
Atentado contra o Papa – Dois tiros disparados na Praça de São Pedro, no Vaticano
13/05/2024 - Jornal O Poder
O atentado foi em 13 de maio de 1981 contra o Papa João Paulo II, no mesmo dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, a três pequenos pastores portugueses. Na tentativa de morte contra o Pontífice, o turco Mehmet Ali Agca disparou duas vezes, ferindo-o na região do abdômen e no braço. O agressor tinha antecedentes criminais e estava em Roma para cumprir a missão de matar o religioso. A ação rápida da assessoria levou imediatamente o papa para a Clínica Gemelli, onde depois de cirurgias demoradas conseguiu se recuperar levando sequelas para o resto da sua vida.
Mandante não identificado
Com todo aparato policial italiano e europeu não foi possível chegar aos mandantes da tentativa de assassinato. Surgiram várias versões identificando a suposta ação da polícia secreta soviética, a KGB. Apontaram que o Ali Agca estava a serviço da Bulgária por ordem da KGB. Que João Paulo II teria sido jurado de morte por poderosos empresários, pela máfia. Enfim, ninguém foi responsabilizado com provas reais.

Descontentamento da esquerda
Na verdade, o descontentamento de grupos políticos à esquerda com o Papa era visível. A escolha pelo Vaticano em 1978 de um cardeal polonês – na época sob controle da URSS – era tida como uma afronta aos comunistas. Com razão, Karol Wojtyla, João Paulo II, mostrou coragem enfrentando as dificuldades para a evangelização, pregando onde nenhum Papa tinha ido antes. Um sacerdote de coragem, que nem o atentado contra sua vida desestimulou sua ação pastoral.

Perdão ao criminoso
João Paulo II preferiu olhar para frente, mesmo sem saber oficialmente o nome dos mandantes do atentado, foi até a prisão onde estava Ali Agca, conversou sozinho com ele e o perdoou espiritualmente. O escritor italiano Andrea Riccardi, especialista em coisas da Igreja Católica, tem a melhor biografia deste papa. Segundo o escritor, o Pontífice disse, depois do episódio, que continuaria a pregação do catolicismo pelo mundo e que a “sua segurança estava na mão de Deus”.
‘Não tenhais Medo’
João Paulo II faleceu em 2005 e foi canonizado em maio de 2011, pelo papa Bento XVI. Ficou famoso pela insistência em temas como os direitos humanos e a liberdade religiosa, lutando a favor da paz em suas viagens pelo mundo. É reconhecido pela colaboração na queda do Muro de Berlim, em 1989, e o colapso dos regimes comunistas. Sempre dizia para os católicos e não católicos de boa-fé: “Não tenhais Medo”. Assim seja.
