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VACINA ANTI DROGAS - CONHEÇA OS AVANÇOS E COMO PODE REVOLUCIONAR A HUMANIDADE

23/11/2023 - Jornal O Poder

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Severino Lopes
Editor Regional O PODER

Avança para a aprovação e está prestes a entrar em fase de testes clínicos em humanos, a vacina que pode reduzir os efeitos do crack e da cocaína, e com isso, eliminar um dos grandes males da humanidade. Esta semana o Jornal O PODER conversou por telefone com a farmacêutica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gisele Assis Castro Goulart, que deu novos detalhes do imunizante. A iniciativa é inédita na América Latina e promete revolucionar o tratamento de alguma dependência química.

FAZ PARTE
Gisele de Assis Castro é uma das pesquisadoras que integra a equipe liderada pelo pesquisador Frederico Garcia, do Departamento de Saúde Mental, Faculdade de Medicina da UFMG.

ANDAMENTO
A pesquisa está em andamento desde 2015, e já teve resultados positivos nos testes pré-clínicos, que foram realizados em ratos. Com o uso da substância, foi possível observar a produção de anticorpos que bloqueavam a passagem da cocaína para o sistema nervoso dos roedores.




A EQUIPE
Conforme destacou ao Jornal O PODER, a professora e farmacêutica, Gisele a equipe responsável pela produção da vacina Calixcoca é composta por vários pesquisadores de áreas diferentes. Para Gisele Castro, a junção de conhecimentos de profissionais de diversas áreas foi fundamental para o desenvolvimento da vacina.

AGREGOU
Ela ressaltou que o projeto em fase de execução, tem agregado conhecimentos distintos de diversos profissionais da saúde.
“Assim, ao agregarmos conhecimentos distintos, mas complementares, conseguimos evoluir para a obtenção de uma formulação que nos estudos pré-clínicos se mostrou eficaz na indução da produção de anticorpos anti cocaína, que por sua vez propiciaram a redução da passagem de um análogo radiomarcado da cocaína para o cérebro. Nesse sentido, ficamos muito felizes em caminharmos no processo de obtenção de um produto que pode auxiliar no tratamento de pacientes que desejam largar o vício” explicou.

QUATRO PROFESSORES
Além dos pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação, há quatro professores diretamente envolvidos, que são, Frederico Duarte Garcia, psiquiatra, coordenador do projeto; Maila de Castro Lourenço das Neves que é psiquiatra o professor Ângelo de Fátima, químico sintético orgânico, e a professora Gisele Assis Castro Goulart.

AS FASES
Conforme ratificou a farmacêutica Gisele Castro, as fases pré-clínicas, com testes em camundongos e primatas, demonstraram segurança e eficácia. A ideia é que o imunizante seja usado para tratamento da dependência de crack e cocaína, além de prevenir doenças nos fetos que foram expostos às drogas durante a gravidez.




OS TESTES
Os testes da fase pré-clínica também foram feitos com ratas grávidas e, segundo os resultados iniciais, a Calixcoca impediu que a cocaína e o crack chegassem à placenta ou ao feto. A patente da vacina já foi depositada pela Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG.

PROMESSA
Batizada como Calixcoca, uma vacina terapêutica em desenvolvimento na Universidade Federal de Minas Gerais é promessa no tratamento da dependência em cocaína e crack. Inovadora, a formulação, objeto de estudo desde 2015, já passou por testes pré-clínicos em ratos, nos quais foi observada a produção de anticorpos anti cocaína no organismo dos animais.

PRÓXIMO PASSO
Segundo a pesquisadora, o próximo passo será refazer alguns pequenos estudos que são necessários para o registro, e assim que a Anvisa der o sinal verde. Com esse estudo, será possível saber se a vacina produz anticorpos em humanos, e se tem algum efeito colateral que impeça o prosseguimento”, diz o pesquisador.

ENSAIO CLÍNICO
A expectativa da equipe é pelo início do ensaio clínico em humanos, mas ainda não há data de início visto que os cientistas buscam financiamentos para avançar no projeto. Para testar em humanos, os pesquisadores precisam do sinal verde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido está prestes a ser enviado.

A TESTAGEM
Ela explica que a testagem em humanos só ocorrerá após a aprovação da Anvisa e que o primeiro estudo deve acontecer dentro da universidade.
“A gente faz questão de que o primeiro uso em humano, aconteça aqui, porque isso é importante para a cultura da universidade e para a cultura do país, no sentido de que a gente precisa começar a produzir produtos de alto valor agregado ao invés de ficar só exportando para fora”, revelou.

DR FREDERICO
Recentemente o Jornal O PODER conversou com o pesquisador e neuropediatra, Frederico Garcia, que deu detalhes da fase atual da criação do imunizante. Ele se mostrou animado com o resultado dos primeiros testes do imunizante.

“Estamos esperançosos sim. Acredito que bem perto de ter a primeira vacina latino-americana antidroga. Ela não é uma panaceia, não é uma solução definitiva. Mas em um lugar onde não existe nenhum medicamento registrado, ela se mostra eficaz nos estudos e pode ser um benefício para as pessoas que sofrem com essa dependência”, disse o pesquisador.




PRETENSÃO
A pretensão da equipe chefiada pelo dr Frederico Garcia é que em quatro anos, todas as etapas da pesquisa tenham sido concluídas, e a vacina esteja liberada para ser aplicada nas pessoas.
“A vacina se mostrou segura e eficaz nos primeiros testes. A gente consegue agora caminha para o registro delas na Anvisa. Estamos agora tentando realizar uma parte importante para esse registro, que é conseguir ter uma formação terapêutica que atenda às normas da Anvisa e responder aos outros quesitos que são necessários ", adiantou.

PRÊMIO
No início de outubro, a pesquisa responsável pela iniciativa venceu o Prêmio Euro em inovação na saúde e recebeu um investimento de 500 mil euros. Agora, de acordo com o pesquisador e coordenador da pesquisa, Frederico Garcia, o estudo aguarda os investimentos já concedidos para registrar o medicamento e dar início aos testes clínicos.

LICENCIAMENTO
A Calixcoca também está diante de questões sobre licenciamento. A tecnologia é protegida pela UFMG, mas já existem conversas tanto com o Governo Federal, quanto com órgãos e empresas sobre o desenvolvimento.

PREVISÃO
A previsão é de que os estudos de fase 1 ocorram em até dois anos. E a expectativa da equipe de pesquisadores é de que a vacina se torne um produto definitivo nos próximos três ou quatro anos.

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