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AFEGANISTÃO: O DESTINO DAS PROSTITUTAS E DAS CRIANÇAS - Da Equipe de O PODER

20/08/2021 - Equipe O Poder

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O problema não é novo nem inédito. Onde existem tropas de ocupação, existe prostituição em larga escala. No Afeganistão não foi diferente. Milhares de mulheres afegãs tentavam melhorar de vida ou sobreviver se prostituindo para as tropas de ocupação. Algumas constituíram relações mais ou menos estáveis, tiveram filhos, sonharam alto. Com a fuga em massa dos invasores, essas mulheres se veem triplamente ameaçadas. São deixadas para trás pelos estrangeiros; são perseguidas pelos Talibãs; e são desprezadas por suas próprias famílias.
Em desespero, tentam invadir o aeroporto de Cabul, concorrendo com muitos outros fugitivos, das mais diversas condições e nacionalidades. As mulheres tentam, em vão. As crianças, nem isso podem. Sem opção, as mães aceitam seu próprio destino mas tentam salvar os filhos, tentando sensibilizar os pais a "adotarem" os seus filhos ou os entregando para famílias com chance de retirada. Causas perdidas.

QUEM SAI, QUEM FICA

A ordem inicial de evacuação só contemplava militares americanos, soldados aliados e autoridades formais do regime pró ocidental e suas famílias. Os próprios americanos, que foram para o Afeganistão como mercenários a serviço de empresas internacionais ou atrás de ganhar a vida com o tráfico de ópio ou outras atividades ilegais, toleradas pelos ocupantes e dirigentes do País, enfrentam dificuldades para sair. São esses, juntos com afegãos que se entregaram ao domínio estrangeiro e acreditam que serão punidos na nova ordem, que forçam a entrada no aeroporto e, quando conseguem entrar - cada vez mais difícil- protagonizam cenas impensáveis, tentando voar agarados no exterior das aeronaves. Tentativa cujo destino inevitável caso consigam decolar, é a morte.

ALIADOS? QUEM MANDOU?

Os governos da Europa, patéticos, parece que souberam ontem que seus soldados, recrutados entre os excluídos das suas sociedades, estavam ocupando indevidamente o Afeganistão. Países como a Espanha estão tentando retirar afegãos que contribuíram com a ocupação. Mas isso não é regra geral.
Um grupo de soldados holandeses, que foi ao Afeganistão "garantir a democracia do país", está sofrendo. Tenta sem sucesso vaga nos voos de fuga. O seu próprio governo até agora não foi capaz de resgatá-los.

REFORÇO

Os Estados Unidos enviaram seis mil soldados para garantir o funcionamento do aeroporto de Cabul. Conseguiram um pouco de ordem no caos. Os norte-americanos se deram um prazo até o fim do mês para concluir a retirada, depois de 20 anos de luta fracassada. Não vão conseguir.

DIFICIL ENTENDER

Durante 20 anos os norte americanos gastaram a inimaginável quantia de um trilhão de dólares na manutenção de suas tropas e em armas e munições para dizimar afegãos. Destruíram vilas e cidades inteiras. Torturaram, prenderam, mataram e mutilaram uma quantidade inimaginável de pessoas. O PODER não concorda com os métodos e a ideologia dos Talibãs. Mas acha, por princípio, que cada povo tem o direito e o dever de decidir, ele mesmo, sobre sua forma de vida e de governo. E pergunta: você, leitor, assistiu durante esses 20 anos de ocupação, esse frenesi na imprensa contra as violações diárias dos direitos humanos praticada pelos invasores? Não viu porque não houve.

CONCLUSÃO

Nós lamentamos a situação de qualquer ser humano que sofre. Choramos pela situação das prostitutas e das crianças afegãs. Essas, principalmente, não têm culpa de nada.

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