
NOVIDADE CURIOSA
LULA QUE ERA APENAS UM MOLUSCO AGORA TAMBÉM É PEIXE
22/10/2023 - Jornal O Poder
Por Severino Lopes, editor regional Nordeste de O PODER.
As lulas são os moluscos mais evoluídos, dotados de olhos e de um sistema nervoso muito eficientes. Encontram-se no Oceano Atlântico e no Mediterrâneo. A espécie mais comum das lulas tem um nome científico curioso, Loligo vulgaris, e possui dez tentáculos.
O gênero foi descrito pela primeira vez pelo grande cientista Jean Baptiste Lamarck em 1798. Nada a ver com o Lula presidente, portanto.
Agora, lula também é peixe, de água doce, e tem a ver com o presidente. Vamos a esta interessante e curiosa história.
ORIGEM NO SERTÃO
A nova espécie de peixe, identificada pelo professor e cientista Telton Ramos, biólogo do Instituto Peixes da Caatinga e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), recebeu o nome em homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)Hypsolebias lulai. Esse é nome científico dado a uma nova espécie de peixe identificada no Rio Trairí, no Rio Grande do Norte.
REFERÊNCIA
O “nome de batismo” dado pelos pesquisadores e cientistas da Universidade Estadual da Paraíba e da Universidade de Taubaté é a referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ARTIGO
O artigo com detalhes sobre as características da nova espécie foi publicado na revista Neotropical Ichthyology. Pertecente ao grupo “peixe de nuvens”, o Hypsolebias lulai surge em poças ou lagoas temporárias formadas depois da chuva, que é quando os seus ovos enterrados eclodem e sua população se restabelece. O grupo é um dos mais ameaçados do país.
AS PESQUISAS
Segundo as pesquisas, o Hypsolebias lulai faz parte de um dos grupos mais ameaçados do Brasil. Conhecido popularmente como “peixe das nuvens”, o gênero Hypsolebias possui 34 espécies (35 com a nova descoberta), pertencentes à família Rivulidade.
A ESPÉCIE
A espécie representa os peixes mais ameaçados de extinção no Brasil, devido ao seu caráter endêmico (restrito a um único ambiente) de lagoas temporárias na caatinga.
RELATO
O primeiro relato de visualização do peixe ocorreu em agosto de 2022, quando um agricultor fotografou o animal e enviou a imagem para Telton Ramos, biólogo do Instituto Peixes da Caatinga e da UFPB. Com o apoio financeiro de seguidores das redes sociais do Instituto Peixes da Caatinga, o pesquisador reuniu uma equipe para estudar a espécie na região.

A DESCOBERTA
O peixe descoberto mede cerca de cinco centímetros e apresenta um número maior de raios na nadadeira dorsal e de listras no corpo, além de uma coloração azul metálica, diferente dos parentes.
O LULAI
O Hypsolebias lulai tem como característica, pelo que dizem os pesquisadores, a persistência. Nascem em pequenas lagoas no meio da caatinga. Uma característica que é também reconhecida no presidente, até mesmo por parte de seus mais ferrenhos adversários.