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Esculápio, perdoai, teus discípulos não sabem o que estão fazendo, por José Nivaldo Junior*

14/05/2024 -

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Memórias

Criança, fui educado em Surubim numa biblioteca anexa a dois consultórios médicos. Filho de um casal de médicos, coisa rara na época. Escutava as consultas de papai através dos combogos da parede. Era capaz, em muitos casos, de adivinhar as receitas que viriam. Como era leitor compulsivo, sem nunca abandonar as brincadeiras e maloqueiragens de menino do interior, lia todas as revistas médicas, inclusive científicas, que papai assinava, assinalava e colecionava. Filho mais velho, era tratado por todos como o 'doutrozinho'. Minha vocação médica durou até papai, que era clínico geral mas quebrava galho operando, quando era preciso, me levou para assistir a uma cirurgia dele. No final. A madre assistente deu o diagnóstico: " Nunca vi uma criança fazer tanta careta. Esse aí não dá pra médico não, Dr Nivaldo". Dito e feito. Tenho horror a sangue e lido muito mal com doentes e doenças.

Vamos ao google

Esculápio é a derivação em latim do nome do deus grego Asclépio. Filho do deus Apolo com a mortal Corônis. A lenda conta que ele foi criado pelo Centauro Quíron, que o educou na arte das ervas medicinais e das cirurgias. Se tornou, portanto, o deus mais apropriado no panteão para os doentes e desesperados.
Esculápio teve uma filha. Hígia ou Higeia, na mitologia grega, era a filha de Esculápio e a deusa da saúde, limpeza e sanidade. Ela exercia uma importante parte no culto do pai.
Pronto. Paramos a divindade sem sair do Google.

Hipócrates

Foi um médico grego, considerado o pai da Medicina. Foi o mais célebre médico da Antiguidade e o iniciador da observação clínica. O juramento de Hipócrates, que resume sua ética, é ainda recitado nas colações de grau de estudantes de medicina. Foi produzido no seculo V a.C. e sofreu diversas adaptações ao longo do tempo: A versão mais perto da original descoberta até hoje é a que se segue.





O juramento original

Juro por Apolo Médico, por Esculápio, por Hígia, por Panaceia e por todos os deuses e deusas que acato este juramento e que o procurarei cumprir com todas as minhas forças físicas e intelectuais,

Honrarei o professor que me ensinar esta arte como os meus próprios pais; partilharei com ele os alimentos e auxiliá-lo-ei nas suas carências,

Estimarei os filhos dele como irmãos e, se quiserem aprender esta arte, ensiná-la-ei sem contrato ou remuneração.

A partir de regras, lições e outros processos ensinarei o conhecimento global da medicina, tanto aos meus filhos e aos daquele que me ensinar, como aos alunos abrangidos por contrato e por juramento médico, mas a mais ninguém.

A vida que professar será para benefício dos doentes e para o meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos.

Mesmo instado, não darei droga mortífera nem a aconselharei; também não darei pessário abortivo às mulheres.

Guardarei castidade e santidade na minha vida e na minha profissão.

Operarei os que sofrem de cálculos, mas só em condições especiais; porém, permitirei que esta operação seja feita pelos praticantes nos cadáveres,

Em todas as casas em que entrar, fá-lo-ei apenas para benefício dos doentes, evitando todo o mal voluntário e a corrupção, especialmente a sedução das mulheres, dos homens, das crianças e dos servos,

Sobre aquilo que vir ou ouvir respeitante à vida dos doentes, no exercício da minha profissão ou fora dela, e que não convenha que seja divulgado, guardarei silêncio como um segredo religioso,

Se eu respeitar este juramento e não o violar, serei digno de gozar de reputação entre os homens em todos os tempos; se o transgredir ou violar que me aconteça o contrário.





É difícil

Bem as coisas mudaram, a medicina evoluiu, entre altos e baixos. Tempos liminosos e tempos sombrios. Desde a Revolução Industrial, o viés é lento mas de alta. Nos últimos 50 anos, acelerou. A medicina deu um salto espetacular, descobertas farmacológicas em larga escala e avanços na técnica e no conhecimento teórico são magistrais. A expectativa de vida dobrou em 50 anos, essa é a prova inconteste do êxito.

