
VOCÊ SABIA? - O BRASIL TEVE SEUS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
05/12/2023 - Jornal O Poder
Os horrores dos campos de concentração do holocausto nazista na 2ª Guerra têm a expressão mais hedionda de crimes contra a integridade, a liberdade e a vida de pessoas humanas.
Projetados para extermínios de indesejáveis, judeus, comunistas, ciganos, opositores do nazismo. Conduzidos à morte certa nos vagões dos trens e caminhões. O holocausto nazista é conhecido e repudiado por toda humanidade.
O QUE MUITOS NÃO SABEM
No Brasil existiram campos de extermínios, congêneres ao holocausto nazista, com características próprias dos campos nazistas: colônias de alienados, manicômios e hospitais psiquiátricos. Ativados até a década de 1990.

ICÔNICO
Barbacena, Minas, é caso emblemático desses campos de extermínios. O livro de Daniela Arbex “Holocausto brasileiro: genocídio, 60 mil mortos no maior hospício do Brasil" mostra esse terror. O filme documentário que aborda o tema ilustra com imagens e depoimentos de contemporâneos e vítimas dessa ignomínia.
O Hospital Colônia de Barbacena recebia os indesejáveis socialmente, rotulados de “loucos” nos vagões dos trens que os despejavam na estação ferroviária da cidade. Nessa categoria genérica, indesejáveis, portadores de patologias psiquiátricas, alcoólatras, viciados em tóxicos, prostitutas, sifilíticos, mendigos sequestrados nas ruas, homossexuais, opositores políticos, inclusive.
CEMITÉRIO
Manicômio com cemitério próprio prediz a expectativa da terapêutica adotada. Sem médicos e paramédicos especializados. Guardas são encarregados da ordem e funcionalidade. Cárceres estreitos, superlotados. Insuficiência de leitos, doenças, desnutrição, os internos morriam como mocas, de inverno a verão, excesso de frio e de calor.

AZUL E ROSA
Azul e rosa das cores da alegria da Mangueira distinguiam o grau da sedação protocolar, dos comprimidos. Choques elétricos e camisas-de-força completavam o método do manicômio. Quem não era louco, ficava. Quem não alucinava, surtava. E todos dopados, confinados como animais, a definhar, até a morte.
Defuntos sem parentes para enterrá-los eram vendidos às faculdades médicas, quase dois mil cadáveres constam desse comércio.
DENÚNCIA
O Manicômio de Barbacena operou quase um século. Ganhou notoriedade internacional, quando da visita do psiquiatra Franco Braglia, principal responsável pela reforma do sistema manicomial da Itália, que declarou à imprensa: “estive num campo de concentração nazista”.

HOJE
As autoridades em Barbacena promoveram meritório encontro com a verdade e a memória histórica. Construíram o “Museu da Loucura” no antigo Pavilhão da Colônia.
Mas, “mutatis mutandis” , na contramão da história, Geraldo Alkmin (PSB) assinou Decreto de política de encarceramento, a atendar à indústria prisional privada, financiada com dinheiro público. Pelo Decreto 1.498/2033 os empresários das gaiolas de gente ganharão por cabeça de presos. Pagos pela Fazenda pública. Não faltam mercadoria ou matéria prima nesse país de excluídos e indesejáveis. O Brasil é o 1º lugar do mundo em população carcerária proporcional à população, o 3º em termos absolutos, atrás de EUA e China. Quase 100% são pobres, 68% negros. Defendamos a democracia e a moralidade. Imediata revogação do infame Decreto 1.498. Amplo e democrático debate sobre a reforma no sistema prisional com toda sociedade. Transparência. Publicidade. Impessoalidade. Repúdio às socapas, no dizer do Ney: “Por debaixo do pano agente entra pelo cano sem ninguém saber”.

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