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O que está por trás do incrível fenômeno da aurora boreal na França e da tragédia no RS, por Virginia Pignot*

15/05/2024 -

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Em plena noite, o céu fica claro, colorido, em espetáculo grandioso.
A Escandinávia: Noruega, Islândia, Finlândia, no extremo Norte, acolhem tradicionalmente turistas para observar o fenômeno que ocorre geralmente em latitudes extremas, perto dos Polos. No fim de semana, na noite do dia 11 para o dia 12 de maio, a área que vai da região metropolitana de Toulouse, cidade do Sul da França, à bela cadeia de montanhas dos Pirineus foi palco de um destes magníficos espetáculos. Em fevereiro de 2023 o fenômeno já tinha sido observado no Norte, Pas-de-Calais, e outros podem ocorrer até 2025.

Uma questão de ciclos

O sol evolui em ciclos a cada 11 anos, com aumento da sua atividade, com erupções solares
que são as manifestações mais violentas da atividade da nossa estrela; atividade que depois diminue. O astrofísico Fabrice Mottez, entrevistado por actu.fr explica: "O sol envia de modo permanente um vento lento e pouco denso, carregado de partículas, que é desviado quando entra em contato com o campo magnético da terra. As erupções solares provocam a ejeção de um gás quente e magnético e um vento mais forte, carregado de partículas que atravessam o campo magnético e são estocadas em um reservatório. O reservatório se esvazia à noite, quando ele está cheio. O encontro dessas partículas solares com o oxigênio e o azoto na atmosfera provoca as auroras boreais."

Intensificação do ciclo, e risco potencial

Em caso de intensa atividade solar, as auroras boreais podem invadir zonas muito mais largas, como foi o caso no último fim-de-semana na França.
Segundo o membro da Sociedade Francesa de Astronomia e Astrofísica Eric Lagadec, do Observatório da Côte D'Azur, o atual ciclo solar atingirá seu pico em 2025. Daqui para la, aumenta estatisticamente a possibilidade de termos auroras boreais, mas só 2 a 3 horas antes, pode-se dizer quando elas ocorrerão. As erupções solares que nos trazem a beleza de auroras boreais, podem também, pelos ventos violentos que provocam, trazer danos a satélites, nas redes elétricas e de comunicação na Terra, e neste ponto, podemos traçar um paralelo com a política ambiental.

Cuidar do nosso Planeta no Brasil

Precisou a tragédia do RS para eu saber que o atual governador do estado destruiu o Código ambiental do RS em 2019 para agradar o agronegócio. Antes disso, o governo neoliberal federal de FHC, e estadual do governador Brito no RGS, colocaram juros flutuantes para a dívida publica, criando um estrangulamento dos cofres públicos, que impede que o estado faça concursos públicos para repor funcionários aposentados nos órgãos de segurança ambiental, para dragar os rios, para reforçar as digas, para comprar barcos salva-vidas, etc. Como as politicas austericidas dos gov. Temer e Bolsonaro. Entrevistada no jornal GGN a deputada Fed. do PSOL Fernanda Melchionna reclama uma auditoria e suspensão dessa dívida que já foi paga e que continua drenando dinheiro publico para banqueiros privados. Ela propôs a PEC da calamidade, com objetivo de facilitar o acesso do RS a recursos.
Continuação e conclusão
Em artigo da revista Forum sobre a tragédia do RS "Temos um Congresso que trabalha pela destruição do meio-ambiente", Marcio Astrini, secretário-executivo do observatório do clima explica à Forum como o negacionismo e a bancada ruralista do Congresso alimentam as tragédias climáticas. "Tivemos um negacionista climático na Presidência da República e foi perceptível o tamanho do dano que ele causou com os recordes de desmatamento na Amazônia. O negacionismo atravessou a rua, se instalou no Congresso, e se dedica hoje a trabalhar pela destruição do meio ambiente, dando passe livre para crimes ambientais.

Todo esse desmatamento facilita enchentes

Adolescente, acompanhava minha tia engenheira da União em missão ao sertão pernambucano. Vi ai, os mais belos pores de sol da minha vida. Se a beleza das auroras boreais é um dos encantos da natureza, trazendo alegria como a chuva no sertão, precisamos, para salvar nosso belo planeta e sua população, votar em políticos que lutam pela proteção do meio ambiente.

*Virgínia Pignot é psiquiatra e articulista. Mora em Toulouse desde os anos 1980.

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