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Data Magna - Revolução de 1817 na origem do bairrismo pernambucano, diz professor Wellington Estima.

05/03/2024 - Jornal o Poder

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Muitos não sabem, mas o feriado da Data Magna faz parte importante da construção do bairrismo pernambucano. O dia seis de março de 1817 marcou o início da Revolução Pernambucana e foi instituído como feriado estadual em 2017, relembrando o estopim do movimento que tornou Pernambuco uma República independente do governo absolutista do Príncipe Regente, D. João. A República com proposta igualitária e constitucionalista, resistiu por 75 dias, inspirada nos ideais liberais do Iluminismo.

A data

Entrou para a história do País por ter sido o primeiro movimento no Brasil a implantar uma República, a exemplo do que já a acontecia na América Espanhola. O movimento revolucionário conseguiu tomar o poder e fundar uma república, que, desmentindo a visão de movimento separatista, espalhado por seus detratores, atraiu a adesão da Paraíba, do Rio Grande do Norte e prosseguiu sua expansão até o interior do Ceará. A exemplo do que aconteceu em Pernambuco, nessas três províncias foram instaladas juntas governativas independentes do governo monárquico absolutista. As três estrelas da bandeira representam exatamente as três províncias republicanas. No Crato, Ceará, a junta resistiu por cinco dias e não houve tempo para a colocação de uma quarta estrela.

Celebrar

“É mais do que justo celebrarmos esse feriado. A Data Magna é a grande referência ao marco da Revolução Pernambucana de 1817 e foi através dessa revolução que Pernambuco construiu uma república. Tem um peso gigantesco na história do nosso País", explica o professor de História do Colégio CBV, Wellington Estima.




Bairrismo

O espírito de Pernambuco urbanidade vem de longe. Começou antes mesmo da Insurreição Pernambucana, que já trazia uma marca bairrista. Esteve presente em 1711, na primeira proposta republicana discutida, embora descartada pelos senhores de Engenho.
De acordo com o professor, de fato, muito do bairrismo do pernambucano se alimenga na Revolução Pernambucana de 1817. “O pernambucano se orgulha do nosso Estado e, inclusive, temos várias brincadeiras sobre esse bairrismo, com nossa mania de ser maior e melhor em tudo. Muito desse orgulho pernambucano tem a ver com esses processos revolucionários. É da Revolução Pernambucana que vem nossa bandeira, com algumas alterações, e representa a força de Pernambuco”, comenta Estima.





Maligno vapor

A Revolução Pernambucana foi uma resposta de insatisfação à elevada carga tributária e à opressão impostas pelo governo da dinastia Bragança, sediado no Rio de Janeiro. O professor lembra que, na época da revolução, a então província foi constituída como uma pátria. “Chegamos a ter diplomacia e Cruz Cabugá foi enviado aos Estados Unidos. Tudo isso levou essa revolução para um patamar inédito de importância para a História do Brasil”, relembra, citando a ida do revolucionário Antônio Gonçalves da Cruz, conhecido como Cruz Cabugá, para os EUA, visando buscar reconhecimento internacional para o governo da República Pernambucana. E também para adquirir armas e munições para um enfrentamento das tropas do governo absolutista do Príncipe Regente.

Sem comparação

Na opinião do professor, a Revolução Pernambucana tem mais força que a Inconfidência Mineira, ocorrida em Minas Gerais em 1789, que culminou com a morte de Tiradentes. Em Minas, tivemos um " brico (brinquedo) de palavras, como disse Cláudio Manoel da Costa. um dos líderes da revolta. “Em sala de aula, costumo dizer que isso não é bairrismo. Do ponto de vista do impacto social, político e econômico, a Revolução Pernambucana tem uma força muito maior do que a Mineira, a começar pelo fato de ter sido vitoriosa na partida e ter resistido durante 75 dias.





Espírito coletivo

O professor também ressalta que não é coincidência a população de estados que viveram movimentos revolucionários (como a Revolução Pernambucana de 1817, a Conjuração Baiana, a Inconfidência Mineira e a Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul) ter uma relação mais forte com seus símbolos e bandeira. “Pernambucano, baiano, mineiro e gaúcho têm essa relação mais fortalecida com seus símbolos e todos esses estados passaram por movimentos assim, que acabaram gestando uma relação mais forte do povo”, avalia.

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