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AGORA É FINDI - Coluna Semanal - O cronista ROMERO FALCÃO sextou com a gente jurando nunca mais dirigir

01/09/2023 - Jornal O Poder

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É HORA DE PENDURAR MINHAS MÃOS DE MOTORISTA

Minha habilitação pede aposentadoria. Não pela presença do guarda na estrada, nem pela minha vista sexagenária. Mas pelo inferno que se tornou o trânsito nas ruas. Quando o prêmio Nobel, Albert Camus, na década de 50, experimentou andar de automóvel no Rio de Janeiro, fez o seguinte comentário no seu Diário de Viagem: “Os motoristas brasileiros ou são alegres loucos ou frios sádicos. A confusão e a anarquia deste trânsito só são compensados por uma lei: chegar primeiro, custe o que custar”. Ah! Se o autor de "A Peste" vivesse hoje na peste que se tornou guiar um carro na corrida maluca brasileira. Penso seriamente em pendurar minha mãos de motorista numa estrela guia.

COICES SOBRE QUATRO RODAS

Todas as vezes que entro no meu carro e no trânsito sinto a incivilidade de quatro patas dando coice sobre quatro rodas. De dentro do veículo pode sair de tudo: palavrão, xingamento, dedada, tiro, manobras sádicas para trancar o motorista que se tornou o inimigo mortal em frações de segundos. Os neurônios parecem fumaçar a visão dos motoristas que se comportam como cães raivosos. Não suportam as leis de trânsito, ultrapassam por tudo que é lado, estacionam de qualquer jeito, desde que a lei da vantagem , da menor distância proporcione parada mais cômoda. Uns, nas suas casas, não vão para o banheiro de carro porque ainda não é possível.

E OS MOTOQUEIROS
Ah! Os motoqueiros parecem montados num cavalo louco que fazem das ruas um globo da morte. São tantos absurdos que chego a pensar nas duas rodas imunes ao código de trânsito. Um dia desses uma moto arrancou meu retrovisor como quem arranca a orelha de um corpo sem importância. Sumiu sem olhar pra trás. O tal corredor é espaço sagrado dos motoqueiros. E sempre estão com a razão, alegam legítima defesa da estupidez. No entanto, minha admiração e respeito pelos bons motoqueiros que não pensam só em economia de combustível, de dinheiro, de chegar primeiro, e sim de poupar vidas, as emergências dos hospitais, ao conduzir suas motocicletas com responsabilidade, prudência, humanidade.

A DESPEDIDA
Ponho num prato da balança as vantagens de possuir um carro, no outro a selvageria do trânsito, as revisões, a manutenção do automóvel, gasolina, despesa do seguro, do IPVA, do estacionamento. Além de tudo, como se não bastasse, há o canivete do pivete na altura da minha jugular. É hora de dar a última voltinha no meu fusquinha. Foi assim que me despedi do meu primeiro carro , e agora chegou a hora de dar adeus ao último.

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