Só que

A vida gira como espiral. E tem cumeadas e planícies. Tudo ia bem até a pandemia do Covid 19. Aí, tudo virou de ponta cabeça.

A desunião

Criou-se a medicina ideológica. Juro que li, mês passado, na Folha de São Paulo, um luminar confessando que tudo que vinha de Bolsonaro era para ser rejeitado pelos 'progressistas' custasse o que custasse. E assim tornaram-se genocidas. Aquela CPI Inquisitorial, pelo amor de Zeus. Uma mancha eterna no Parlamento e na medicina. E a arte de Hipócrates virou opção ideológica. Médicos de 'esquerda' boicotam companheiros de 'direita' , e vice versa, que vergonha. Nos tempos das caças às bruxas nada era tão nebuloso.





Meu caso

Desde agosto venho revezando três semanas combalido por 10 dias hígido. 9 meses. Não saio de cena nem fico bom. Durante esse tempo consultei os melhores médicos de diversas especialidades correlatas. Fiz todos os exames possiveis e imaginários. Não tenho problema nenhum identificado. Nenhum. Mas continuo doente.
O que me parece é que os médicos, clínicos e correlatos, estão todos perdidos no pós Covid.
O vírus ainda está aí. Encubado, feito herpes e outros vírus que não vão embora.
E ninguem que eu saiba está levando isso em conta. Consultei os melhores. Fiz exames de tudo que é jeito e desde agosto não passo 15 dias completamente curado. Nove meses, isso não é normal. Tomei meio desconfiado as vacinas prescritas.
Vou voltar à Ivermectina, por minha conta e à hidroxicloroquina se alguém se dispuser a prescrever. Todo santo dia um liminar mundial faz mea culpa por ter demonizado medicamentos tão inofensivos. E de quebra conspiraram contra a liberdade de prescrição médica, tenho asco desses tipetes da máfia de branco, como tratava o saudoso O Pasquim antigamente. Constatei me observando e a quem mais podia, vendo e ouvindo: o Covid procura as partes fracas do corpo e ai sobrevive, com vacina ou sem ela, em mutação permanente. Simples assim.

Em mim

Por exemplo, foi o esôfago, que já teve câncer e já passou por cinco cirurgias, além de centenas de procedimentos endoscópicos. Essa capacidade de buscar os pontos fracos provoca tantas e tão diversificadas reações que ninguem ainda, novamente ate onde sei, juntou os pontos. Nem as macumbeiras sabem mais como rezar os doentes.

Se isso tudo é Covid incubada

Falando como leigo, existem no organismo mais vírus e bactérias do que células humanas propriamente ditas. Elas se conectam dialética e permanentemente, produzindo efeitos ao longo da vida. Esses efeitos variam de acordo com a idade, as condições de vida, as circunstâncias, o estado da alma. Os antigos romanos diziam o aforismo imortal: mens sana in corpore sano. Só que há uma novidade pós covid. A possibilidade, cada vez mais aceita nos meios científicas, da presença de elementos artificiais, incorporados dolosa ou culposamente, ao vírus do Covid. Isso cria um fato novo que desconcerta a medicina nos padrões convencionais. Se alguma equipe médica se dispuser a investigar e encontrar respostas positivas, ganha o Nobel da Medicina. Ficarei satisfeito se for convidado para conhecer Estocolmo e aplaudir os legítimos herdeiros de Hipócrates que se dispuseram a ouvir um leigo e, sem preconceito, buscar a verdade. Humildemente, todos nós. Sem fechar porteiras por preconceitos ignóbeis, que fariam as estátuas antigas corarem de vergonha.

PS - Heráclito nunca frequentou Universidade e descobriu no século VI a. C. a lei fundamental do universo. "Tudo muda o tempo inteiro".

*José Nivaldo é bacharel em Direito, Mestre em História, jornalista, publicitário consultor em comunicação institucional e profissional de marketing político desde 1978.
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