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16/02/2024 - Jornal O Poder

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Os bondes

Retomando o assunto sobre transportes urbanos, falaremos hoje sobre aquele que deixou mais saudades, justamente pelo romantismo que inspirou no nosso Recife de ontem: o bonde elétrico.

A origem da palavra

O nome pelo qual conhecemos o transporte urbano sobre trilhos e impulsionado pela eletricidade pública, é bonde. Mas de onde ele teria vindo? Do aportuguesamento de bond, vocábulo inglês usado para de definir apólice, vale, cupom e foi justamente do cupom, que trazia uma imagem impressa desse tipo de transporte, que surgiu a palavra em português "bonde" associada à figura pelos brasileiros.

Início

Embora no Rio de Janeiro ele tenha aparecido no século XIX, no Recife ele só surgiu nas ruas em 1914 e ficou sob a responsabilidade da Pernambuco Tramways Power Company.

Pontualidade britânica

Esse tipo transporte foi, pelo menos no início, exemplo de pontualidade, levando essa competência às populações mais afastadas do centro urbano do Recife. Mas, como se dizia antigamente, tudo é passageiro, menos o cobrador e o motorneiro. Os bondes também se foram.




Propaganda

Os bondes chegaram mesmo a ser grandes veículos de propaganda, concorrendo com o rádio e o jornal. Afinal, transitavam por toda a parte e levavam vistosos anúncios, destacando-se entre eles os de remédios, fortificantes, pastas de dente, brilhantinas, salões de beleza, confecções, além de avisos de festas e outros eventos.

Anunciantes

Entre os produtos anunciados tínhamos: guaraná Fratelli Vita, Água Inglesa Granada, Água Rabelo, Bromil, Elixir de Nogueira, Óleo de fígado de Bacalhau, Phimatosan, Pílulas de Vida do Doutor Ross e outros, sem esquecer a brilhantina Coty, sabonete Dorly, os cigarros das fábricas Lafayete e Caxias, os mais baratos, principalmente: Pirilau, Está na Hora, Flores de Caxias e Boa Ideia.
Muitos desses produtos, como informa Alves da Mota, no seu " no tempo do bonde elétrico", eram oferecidos em versos e quadrinhas, como estas:
"Veja, ilustre passageiro,
o belo tipo faceiro
que o senhor tem ao seu lado.
Mas, no entanto, acredite,
quase morreu de bronquite
salvou-o o rum Creosotado.

Final

Mas os bondes, que vieram com a 1ª guerra mundial (1914) se foram a partir do término da 2ª guerra, deixando de circular, definitivamente, no final da década de 1950, sendo substituídos pelos ônibus, agora não mais os puxados a burros, mas os grandes veículos motorizados. Uns inclusive com rádios SSB, à diesel ou à gasolina, pertencentes à auto viária, como veremos em nosso próximo assunto. Portanto, até lá, amigos leitores.



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