O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, na Grande São Paulo, foi um dos alvos da operação deflagrada hoje pela Polícia Federal que investiga participantes de um suposto golpe de estado tentado em janeiro de 2023.

Núcleo jurídico ou religioso?

Na decisão que autorizou a operação contra Jair Bolsonaro, militares, assessores e aliados do ex-presidente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, cita que, de acordo com a PF, o padre integrava o “núcleo jurídico” da suposta trama golpista.

Elaboração de minutas

Segundo a investigação, esse núcleo tinha a função de “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses do grupo investigado”.

Reunião no Planalto

Ainda de acordo com a PF, o padre José Eduardo participou de uma reunião no dia 19 de novembro de 2022, com Filipe Martins, preso hoje, e Amauri Feres Saad, para tratar do plano no Palácio do Planalto.

Acusado de propagar fake news

“Como apontado pela autoridade policial, José Eduardo possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigados em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas’”, diz a decisão de Moraes.