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PARAÍBA – CAMPINA CELEBRA 159 ANOS COMO UMA DAS CIDADES QUE MAIS CRESCE NO NE

11/10/2023 - Jornal O Poder

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Severino Lopes

“Eterno poema de amor à beleza”. A frase extraída do hino oficial de Campina Grande, uma composição do maestro Antônio Guimarães, e que ganhou melodia na canção do professor Fernando Silveira, retrata intrinsecamente elementos da Rainha da Borborema, que hoje, quarta-feira, (11/10), está completando 159 anos de emancipação política.




MARCAS
Sagacidade, perspicácia e luta, são marcas indeléveis do povo da cidade que em 159 anos de existência, escreveu uma história marcada por grandes conquistas. Nascida em berço de ouro branco e enquanto estratégico ponto comercial dos tropeiros, a antiga Vila Nova da Rainha, Campina não para se se reinventar, e atualmente envia talentos da tecnologia para outros países, respira cultura e se alimenta da própria memória.

REFERÊNCIA
“Oficina de ilustres varões”, “Canaã de leais forasteiros”, como diz o hino, Campina Grande se tornou referência econômica, cultural, histórica, tecnológica e educacional, sendo uma das mais importantes do Nordeste. Cidade de vanguarda, e de povo acolhedor e criativo, se tornou uma das melhores cidades para se viver e fazer carreira.

LOCALIZADA
A cidade que fica localizada a 120 km de João Pessoa e possui mais de 400 mil habitantes, foi fundada em 1º de dezembro de 1697, tendo sido elevada à categoria de cidade em 11 de outubro de 1864, de acordo com a Lei Provincial de Nº 137.

FATOS
Ao longo do tempo, Campina viveu pelo menos seis importantes fatos que foram decisivos para o seu crescimento, desde a chegada de Teodósio de Oliveira Ledo em 1697 e o consequente, aldeamento; a emancipação política em 1864; a saga dos Tropeiros; a conquista da luz elétrica que impulsionou o progresso; a chegada do trem em 2 de outubro de 1907, e o ciclo da cultura e do algodão.



A FORÇA DO POVO
No entanto, esses fatos históricos, embora de grande relevância, não teriam tornado Campina, uma cidade futurista, moderna com característica de metrópole, e um dos municípios que mais cresce no interior do Nordeste, se não fossem a luta e o espírito visionário do seu povo, conforme destacou, o historiador e presidente do Instituto Histórico de Campina Grande, (IHCG) Vanderley de Brito.

A CONTRIBUIÇÃO
Em entrevista ao Jornal O PODER, o historiador destacou alguns dos aspectos que contribuíram para o crescimento vertiginoso da Rainha da Borborema. Autor do livro 'Campina Grande de Aldeia a Metrópole', Vanderley de Brito observou que a posição geográfica, e os diversos momentos históricos, foram importantes para Campina se tornar uma “metrópole”, mas o fator primordial para o crescimento da cidade, foi a luta de seu povo.

O TRAJETO
O professor e historiador enfatizou que para chegar à condição de uma grande cidade que domina a região da Borborema, Campina Grande, percorreu todo um trajeto. A chegada da linha férrea, o apogeu do algodão, e outros fatores, foram importantes para colocar a cidade nos trilhos do desenvolvimento e promover o progresso, mas a mola propulsora de tudo, conforme destacou Vanderley Brito, foi a sagacidade e luta do seu povo.

COMPLEMENTO
O historiador ressaltou que os fatos históricos foram apenas complemento. Campina segundo ele, cresceu por força e obstinação do seu próprio povo.

“Nossa cidade sempre teve cidadãos, ufanos, dotados de persistência teimosia, sobretudo no que se refere a trazer vantagens e benefícios comuns para o nosso povo. É uma questão até de personalidade campinense. O nosso povo tem um orgulho sem medida da cidade que vive” destacou o historiador.




A MEMÓRIA
Como historiador que se dedica à cultivar a memória de Campina, ele ressaltou que em 1790 quando foi elevado à categoria de Vila, a hoje Rainha da Borborema, ganhou essa honraria graças a luta de muitos homens “que moveram céus e terra” para convencer o ouvidor geral do Brasil, de que a localidade era propícia para se erguer uma vila.

MILAGRES
Ele conta que na época, a povoação dos “Milagres” onde fica localizada a cidade de São João do Cariri, era o lugar mais apropriado para que a vila fosse erguida, o que não aconteceu devido a luta e os esforços de muitos campinenses que brigaram pela honraria.

