Uma data muito importante que não deve ser esquecida é vinte e sete de abril, Dia da Auxiliar Doméstica. Inúmeras são as razões para parabenizarmos as bravas auxiliares que, ao longo do tempo vem prestando serviços em nossos lares, mesmo quando as mulheres ainda não se dedicavam ao profissionalismo extra-domiciliar.

Primórdios

Antigamente era de praxe as famílias terem vários serviçais encarregados das tarefas domésticas, pois essa categoria profissional não era valorizada, nem tinha remuneração fixa e, muitas vezes usava-se de exploração nesse tipo de emprego. Ressalvando que, até mesmo por "casa e comida", havia criadas permanentes num estado de semi escravidão. Foi somente a partir de 1988, após muitas reivindicações, que a Constituição Brasileira lhes garantiu carteira assinada, férias, 13 salário, INSS e demais direitos trabalhistas.

Evolução

Ultimamente a profissão de doméstica passou por grande evolução, sendo de suma importância o relacionamento entre contratante e contratada devido ao ampara da Lei e às novas formas de necessidade das ,"donas de casa" ou patroas que, dependem de boas profissionais, de extrema confiança, a quem possam entregar seus filhos e residências, libertando-se dos afazeres do lar para galgar outros rumos em suas diversas carreiras, para as quais estudaram, batalhando nas universidades; do contrário, terão que arcar sozinhas, com as obrigações diárias, perfazendo dupla jornada de trabalho.

Conquistas e Problemas

As conquistas dos profissionais domésticos foram muitos, no entanto, o maior problema dessa categoria é a falta de investimento educacional no setor. Não se conta com especialistas para um bom desempenho das funções e, havendo um contrato bilateral, ambas as partes têm direitos e deveres, o quais geralmente não são cumpridos na parte das obrigações. Dificilmente se encontra pessoas qualificadas para os serviços domésticos. As mulheres de baixa renda ainda não se conscientizaram de que podem ajudar a tantas outras, dando sua parcela de contribuição e assim garantirem seu próprio sustento.

Cursos profissionalizantes

Urge desenvolver uma conscientização através da formação profissional com cursos direcionados à tão categoria, amenizando as terríveis falhas existentes por falta de capacidade e qualificação.

O governo

O ideal seria que o governo, através dos órgãos públicos (Senac, Sesi, Sebrae, Sesc etc) se preocupasse em oferecer cursos com essa finalidade: formar bons profissionais domésticos. Porque é uma fatia do mercado que estará sempre carente. Uma fonte de empregos na categoria, dentro com contexto econômico-social. Enquanto existir casas e famílias existirá também a necessidade de ajudantes.
Em alguns certos desenvolvidos existem agências especiais para treinamento e capacitação do auxiliar doméstico, oferecendo pessoal de conformidade com o perfil de cada cliente. Mesmo porque a sua falta é um grande problema.

Homenagem

Fica, pois, a homenagem aqueles(as) que já se ajustaram nesse patamar e a sugestão ao poder público ou privado a patrocinar cursos profissionalizantes enaltecendo essa figura tão importante e cobiçada que é uma boa funcionária doméstica.