ofereceu alternativas para minimizar os efeitos da seca e da pandemia na vida dos empreendedores e dos agricultores da região.
INCENTIVO
Neto Franca enfatizou que o Sebrae tem procurado incentivar os pequenos e micro-empreendedores, bem como, os agricultores que sofrem com os efeitos da seca e da pandemia, promovendo debates com temas como, tecnologias para o campo e as formas de financiamentos.
“Pela parte do Sebrae, nós temos procurado incentivar esses empreendedores e agricultores, oferecendo treinamentos e capacitações, mostrando que a pandemia está chegando ao final", observou.
PLATAFORMAS DIGITAIS
Neto Franca destacou que a pandemia serviu para revelar o potencial das plataformas digitais e destacou que o Sebrae tem procurado preparar os empreendedores para conviver com essas tecnologias, mesmo depois da pandemia.
“O Sebrae tem tido um papel importante nesse processo, oferecendo todo o tipo de curso de forma híbrida” destacou.
O diretor do Sebrae explicou que o Fórum acontece toda primeira segunda-feira do mês, sempre buscando formas de estimular os empreendedores a superar a crise.
O PALESTRANTE
Na edição da última segunda-feira, o destaque ficou por conta da palestra do superintendente técnico da CNA, Bruno Lucci, que abordou o tema, “Panorama da agricultura nacional e internacional pós-covid-19”. Na ocasião, ele fez uma análise econômica do agronegócio em 2020 e 2021, com perspectivas para o fechamento do ano.
“Conhecedor de causa profunda, ele veio mostrando caminhos que os empreendedores e agricultores podem percorrer para superar as adversidades com o apoio do Sistema CNA” explicou Neto Franca.
O NASCIMENTO
O Fórum Permanente de Convivência Produtiva com as Secas nasceu em 2014 como um espaço de debates sobre o tema, entre instituições empresariais, para que sejam apresentadas aos formuladores de políticas, governos e à sociedade, soluções duradouras desenvolvidas para a convivência produtiva com as secas, e que possam ser aplicadas no Estado e no Semiárido brasileiro.
DEBATES
Estes encontros propõem debates frequentes com especialistas brasileiros e do exterior, com apresentadores e debatedores especializados.
A iniciativa é uma oportunidade de discutir, junto à classe produtora rural suas demandas, bem como apresentar opções de políticas e tecnologias que levem a soluções permanentes quando da ocorrência de secas.