“Como para erguer uma vila era preciso agregar terras ao patrimônio, esses mesmos homens doaram milhares de terras particulares para dar territorialidade a vila. Eles estavam dispostos a vencer qualquer restrição para a elevação de nossa povoação à categoria de vila” observou.






O PROCESSO
Ao longo dos 159 anos, muitos homens se destacaram no processo de crescimento de Campina Grande. No século XIX, conforme realçou o professor Vanderley de Brito, o então coronel Alexandrino Cavalcanti de Albuquerque Belo, resolveu construir um mercado e erguer edificações, criando uma vila inteira de comércio, nascendo assim, a rua Maciel Pinheiro, uma das principais e coração econômico da cidade.
A partir dessas construções, Campina passou a se consolidar como uma cidade mercantil, com comércio pujante que impulsionou o desenvolvimento da cidade.

OS VISIONÁRIOS
Embora tenha sido fundamental para colocar Campina nos trilhos do progresso, a chegada do trem também foi fruto da luta de muitos visionários da época. O historiador conta que foi preciso muita luta e viagens ao Rio de Janeiro para sensibilizar e convencer o Presidente da República a estender a linha férrea de Itabaiana até Campina Grande.

O TREM E AS ESTAÇÕES
Ele ressaltou que antes de chegar a Campina, o trem já tinha as suas estações em diversas outras localidades como Itabaiana e Alagoa Grande, que não souberam tirar proveito dessa “regalia”. Somente os homens de Campina tiveram a visão e a coragem para aproveitar a chegada da linha férrea.

O ALGODÃO
Situação semelhante foi registrada no auge do algodão, quando Campina Grande se transformou na segunda maior exportadora de algodão do mundo, atrás somente de Liverpool, na Inglaterra.

Na época, a riqueza já passava por muitos municípios do Estado sendo transportada no lombo dos burros. Os comboios percorriam parte da Paraíba. Mas foram os investidores de Campina Grande, que souberam aproveitar a rota do produto e transformaram a cidade na maior praça algodoeira do país, e uma das maiores do mundo.

OS TROPEIROS
Os tropeiros, que inspiraram a música “Tropeiros da Borborema”, tiveram papel importante. Estes comerciantes ‘nômades’, transportavam suas cargas em lombos de jumento por todo o Nordeste e paravam obrigatoriamente na Rainha da Borborema, por ser um município estratégico. No estalo do relho, e graças a visão de povo, Campina Grande se desenvolveu como uma das principais cidades do interior do país.

LUTAS
O historiador lembra ainda a luta de muitos campinenses para convencer o então presidente Juscelino Kubitschek a fazer a adutora do açude Epitácio Pessoa em Boqueirão, que garantiu o abastecimento da cidade; bem como, as frentes de luta para sensibilizar os governos federal e estadual a investir na educação e tornar a Rainha da Borborema um polo educacional com pelo menos duas grandes universidades públicas.

POLO INDUSTRIAL
Se Campina hoje tem um polo industrial forte, é graça a luta de muitos visionários. O historiador Vanderley Brito cita o movimento que surgiu para a implantação do polo industrial na cidade, uma luta que teve como principal desafio, convencer a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), a instalar um arrojado distrito industrial no município.

“Tudo isso foi conquistado com muita persistência e obstinação. E é por causa desse espírito de grandeza, que Campina Grande há muito tempo é esse fenômeno, se diferenciando de centenas de cidades do interior do norte e nordeste do País. Um povo obstinado, vanguardista ", enfatizou.

OS NOMES
Ele realçou alguns dos nomes que encabeçaram grandes frentes de lutas e contribuíram para alavancar o desenvolvimento da cidade, como Paulo Araújo Soares, Elpídio de Almeida, Vergniaud Borborema Wanderley, Cristiano Lauritzen, Edvaldo do Ó, entre tantos.


RAINHA DA BORBOREMA
Conhecida como “A Rainha da Borborema”, Campina, é considerada um dos principais polos industriais da Região Nordeste bem como um dos maiores polos tecnológicos da América Latina, além de “Berço do Saber” para vários paraibanos de outras cidades e também de pessoas de outros estados e até de outros países. Um polo de excelência na produção de softwares e que exporta tecnologia de ponta.

O DESENVOLVIMENTO
Sob o signo do desenvolvimento e do progresso, Campina Grande chega aos seus 159 anos como cidade de vanguarda, um comércio pujante, e um polo educacional e tecnológico consolidado. Entre a riqueza do passado, e a memória de seus desbravadores, ela fixa os olhares para o futuro, sempre reservado para o seu povo, as oportunidades para superar crises, vencer desafios e recomeçar na busca por novos sonhos.
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