
MUITAS ÁGUA VÃO ROLAR – PROMOTOR REVELA MAIS DESVIOS NO HOSPITAL PADRE ZÉ NA PB
15/12/2023 - Jornal O Poder
Muitas águas ainda vão rolar no escândalo de desvios de recursos no Hospital Padre Zé em João Pessoa, Capital da Paraíba. Os desvios já revelados pelas autoridades e que ameaçaram comprometer o funcionamento da unidade, podem ser apenas a “ponta do iceberg”. Esta semana o promotor Octávio Paulo Neto revelou que recursos do Programa Prato Cheio foram "completamente desviados”.
OPERAÇÃO
As novas descobertas foram reveladas durante a terceira fase da operação Indignus, que tem como foco investigar fraudes ocorridas no 'Programa Prato Cheio', por meio da administração do padre Egídio de Carvalho no Hospital Padre Zé. O “prato cheio” é um programa voltado a população de vulneráveis e a segurança alimentar em várias cidades da Paraíba.
AS QUENTINHAS
Segundo o promotor Octávio Paulo Neto, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), as quentinhas deviam ser entregues a população vulnerável de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Pombal e Cajazeiras, porém devido aos desvios o programa foi comprometido.
"Ele era para estar acontecendo ainda. Todavia os recursos que em tese eram direcionados a continuação desse programa, foram completamente desviados. Então, isso é muito significativo", detalhou o promotor Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco.
TRANSPARÊNCIA
Necessidade de transparência
O coordenador do Gaeco também defendeu a necessidade de aumentar a transparência no que diz respeito aos convênios firmados com recursos públicos para programas sociais e fundações.
"É bastante grave e isso só mostra que de fato é necessário mais do que nunca se ter transparência nos convênios e mais do que nunca se ter transparência nas associações e fundações que desenvolvem programas sociais ou que lidam com dinheiro e recursos públicos", afirmou.
A ORGANIZAÇÃO
A existência de uma suposta organização criminosa no Hospital Padre Zé, na Zona Norte de João Pessoa, veio à tona no último mês devido a denúncia do suposto desvio de telefones celulares de luxo, doados pela Receita Federal, a unidade de saúde.
OS ATOS
Segundo as investigações, os atos ilícitos teriam sido desviados de verbas destinadas a programas sociais essenciais como distribuição de refeições a moradores de rua, amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, entre outros.
PRESO
Padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé, foi preso em 17 de novembro suspeito de comandar o desvio de verba contra a instituição na ordem de até R$ 140 milhões. (O PODER)
